Festa Anos 40 - Reconciliação Parte 1

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A noite tranquila de sono que Aria achou que teria acabou se transformando em um verdadeiro inferno. Ela voltou a ter os pesadelos horríveis com a HIDRA. O encontro com a garota que manipulava mentes havia mexido com ela. Ela rolava na cama, completamente suada, transtornada com o pesadelo.

Ela estava naquela sala outra vez. Sentia uma dor horrível na região um pouco abaixo do abdômen. Era como se um intruso estivesse ali, machucando-a sem parar. Ela estava deitada em uma maca, com as pernas abertas de maneira forçada. Ela levantou a cabeça e viu sangue nas laterais das coxas. Que droga estava acontecendo?

—O procedimento está completo. – Disse um dos médicos na sala. – Agora não tem mais perigo da Sentinela engravidar, caso esse incidente aconteça outra vez.

—Tomara que não aconteça, porque eu não estou afim de ver o Pierce irritado daquele jeito de novo. – Um agente respondeu.

—Vocês dois sabem que vai acontecer de novo. – Outro agente disse. – Nenhum de nós pode contra o Soldado Invernal quando ele está determinado.

—Eu nunca o vi daquele jeito. Ele parecia estar obedecendo uma ordem, mas sem ninguém ter ordenado. – Disse o médico. – Ele simplesmente jogou o Dr. Vane e o resto de nós para fora da sala como se não fossemos nada! Tudo para ficar alguns minutos sozinho com ela... estranho, ele nunca foi assim com a outra...

Ela gemeu, como se quisesse falar algo, mas a dor era muito forte.

—Cale a boca, ela está acordando! – Um agente disse. – Vamos apagar a memória dela enquanto ainda dá tempo.

Aria acordou com um grito e um pulo, suada. Ela sentou na cama, sem conseguir dormir outra vez. Com uma expressão assustada, ela encarava a grande janela, que mesmo com a cortina fechada, ainda mostrava as luzes da cidade. Ainda ofegando, ela fechou os olhos. Não podia permitir que esses pesadelos horríveis voltassem a dominá-la.

Não foi fácil para ela se acalmar. Ela voltou a se deitar, na esperança de tirar aquelas imagens da cabeça. Ela sentiu falta de algo. De alguém, na verdade. Desde sempre, era ele quem a mantinha calma. Ele a fazia se sentir segura. Ela precisava dele.

Bucky... — Ela sussurrou antes de voltar a dormir.

Contudo, ela não teve uma noite tranquila. Dormia e acordava constantemente, fazendo com que se cansasse cada vez mais.

*~*

No outro dia, Aria acordou cedo, com dificuldades para voltar a dormir. O sol nem havia nascido direito. Ela perdeu a noção de quanto tempo ficou parada, olhando para a janela, vendo o sol nascer ao longe. A vista era linda, as luzes da cidade se apagavam à medida que a luz do sol tocava os prédios.

Foi quando Aria percebeu que sua barriga estava roncando quase do mesmo volume em que Sam roncava enquanto dormia. Ela teria que ir até a cozinha e preparar alguma coisa. A essa hora da manhã, ela esperava que todos estivessem dormindo, assim não daria de cara com ninguém.

Ela saiu do quarto e foi, de fininho, até a cozinha. Contudo, não deu a sorte de estar sozinha. Steve estava sentado na mesa, tomando uma xícara de café. Ele estranhou ver Aria na cozinha aquela hora da manhã. Ela se assustou um pouco quando o viu.

—Steve... – Ela o chamou, após se recuperar do susto. – Também não conseguiu dormir?

—Perdi o sono há algumas horas. Rolei na cama por horas e nada. Então, resolvi acordar de vez. – Steve respondeu, tomando outro gole de café.

—Eu tive outro pesadelo... – Aria disse, cabisbaixa, se sentando perto dele. – Eles sempre voltam quando eu estou sozinha. Acordei no meio da noite e não consegui mais dormir direito.

—Você deve estar com a cabeça cheia de coisas, não é? – Steve perguntou, em um tom aéreo.

—É, com certeza... mas acho que todos nós estamos. – Aria respondeu.

