We've Got Tonight (Who Needs Tomorrow?)

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Quando Aria finalmente foi liberada pelos médicos, ela foi levada a um quarto individual. Mesmo tendo a notícia de que seu bebê estava bem, ela ainda estava preocupada. Mais do que isso, ela estava triste. Por mais que Wakanda fosse um lugar lindo, que desse para ver florestas e cachoeiras da janela (e que fosse muito melhor que a prisão), Aria sentia falta de viajar pela Europa com Bucky. Não que o estilo de vida que eles levassem fosse perfeito, mas ela era feliz.

Ela se levantou da cama e foi até a grande janela. A luz da lua refletia na cachoeira, e aquela visão dava uma sensação de calma. O grande laboratório, onde todo o Time Cap estava escondido, ficava no meio da natureza, sendo cercado por árvores das mais diferentes espécies. Devem ter ameixeiras lá embaixo. Aria pensou, se lembrando que Bucky adorava ameixas.

Falando em Bucky, ela estava frustrada por terem negado as 500 vezes que ela pediu para vê-lo, alegando que ela precisava ser examinada primeiro. Agora que ela tinha sido liberada, não havia motivos para não vê-lo. Estava prestes a sair do quarto e procurá-lo, quando a porta se abriu, as luzes acenderam e Natasha entrou.

—Ah, que bom, você está acordada. Meu plano de te acordar com uma flauta do Titanic já era. – Natasha disse, brincando. Porém, Aria não estava muito no clima de brincadeira.

—Pode me levar até o Bucky? Por favor, Nat, não aguento mais ficar no escuro, sem saber o que está acontecendo com ele! – Aria praticamente implorou, completamente nervosa.

—Está bem, se acalme e sente um pouco. Steve e eu estávamos com ele até agora, ele está bem. – Natasha respondeu, pegando Aria pelo braço e a sentando na cama. – Vim aqui porque eu precisava ter uma conversa com você antes que vocês dois se trancassem no quarto a noite inteira.

—Sobre aquilo na prisão? Nat, você estava toda enrolada. Não tinha como me proteger e proteger a si mesma ao mesmo tempo. – Aria respondeu. – Não precisa se culpar.

—Não, na verdade era mais do que isso... – Natasha suspirou, pensando em um jeito de continuar. – Aria, aconteceram umas coisas lá na Sibéria. Quando Steve e Bucky foram atrás do médico...

Natasha contou a Aria o que Steve havia contado a ela durante o voo para Wakanda. Todas as partes, desde Tony estar lá até a descoberta de que Bucky matou os pais dele. Aria foi abaixando o olhar, em uma expressão magoada, principalmente ao ouvir sobre a batalha entre os três.

—Me sinto culpada... – Aria disse, com a voz baixa. – Eu encorajei o Tony a ir até lá. Eu até disse que iria quebrar a cara dele se ele não fosse até lá para ajudá-los. Mas acho que é agora é impossível, já que estou presa aqui...

—Aqui não é uma prisão, é um refúgio. – Natasha a repreendeu. – Você pode ir embora se quiser, mas saiba que não vai ser nada fácil no mundo lá fora. Não com todos atrás de você. Não significa que vamos passar a vida toda aqui, mas pelo menos, temos que esperar a poeira abaixar.

—É... acho que você tem razão. Depois de tudo o que passamos nos últimos dias, acho que vamos precisar de um refúgio. – Aria respondeu. – E aqui não é tão ruim, se for parar para pensar, com todas essas árvores lá fora, quem sabe meu bebê mutante que sobrevive a tudo pode ser o novo Tarzan.

—Ah, por favor, só porque estamos no meio da floresta não quer dizer que não estamos na civilização! – Nat também brincou. Mas logo voltou ao tom sério. – Mas, sem querer te deixar preocupada, nem nada... tem uma coisa que você precisa saber.

—Nat... por favor, diga logo e vê se não me mata do coração. – Aria respondeu, tão séria quanto Natasha.

—Você sabe que a luta daqueles três não foi nada fácil, e... – Natasha, outra vez, procurou um jeito de continuar. – Ok, vou parar de enrolar. Steve disse que Bucky estava avançando no Tony e pegou naquele reator da armadura dele. Bom... o reator explodiu o braço de metal dele.

Aria não disse nada. Provavelmente, ela ficou encarando Natasha com os olhos arregalados, quase saltando para fora das órbitas, por um indeterminado número de minutos. Se não estivesse sentada, ela jurava que iria cair de cara no chão.

—Ai que droga, eu causei um piripaque nela... – Natasha disse, para si mesma, colocando as mãos no ombro de Aria. – Fale alguma coisa antes que eu precise te bater para te acordar!

—Eu estou me sentindo como a Phoebe naquele episódio de Friends onde ela descobre que Chandler e Monica estão juntos e começa a gritar na janela com a Rachel. – Aria começou a tagarelar, involuntariamente. – Meu cérebro está tendo um treco, acho que eu vou ter um treco! Eu vou matar o Tony quando eu sair daqui!

—Não, não, volte aqui! – Natasha a segurou quando Aria quis levantar e sair do quarto. – Isso é bom, você está lembrando do seu passado. Ainda que seja sobre um episódio de Friends, mas é uma coisa boa. Quanto ao Tony, o Steve já cuidou disso, ok?

E foi quando Aria teve a reação mais inesperada. De um minuto para outro, ela passou de completamente surtada para se debulhando em lágrimas em cima de Natasha. Ela se atirou nos braços da Viúva de um jeito tão brusco que Nat demorou para processar o que estava acontecendo.

—Nat, eu estou apavorada! – Aria disse, com a voz abafada, por estar agarrada a Nat. – Como é que eu vou conseguir ser mãe em uma hora dessas? Eu sei que eu sempre quis ter um filho, mas eu nunca percebi que eu nunca soube nada sobre isso! Eu não me lembro de quando eu era criança, mal me lembro da minha própria mãe! E se eu não for uma boa mãe?

Natasha não disse nada na hora, para não chatear Aria ainda mais, mas sua situação era a mesma. Natasha podia até se lembrar de sua infância, mas não sabia o que era ser mãe. Claro, ela tinha uma conexão com os filhos de Clint, mas não era a mesma coisa. E, diferente de Aria, Natasha ainda era estéril. Claro, em um futuro, talvez ela e Steve pudessem adotar uma criança. Mesmo assim, o sonho da maternidade ainda estava muito longe para Nat.

—Pare já com isso! Você vai ser uma boa mãe, sabe por quê? Porque na hora em que você botar seus olhos no anjinho em seus braços, vai amá-lo incondicionalmente e fazer de tudo para protegê-lo. E você é uma mulher poderosa, não vai ser muito difícil fazer isso! – Natasha respondeu, baseado em seus pensamentos sobre o que significava ser mãe. – E quando ele crescer, vai ficar orgulhoso de ver como os pais super heróis dele o amam e se importam com ele.

—Natasha... – Aria a chamou, levantando a cabeça e se desgrudando dela. – Você quer ser a madrinha do meu filho?

Natasha ficou surpresa, e ao mesmo tempo emocionada. Aria realmente tinha acabado de lhe pedir aquilo?

—Olhe, eu já perdi a conta de quantos perrengues nos já passamos juntas e você salvou a minha pele, esse entrando na conta. – Aria disse. – Às vezes eu sinto como se você fosse uma espécie de Mulher Maravilha de outro universo... sei lá, acho que quero ser você quando eu crescer. E tudo bem, eu sei que é meio precipitado, mas...

—Você não precisa falar mais nada. – Natasha a interrompeu, abraçando-a novamente. – É claro que eu quero. Vou ser a Monica da sua Rachel.

—Eu me identificava mais com a Phoebe, mas valeu a intenção. – Aria respondeu, e as duas riram.

—Está bem, agora que você se acalmou, eu vou lá buscar o seu presente de Natal. – Natasha disse, se levantando e indo até a porta. – Só vê se não vão fazer muito barulho, eu ainda não sei quantos gemidos o T'Challa tolera aqui.

Aria pegou um travesseiro e jogou na direção da porta, assim que Natasha saiu. Ela apagou as luzes novamente e se preparou psicologicamente para o que quer que ela precisasse aguentar. Alguns minutos depois, ela estava sentada na cama, de frente para a janela, quando ouviu a porta atrás de si abrir. Ela tomou coragem antes de se virar para olhar.

Bucky estava com roupas brancas, semelhantes às dela. E com uma espécie de tipoia tapando os restos do braço de metal. O olhar dela se entristeceu ao ver aquilo. Ela ainda se culpava. Ela estava se levantando para finalmente ir ao encontro dele, mas antes de dar dois passos para fora da cama, ele já estava na frente dela. Sem esperar muito, ele grudou seus lábios de maneira desesperadora. Ela respondeu na mesma intensidade. Aqueles dias na prisão, longe dele, realmente foram um inferno.