Steve continuou conversando com Aria enquanto ela preparava algo para comer. Ela falou sobre seu pesadelo, sem dar muitos detalhes, enquanto ele dava apoio a ela. Steve era gentil e Aria apreciava isso. Ele era um grande amigo. Mas Aria estava precisando de mais do que apenas um amigo.

A cozinha foi começando a encher, à medida que o dia amanhecia. Thor foi o primeiro a aparecer. Aria ainda não estava acostumada com o asgardiano, mas esperava perder esse nervosismo logo, pois ele estava ali para ajudá-la. Bruce e Tony apareceram em seguida. Mais tarde veio Sam, e por último, vieram Nat e Bucky. O clima entre os quatro começou a ficar tenso outra vez.

Steve tentava disfarçar, como se nada estivesse o incomodando. Aria começou a desviar o olhar, na esperança de espantar o rubor do rosto. Nat entrou no jogo de Steve e começou a disfarçar também, se sentando com o grupo. Já com o outro casal, a situação não foi assim tão fácil. Bucky encarava Aria sem desviar o olhar, enquanto ela tentava esconder o rosto cada vez mais. Percebendo a expressão magoada dela, ele apenas fechou a cara, pegou um punhado de ameixas da fruteira e saiu apressadamente da cozinha.

Assim que ele saiu, Aria virou o rosto, encarando a porta, com um olhar magoado. Será que ela o ignorou tempo o bastante para ele se cansar dela? Ela se arrependeu profundamente de ter desviado o rosto.

—Hoje vai ser um dia cheio. – Comentou Tony. – Tenho que mandar convites para um monte de gente e arrumar fantasias para todo mundo aqui.

—Eu ainda não acredito que você vai dar uma festa no meio dessa crise... – Disse Aria, em tom de negação.

—Quando o Stark insiste em uma coisa, ele vai até o fim. – Disse Steve. – Discutir não adianta.

—Ah, fala sério, vocês todos estão muito depressivos para o meu gosto. Uma festa não vai fazer mal a ninguém. – Rebateu Tony. – E para mostrar como eu sou bonzinho, já pedi ao J.A.R.V.I.S. que enviasse convites personalizados para suas namoradas, Sharon Carter e Jane Foster.

Thor se engasgou com o suco que estava bebendo, o que causou algumas risadas discretas de alguns membros do grupo.

—A Jane está vindo? – Thor perguntou. – Santo Odin, preciso me arrumar! Preciso dar um jeito nas minhas vestes!

—Calma aí, Barbie! Hoje à noite você não vai usar cortina. Todos vamos usar os trajes típicos da época do picolé aqui. – Disse Tony, dando um tapinha no ombro de Steve.

—Eu só vou acreditar quando eu ver isso tudo... – Disse Aria.

—Ah, pode se preparar Amnésia, porque vai ser a melhor festa da sua vida! – Respondeu Tony.

—Stark, não seria mais apropriado nos chamar por nossos nomes? – Thor perguntou. – Não só a moça, mas o Capitão e eu podemos ficar ofendidos com esses apelidos pejorativos.

Steve e Aria deram uma risadinha interna. Thor os olhou, confuso.

—O dia em que Stark nos chamar por nossos nomes, eu dou um show de dança. – Steve comentou, ironicamente.

—Eu não sei qual dos dois eu ia gostar mais de ver. – Aria respondeu, dando uma risada, se levantando e saindo da cozinha.

Assim que Aria pôs os pés para fora da cozinha, a sensação ruim a invadiu novamente. A cena de Bucky deixando a cozinha às pressas, com um olhar ferido invadiu sua mente. Preocupada com aquilo, ela tomou uma decisão inusitada. Estava na hora de quebrar todo aquele gelo. Era hora de falar com ele.

Ela subiu, tremendo, até chegar à porta do quarto dele. Ela estava paralisada. O medo era tão grande que ela não conseguia levantar o braço e bater na porta. Ela se afastou cinco passos antes de voltar e tentar bater outra vez. Não conseguindo, foi embora de novo. Dez passos depois, mudou de ideia e voltou para a porta dele. Desta vez, ela conseguiu ser forte o suficiente para bater na porta.

Ela ficou tão nervosa sobre toda a complicação em tomar coragem para bater na porta que nem pensou no que diria a ele quando ele abrisse. Ela ficou ali parada, alguns minutos, esperando que ele abrisse. O que não aconteceu. Estranhando, ela bateu novamente, dessa vez mais calma. Quando não houve resposta outra vez, ela resolveu entrar por conta própria. Sua sorte foi a porta estar destrancada. Ou será que foi azar?

Ela entrou e encontrou apenas o quarto vazio. Bucky não estava ali. Essa não. Onde será que ele foi depois daquele momento na cozinha? Ela realmente precisava falar com ele.

*~*

Bucky estava na sala de treinamento, socando e chutando tudo o que via pela frente para descontar sua raiva e frustração. Ele repetia a cena de Aria não conseguindo nem olhar para ele em sua mente várias vezes. Ele estava extremamente frustrado. Achava que havia a perdido de vez. Aquilo era um inferno para ele. Ele não podia ficar sem ela.

Ele continuava a socar os sacos de areia com toda a sua força, até arrebentando alguns. Não, ele não podia desistir de Aria assim tão fácil. Eles não passaram por tantos perrengues juntos para acabar com tudo agora. Ele precisava dar um jeito de reconquistá-la.

*~*

O dia passou mais rápido do que o normal, e logo o sol já estava se pondo. Tony passou o dia arranjando fantasias para todos que estavam "hospedados" na Torre Vingadores, enquanto J.A.R.V.I.S. se encarregava de enviar os convites restantes. Claro, Tony não teria certeza se todos iriam a uma festa assim tão em cima da hora, mas a ideia era recente e o tempo era curto.

Aria não conseguiu falar com Bucky o resto o dia e se sentiu mal com isso. Ela precisava falar com ele antes que as coisas piorassem. Ela tinha medo de ser capturada outra vez, ou até mesmo morta antes de conseguir se acertar com ele.

—Miss Alzheimer? Posso entrar ou você está pelada? – Tony perguntou, do outro lado da porta.

—Entre de uma vez, Homem de Lata. – Aria respondeu, sarcasticamente, dando um apelido a ele.

Tony entrou segurando uma caixa branca. Ele a pôs em cima da cama e a abriu.

—Essa é a sua fantasia, Amnésia. – Disse Tony.

Aria ficou olhando para aquele trecho da fantasia, admirada. Até que, após alguns momentos, ela retirou a roupa da caixa por completo. Era um lindo vestido vermelho, estilo anos 40. Seria tomara-que-caia se a alça não fosse enrolada no pescoço. O vestido vinha acompanhado de uma sandália de salto, dourada.

—É muito bonita, Tony. – Respondeu Aria, ainda olhando para o vestido.

—É que pessoas desmemoriadas tem preferência com as melhores fantasias. – Tony respondeu, em um tom irônico. – Agora vá se arrumar, antes que os convidados comecem a chegar.

—Tudo bem que a última festa que eu frequentei foi há mais de 10 anos, mas eu sei de uma coisa. As pessoas nunca chegam na hora certa. – Disse Aria, antes de Tony sair do quarto.

Aria tomou um banho digno de uma rainha. Os banheiros da Torre Vingadores eram tão luxuosos quanto o resto do lugar. O chuveiro era super moderno e tinha até uma banheira de hidromassagem. Demorou, mas uma hora ela saiu do banho.

Ela, então, vestiu o vestido vermelho. O vestido favoreceu suas curvas e seu decote, deixando-a incrivelmente linda. Quando ela terminasse com a maquiagem e o penteado, ficaria maravilhosa. Ela cacheou as pontas dos cabelos, como as moças dos anos 40 usavam, e em seguida, os prendeu de um lado só, deixando-os cair sobre um ombro.

Para a maquiagem, usou uma sombra preta, que destacava seus olhos azuis. E o bom e velho batom vermelho, um acessório atemporal, prático e sexy. Quando terminou e se olhou no espelho... não estava nada mal. Nada mal mesmo.

*~*

A Torre estava toda decorada no estilo anos 40, com a iluminação apropriada e música típica tocando. Os primeiros convidados a chegar foram Sharon, Jane e Rhodey, melhor amigo de Tony. Tony os recebeu, com sua fantasia de detetive antigo. Sharon estava vestida de oficial, provavelmente inspirada no antigo uniforme de sua tia Peggy. Jane estava vestida de enfermeira de guerra. Rhodey estava vestido como um cavalheiro comum.