—Amor... – Ela ainda não conseguia olhar para ele sem sentir os olhos lacrimejando. – A culpa é minha, eu disse para ele ir até lá. E agora você... você está...

—Não... nem pense em se culpar... – Bucky a interrompeu, segurando seu rosto e olhando no fundo de seus olhos. – Você não teve nada a ver com isso. Agora, tem algo que eu quero saber...

A mão dele foi abaixando do rosto dela até chegar à barriga. Ela sentiu um frio na espinha com o toque. Porém, não desviou o olhar dele em momento algum.

—Nós vamos ter um filho? – Bucky perguntou, com uma expressão séria.

Aria ficou nervosa. O jeito que ele perguntou... ela não sabia se devia responder. Ela engoliu seco e deu um passo para trás.

—Sim. – Aria respondeu, preparada para a reação dele. – Nós vamos ter um filho.

Ela ficou esperando alguma resposta. Não sabia se ele estava feliz, triste, furioso, decepcionado, ou o que quer que ele estivesse sentindo naquele momento. Tudo bem, eles já tiveram essa conversa várias vezes, de que seria melhor esperar para terem uma mente mais estável para terem filhos, mas agora não tinha mais volta.

Aria estava abaixando o olhar, evitando encará-lo, quando o sentiu puxá-la para si. Um pouco desnorteada, ela correspondeu o abraço. Algum tempo assim e ela pode ouvir, e sentir, algo. Alguns suspiros baixos e gotas caindo em seu ombro. Bucky estava chorando. Aquilo não era uma visão muito comum. O motivo tinha que ser extremamente forte.

—Bucky? – Ela o chamou, baixinho. Como resposta, ele apenas a abraçou mais forte. Quem dera pudesse ter os dois braços.

—Você vai me dar um filho. – Bucky disse, ainda abraçando Aria. O som de sua voz estava abafado por ela. – Vamos ter uma família.

—É, vamos. – Aria respondeu, deixando escapar um riso. Ela também chorava. Ambos choravam de alegria. – Nós merecemos depois de tudo.

Um pensamento veio na cabeça de Bucky. Algo que ele já estava cogitando há algum tempo, mas agora não teria escolha, ele teria que fazer. Depois do que aconteceu em Berlim, ele não poderia mais correr o risco de ficar vulnerável. Proteger sua família era a coisa mais importante para ele agora. E não importava quanto tempo levasse, ele queria estar estável e saudável para finalmente poder viver em paz com Aria e seu filho. Ele teria que encontrar uma cura para a lavagem cerebral da HIDRA. E para não correr o risco de machucar Aria novamente... ele teria que voltar para a hibernação.

Porém, não diria nada a ela agora. Não queria estragar o momento. Afinal, essa era a primeira noite que eles tinham juntos há muito tempo. Pelo menos por essa noite, não existiam problemas. Não existiam guerras, nem conflitos, nem nada. Somente ele, ela e todo o amor que ambos sentiam um pelo outro.

—Eu te amo. – Bucky disse, olhando nos olhos dela após soltá-la. – Você é a melhor coisa que já me aconteceu.

Ele a beijou novamente. Dessa vez, de um jeito mais delicado. Aria passou a mão pelo cabelo dele e o puxou, sentando-se na cama. Ela implorou para que os remédios para enjoo fizessem efeito pelo menos aquelas poucas horas.

O amor dela por ele estava transbordando. Eles tinham tudo para dar errado. Eram para ser armas da HIDRA, robôs sem sentimentos. E ainda sim, a fagulha do amor brotou entre eles. E a força desse amor os libertou de uma eternidade de servidão, ainda dando a chance de se apaixonarem mais uma vez. E agora, de construir uma família com esse novo membro que estava para chegar.

Bucky a deitou com todo o cuidado do mundo e tirou sua camisa. Foi um pouco complicado fazer isso com uma mão só, mas ele teria que se acostumar por enquanto. Ele começou a beijar Aria, principalmente na barriga, subindo os beijos aos poucos e retirando lentamente a blusa dela.

Ele estava fazendo tudo com a maior delicadeza, com muito receio de machucá-la, ou machucar o bebê. Aria até estranhou um pouco, mas não disse nada. Ela gostava quando ele era selvagem, mas também gostava quando ele era mais romântico. E era o que os dois precisavam naquela noite.

Ela o puxou para um beijo, para distraí-lo, enquanto tirava os próprios shorts, junto com a calcinha. Depois disso, Bucky sentiu as mãos dela puxando sua calça para baixo, e quando ela não alcançava mais, ele terminou de fazer isso.