Os outros foram descendo aos poucos. Sam e Thor foram os primeiros, pois J.A.R.V.I.S. os avisou que suas garotas haviam chegado. Sam também usava uma fantasia de cavalheiro comum, com os suspensórios e o paletó daquela época. Até vinha com um chapéu. Já Thor, por mais incrível que pareça, estava vestido de Bad Boy. A típica regata branca, a jaqueta de couro, as calças surradas e uma boina. Foi extremamente estranho ver o deus do trovão vestido daquele jeito. Foi ainda mais constrangedor quando ele deu de cara com Jane.

—Thor! – Jane correu até ele, assim que o viu e praticamente pulou em cima dele.

—Jane... pelo amor de Asgard, obrigado. – Thor suspirou ao sentir Jane em seus braços.

Porém, assim que Jane saiu dos braços dele, ela automaticamente deu um tapa em seu rosto.

—Isso é por ter ficado tanto tempo fora! – Jane disse, irritada. Ela juntou seu chapéu de enfermeira que havia caído no chão e deu as costas para o asgardiano. Thor foi atrás dela, claro.

Enquanto Tony conversava com Rhodey, Sam foi até Sharon e deu um beijo leve nela. Ele sentia falta de sua garota. Logo os dois já estavam conversando e tomando um drinque.

—E aí, a coisa continua feia por aqui? Porque pelo que você me contou parecia que eles estavam prestes a se matar. – Disse Sharon.

—Eles ainda não se reconciliaram, mas acho que também não querem mais se matar. – Respondeu Sam. – Ouvi Steve e Aria conversando sobre quererem voltar com seus respectivos parceiros.

Por incrível que pareça, Sharon não sentiu nada ao ouvir isso. Ela que sempre tivera uma queda por Steve, agora seria a oportunidade perfeita para tentar algo com ele, já que estava separado de Natasha. Mas ela não queria. Aquela queda que ela tinha por ele simplesmente se desfez. E Sam preencheu todo o espaço vazio em seu coração. Ela queria ficar com Sam.

Outros convidados foram chegando, como Clint Barton, o Gavião Arqueiro, e a agente Maria Hill logo em seguida. Clint vestido de piloto de guerra e Maria vestida de oficial, assim como Sharon. Assim como mais gente foi descendo. Bruce apareceu, com sua roupa de cientista antigo. Infelizmente, Bruce foi o último que desceu com uma expressão feliz.

Os restantes começaram a descer. A primeira foi Natasha, exibindo seu lindo vestido dourado de senhorita comum. Ela não estava nada mal. Já se destacava mais do que as outras mulheres. Em seguida, desceu Steve, vestindo um uniforme de guerra. Claro, para ele, aquilo não era uma fantasia. Ele já havia usado aquilo mesmo. Eles cumprimentaram os amigos, separadamente. Mesmo assim, não deixavam de olhar discretamente, um para o outro.

Logo depois, relutantemente, Bucky desceu, usando seu uniforme de sargento. Incrível como ele estava quase exatamente como era nos anos 40. A diferença só estava no cabelo mais comprido e no braço de metal. E nas memórias, claro. Ele ficou nervoso com todas aquelas pessoas ali. E sinceramente, ninguém sentiria sua falta. Ele estava prestes a subir outra vez quando se deparou com a figura de Aria no topo da escada.

Aria estava deslumbrante, em seu vestido vermelho. Ela estava vestida como uma cantora de clubes antigos. Agora, Natasha não era mais a moça que mais chamava atenção. Aria a havia superado. Ela desceu as escadas, tentando não ficar envergonhada com os olhares de todos sobre si. Assim que ela passou por Bucky, o encarou por dois segundos e continuou andando.

—Gente, que clima tenso... – Sussurrou Tony, para si mesmo. – J.A.R.V.I.S., ligue o som e coloque alguma música da idade da pedra pra fazer esse picolé dançar!

J.A.R.V.I.S. colocou uma música animada, dos anos 40, e logo, quase todo o clima tenso se foi. Os primeiros a entrarem na pista foram Thor e Jane, seguidos por Sam e Sharon. Clint se aproximou de Natasha, notando sua expressão triste e a convidou para dançar. Ela relutou um pouco, mas acabou aceitando. Bruce se juntou a Tony, Rhodey e Maria para beberem um pouco.

Aria estava prestes a se juntar a Steve, quando viu que ele olhava para Clint e Natasha dançando com um certo ciúme, quando foi puxada por Tony para a rodinha da bebida.

—Essa aqui é minha nova amiguinha, "Arinésia". – Tony disse, já demonstrando sinais de que estava bêbado.

—Não, Tony. Eu me chamo Aria, lembra? – Ela respondeu, tentando se soltar de Tony. – Caramba, como foi que você ficou bêbado tão rápido?

—O Tony geralmente aguenta, mas ele quis encarar a bebida de mil anos do Thor, então... deu no que deu. – Bruce respondeu.

—Tony, ela é um brotinho... posso levá-la pra casa? – Rhodey perguntou, também parecendo um pouco bêbado.

—Olha esses modos, Rhodes! – Maria exclamou, dando um tapa no ombro de Rhodey. – Desculpe por isso, eu nunca devia ter deixado eles experimentarem a bebida do asgardiano.

—Ah, tudo bem. – Aria respondeu, ainda tentando se soltar de Tony. – Desde que eu consiga respirar... Tony, você tá me sufocando, é sério!

Bruce a ajudou a se soltar e ela se afastou da rodinha da bebida. Ela aproveitou para ir até Steve, que ainda estava observando Natasha dançar com Clint.

—Tudo bem, Capitão? – Aria perguntou, se sentando ao lado dele. – Quem é o piloto?

—Clint Barton, o Gavião Arqueiro. Ele é membro dos Vingadores e melhor amigo da Natasha. – Steve respondeu, sem muito entusiasmo.

—Ah, se é só amigo então não tem razão para se preocupar, não é? – Aria perguntou. – São como nós dois.

Steve olhou para Aria como se tivesse um plano em mente.

—Aria, você aceita dançar comigo? – Steve perguntou, estendendo sua mão para ela.

—Não precisa nem perguntar, Capitão. – Ela respondeu, com um sorriso, pegando a mão dele e indo para a pista de dança.

Eles dançaram o restante da música animada e logo se depararam com uma música lenta. Steve não viu mal em dançar uma música lenta com Aria. O problema foi quando a iluminação foi diminuindo, para dar um clima romântico ao lugar. Então, Steve começou a movimentar Aria pela pista, passando pelos outros casais que dançavam lentamente, com exceção de Clint e Natasha.

Steve resolveu girar Aria, mas ela acabou indo longe demais e começou a rodopiar pela pista como uma bailarina. Ela apenas parou quando caiu nos braços de ninguém mais do que Bucky. Ela levantou o rosto e o encarou, sem saber como reagir. Ele também a encarava, sem desviar o olhar uma única vez. Sem soltá-la também, pois não a deixou escapar de seus braços nenhuma vez. Ele só a soltou minutos depois, para estender sua mão, insinuando que estava convidando-a para dançar.

Ela poderia fugir dele, mas não o fez. Poderia recusar, mas não o fez. Ela simplesmente pegou a mão dele. Mas não foram para a pista de dança. Ao invés disso, Bucky subiu as escadas com ela, ficando na sala vazia do andar de cima. Aquela sala serviria para um happy hour mais tarde, mas agora estava ocupada.

—Então é assim que você era nos anos 40? Agora sei porque todas as garotas se derretiam por você... – Aria começou.

—Ainda sim... tive que esperar 60 anos para conhecer a garota que seria a única dona do meu coração. – Bucky respondeu, caminhando em direção à ela. – A única. Você, Aria.

—Agora eu sei disso. – Aria respondeu, começando a marejar os olhos. – Mas é que... eu não consigo suportar em pensar que você já foi de outra! Que já entregou seu coração a outra!

—Nunca. Nunca fui de outra. – Bucky disse, chegando ainda mais perto dela. – Sim, já tive outras, mas nunca fui delas. Eu sou seu. Somente seu.

—Como eu posso ter certeza? – Aria perguntou, se afastando dele. – E se eu for só mais uma? E se aparecer outra que faça você sentir o que nunca sentiu por mim?