Voltando a beijá-la, ele chupou delicadamente os seios dela, enquanto passava a mão por sua coxa. Houve uma hora em que ele se empolgou e apertou a coxa dela muito forte, fazendo-a suspirar baixinho.

—Desculpe, amor. – Ele disse, massageando a área. Aria se segurou para não ter um ataque de risos. Ele realmente se desculpou? Por algo que eles faziam praticamente toda vez que transavam?

—Bucky, eu não sou de porcelana. – Ela respondeu, com uma risada baixa. – Você não vai me quebrar.

—Ah é? – Bucky perguntou, brincando. – Lembra o que aconteceu da última vez que você duvidou disso?

—Ah, eu lembro sim. – Aria respondeu, maliciosa. – E estou louca para repetir a dose.

Bucky riu, mas não queria fazer nada que extrapolasse muito os limites. Para provocá-la um pouco, ele foi descendo ainda mais os beijos, bem lentamente, até chegar na intimidade dela. Entre chupadas e levíssimas mordiscadas, Aria gemia e inclinava a cabeça para trás. Por mais que ele estivesse mais recatado do que de costume, ela ainda sentia falta disso.

Bucky subiu e aproximou seus rostos, olhando nos olhos dela enquanto a penetrava. Definitivamente, ele estava sendo muito mais delicado do que de costume. Ou até mesmo, do que o necessário. Aria o abraçou e deixou leves arranhões em suas costas, como incentivo para não ir com tanta calma. Ele entendeu o recado e aumentou um pouco a "brutalidade".

Tudo bem, essa não era uma das mais agitadas, mas não significava que estava ruim. Ainda sim, Aria sentia falta do braço de metal subindo e descendo pelo seu corpo. Ela começou a beijar o rosto dele, desde a linha do maxilar, onde havia alguns hematomas, até o pescoço. Aquilo o fez se arrepiar e ir mais rápido. Para não correr o risco de colocar um "gêmeo" nela, ele saiu de dentro dela antes de chegar ao ápice e se finalizou, desabando ao lado dela logo em seguida.

—Você já está preocupado comigo agora, imagine daqui a alguns meses... – Aria brincou, dando uma leve risada.

—Amor, você sabe que por mim, eu faria como nós sempre fazemos. Mas eu não quero correr o risco de machucar o Júnior, ou cutucá-lo. – Bucky respondeu, rindo, fazendo Aria dar um leve tapa em seu ombro.

—Júnior é? Como é que você tem tanta certeza de que é um menino? – Aria perguntou.

—Porque ele é forte igual ao pai dele. – Bucky respondeu. Aria cruzou os braços e o fuzilou com os olhos.

—Está querendo dizer que a mãe dele não é forte? – Aria perguntou, com a testa franzida. Bucky logo percebeu que tinha feito besteira e tentou amenizar a situação.

—Claro que não, pelo contrário. Ele vai herdar a força dos pais dele. De nós dois, amor. – Bucky respondeu. Aria desfranziu a testa e voltou a deitar, olhando para cima.

—Ela. – Aria o corrigiu. – Vai ser uma menina.

Bucky nunca se imaginou sendo pai de menina. Nas poucas vezes em que ele imaginava ser pai, em sua juventude nos anos 40, ele imaginava estar ao lado de um garoto robusto e saudável, que serviria o país caso precisasse. Agora uma menina... era muito mais complicado. Ele veio de uma época onde as garotas eram mais recatadas e orientadas a se casar com bons partidos da alta sociedade, ou soldados que partiam para a guerra.

E Aria era de outra época. Na época dela, as mulheres já tinham muito mais liberdade de onde ir e vir e com quem casar. Ele estava confuso. Aria iria criar uma menina completamente diferente do jeito que ele era acostumado a ver. Mas isso teria que mudar. Os anos 40 já foram faz tempo. Era uma outra época, um outro século. Mesmo assim, essa conversa despertou um instinto adormecido de pai protetor dentro de Bucky. Se realmente fosse uma menina... ele iria liberar esse instinto de vez.

—Quero que ela tenha tudo o que eu não tive... que ela tenha uma vida normal, que tenha amigos, que possa ter suas próprias escolhas... – Aria sonhava acordada. – E nenhuma corporação nazista imunda vai encostar nela!

—Ou nele. – Bucky continuou. – Se for um menino... quero estar lá para levá-lo ao primeiro jogo de baseball. Vou ensiná-lo a ganhar bichinhos de pelúcia no parque para conquistar as garotas.

Aria arregalou os olhos e bateu nele com o travesseiro.

—Se transformar meu filho num mulherengo eu mato você! Mas nem vai, porque é uma menina! – Aria disse, alterada. – Além do mais, você nunca ganhou um bichinho de pelúcia para mim!

—Quando formos embora, depois que toda essa coisa do tratado e do Stark passar, eu vou te levar em um daqueles parques de Rockaway Beach e ganhar um urso de pelúcia para você. – Bucky respondeu, beijando-a na testa.

—Isso é muito cafona, mas eu admito que sempre quis um. – Aria disse, voltando ao normal. – Os garotos não faziam fila na minha porta para sair comigo.

—Ainda bem porque eu teria que socar todos eles. – Bucky brincou. – Alguma vez eu disse que você é minha?

—Hmm, deve ter dito, mas eu não ouvi. – Aria continuou, com outro sorriso malicioso. Bucky reagiu puxando Aria para baixo de si outra vez e colando sua testa com a dela.

—Você... é... minha. – A voz rouca dele lhe causava arrepios. Ele aproveitou para roubar outro beijo. – Essa mulher maravilhosa na minha frente... é minha. Minha salvação, minha vida.

—Foi você que me salvou... eu já deveria ter morrido três vezes se não fosse por você. – Aria sussurrou de volta. – Você é meu tudo.

Ele a beijou novamente, com todo o carinho do mundo. Queria aproveitar ao máximo, antes que as coisas pudessem desmoronar outra vez. E com o que ele estava prestes a fazer, provavelmente iriam. Mas ele não queria pensar nisso agora. Não estando com ela.

—Acho que tem alguém que quer te dar "oi". – Aria disse, com a mão em sua barriga. – Quer falar com ela?

Bucky riu. Por mais que fosse um pouco ridículo, ainda era um gesto fofo. Ele desceu até ficar de frente com o "futuro filho". Ele ainda estava com um pouco de vergonha de fazer isso.

—Oi, campeão. Ou campeã, como sua mãe tem certeza absoluta. – Bucky teve que pausar para rir. Aria estava olhando para aquilo tão entretida que nem jogou outro travesseiro nele nem nada. – Só queria que soubesse que nós te amamos muito, e estamos ansiosos para conhecer você. Não se assuste se você, por acaso, ver um pirulito, isso é o papai visitando a mamãe, ok?

Dessa vez foi Aria quem teve um ataque de risos. Ela realmente não acreditou que Bucky falou uma coisa dessas para o filho não nascido deles. É, quando eles tivessem sua própria casa novamente, ela teria que instalar paredes à prova de som, para não traumatizar a criança com certas coisas.

—Não dê ouvidos ao seu pai, ele é um pervertido! – Aria disse, entrando na brincadeira. – Pelo jeito eu vou ter que proibir ele de conversar com você até você fazer 30 anos.

—A sua mãe é incrível. Ela é a mulher mais linda do mundo, e a mais inteligente também. – Bucky falava, fazendo Aria ter um leve rubor. – Quando você for maior, ela vai te ensinar a esticar e dobrar o corpo, para poder dar surras nos agentes malvados no maior estilo.

—Ela vai pensar que somos uma família de mafiosos. – Aria respondeu, rindo. – Não se preocupe, querida. Vou trancar o armário de armas do seu pai, desse jeito você não fica traumatizada.

—Amor, qual é a graça de termos um filho super poderoso se ele não vai poder usar os poderes dele? – Bucky perguntou.

—Ele vai, só não dessa maneira desenfreada! Ou melhor, ela vai. – Aria respondeu. – Ela já sobreviveu a muita coisa, é uma guerreira. Igualzinha aos pais dela.

—Exatamente. – Bucky respondeu, deitando ao lado de Aria novamente e trazendo-a para mais perto. – Já sobrevivemos a muita coisa. Podemos sobreviver a isso, não é?

—É claro. Trocar fraldas o dia todo e acordar no meio da noite vai ser moleza comparado a tudo que já passamos. – Aria respondeu.

Aria estava há pouco tempo abraçada a Bucky e já estava sendo dominada pelo sono. Ela dormiu antes que ele pudesse dizer outra coisa. Ele usou seu único braço para abraçá-la forte. O maior medo dele agora era ver a reação dela quando ele pretendesse botar seu plano em prática. O que aconteceria mais cedo ou mais tarde.


Continua

𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐀𝐃𝐎 𝐄 𝐀 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐄𝐋𝐀 | bucky barnesOnde histórias criam vida. Descubra agora