—Aria, eu tenho quase 100 anos de idade e nunca, nunca senti por outra o que sinto por você. E nunca vou sentir. – Bucky respondeu, se aproximando dela, novamente.

—Eu só... – Aria não conseguiu terminar a frase, pois Bucky avançou em seus lábios com toda a urgência do mundo. Ela derramou duas lágrimas, uma de cada olho, quando sentiu os lábios dele nos seus.

O beijo era urgente, desesperador. Aria não resistiu e se entregou de vez, colocando os braços ao redor do pescoço dele. Dava para ver o quanto ele estava desesperado pela urgência de seus toques e carícias pelo corpo dela. Ele a prensou na parede, com uma das mãos segurando firmemente a coxa dela. Ele estava prestes a tirar a roupa, quando ela o impediu.

—Os outros vão aparecer. – Ela sussurrou.

Com um grunhido de insatisfação, ele a pegou no colo, como se ela fosse uma boneca, e a levou para seu quarto. Os outros não iriam sentir falta deles mesmo. Lá, ele a largou na cama e começou a tirar sua própria roupa. Ele fazia tudo com urgência, como se temesse que Aria fosse sumir a qualquer momento. Ao ficar apenas de cueca, voltou a avançar em Aria e começou a tirar o vestido dela. A cada parte do corpo dela que era revelada, ele deixava beijos no local.

O vestido não precisava de sutiã, então Bucky deixou Aria apenas com a calcinha e os seios à mostra. Como ele sentiu falta da visão do corpo dela. Não perdeu tempo em voltar a ficar por cima dela e beijar cada centímetro do corpo dela. Ela gemia e arfava a todo instante, com saudades do toque de Bucky. Ele deteve-se nos seios dela por alguns instantes, chupando-os, enquanto a estimulava por cima da calcinha.

Os beijos foram descendo até Bucky ter a ousadia de retirar a calcinha dela com os dentes. Após retirá-la por completo, ele abriu as pernas de Aria e começou a chupar a intimidade dela. Ela estava quente e muito molhada. À medida em que sua língua entrava e saía, Aria gemia cada vez mais alto. Foi quando ele tirou a cueca, revelando seu membro já ereto. Ele fez menção de penetrá-la, mas Aria tomou controle da situação e ficou por cima dele.

—Ainda não, meu soldado. – Ela disse, com um olhar malicioso. – Deixe eu retribuir o que você fez por mim primeiro...

Aria desceu, de forma sensual, até seu rosto ficar na frente do membro dele. Ela começou a chupar a extensão dele, levemente. Ela revezava entre brincar com a língua e chupar por completo. Bucky chegou a um ponto em que não estava mais gemendo. Estava grunhindo de prazer. Quando ele começou a sentir o ápice chegando, tomou controle da situação novamente, jogando Aria para baixo.

—É hoje que eu vou destroçar você. – Ele disse, dando a primeira estocada.

Aria gemeu, sentindo falta daquele toque. Ele começou a penetrá-la mais vezes, segurando as duas coxas dela. Ele apertava forte, arrancando alguns gemidos dela. Não demorou muito para trocarem de posição. Bucky sentou Aria na cama e os dois continuaram, um de frente para o outro. Essa posição era mais fácil para roubar beijos.

—Minha, somente minha... – Bucky gemia, enquanto a penetrava.

Eles trocaram de posição mais umas três vezes, ficando de pé, com Aria prensada na parede, deitados, com Aria por cima e até arriscaram a famosa "de quatro". Já haviam perdido a noção de quanto tempo estavam ali quando chegaram ao ápice.

Nenhum dos dois parecia estar cansado, apesar de estarem suados e ofegantes. Nenhum dos dois parecia querer dormir. A noite estava só começando.

—Senti sua falta. – Aria disse, o beijando novamente.

—E eu senti a sua mais do que nunca... – Ele respondeu. – Será que você pode usar esse vestido mais vezes? Você ficou maravilhosa nele...

Ela riu e o beijou novamente. Ela realmente sentiu muita falta dele. Agora, finalmente o Soldado e a Sentinela estavam reunidos outra vez.


Continua

𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐀𝐃𝐎 𝐄 𝐀 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐄𝐋𝐀 | bucky barnesWhere stories live. Discover now