Medos provocados e segredos revelados

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O coração de Aria estava disparado. Aquela mensagem significava que a HIDRA sabia onde ela estava, e que viriam atrás dela outra vez. E dessa vez, seria quase impossível resistir aos métodos deles. Ela chamou por Bucky, que apareceu rapidamente, terminando de colocar sua roupa às pressas.

—O que foi, Aria? – Bucky perguntou, preocupado, caminhando até ela.

—Bucky... a HIDRA sabe. Eles sabem que estamos aqui, precisamos fugir agora mesmo! – Aria respondeu, em um tom assustado.

Antes que Bucky pudesse responder, os dois ouviram o barulho da porta de entrada abrindo. Bucky, esperando o pior, colocou-se à frente de Aria. O desespero dos dois sumiu quando os passos em direção ao quarto mostraram o rosto de Natasha.

—Mas o que está acontecendo aqui? – Perguntou Natasha, perplexa. – Não importa. Aria, vê se veste uma roupa, porque temos que sair daqui agora.

—Espere aí! – Aria disse, fazendo Natasha parar. – Antes de tudo, me diga algo que só a Natasha me diria.

Natasha estranhou o tom de desconfiança de Aria. Mas logo se lembrou das expressões assustadas e nervosas que os dois mantinham, quando ela apareceu no quarto. Algo sério tinha acontecido.

—Você é uma desmemoriada muito safadinha. – Respondeu Natasha, fazendo Aria sair da defensiva.

—É, acho que você é realmente a Natasha. – Retrucou Aria, indo até o banheiro e vestindo suas roupas com dificuldade, por causa do braço machucado.

Bucky disse que algo grave tinha acontecido e que eles deveriam ir embora imediatamente. Ele apenas citou a HIDRA, e Nat entendeu imediatamente. Assim que ele e Aria estavam devidamente vestidos, Natasha levou os dois até o carro, onde Steve esperava no banco do motorista. Dali, seguiram para a Torre Vingadores.

—Agora, será que dá para vocês dois me explicarem direito o que aconteceu? – Perguntou Natasha, em um tom irritado.

—A HIDRA me achou outra vez. – Respondeu Aria. – Eles atiraram uma pedra na janela do quarto, com uma mensagem que dizia que eles não desistiram.

—Estávamos prestes a sair quando vocês dois chegaram. Foi muita sorte, eu nem sabia para onde levar a Aria. – Continuou Bucky. – Só sei que não podia deixar que eles encostassem nela novamente.

—Não se preocupem. Nat e eu temos o pressentimento de que depois de hoje, será muito difícil para a HIDRA controlar a Aria de novo. – Disse Steve.

Aria e Bucky se entreolharam, ambos com um olhar confuso. O que será que Steve e Nat andaram aprontando enquanto estavam fora?

—O que você quer dizer com isso? – Perguntou Aria, desconfiada.

—Contamos quando chegarmos lá. – Respondeu Natasha, antes que Steve pudesse responder. – Já que a HIDRA achou vocês no meu esconderijo, dá pra afirmar que nenhum lugar é seguro. Bem, quase nenhum lugar.

Eles se mantiveram em silêncio até chegarem na Torre. Aria disfarçava, mas por dentro, estava tão nervosa que apenas queria gritar e sair correndo. Dar um jeito de sumir dos radares da HIDRA, como fez nos últimos três anos. Ela ainda nem sabia como Ossos Cruzados a encontrou, em primeiro lugar. Ela sempre foi muito discreta, não fazendo barulho, chamando pouca atenção por onde passava. E seu chip rastreador foi destruído no dia em que ela escapou, então, ela realmente não sabia como foi encontrada.

Quando chegaram, o céu já estava escuro, dando lugar para as estrelas e a lua. Aria arregalou os olhos quando viu aquele lugar. Era basicamente o lugar mais luxuoso que ela já tinha visto. Estava tão distraída com a beleza do lugar que esqueceu das preocupações por um momento. Ela manteve a expressão de surpresa enquanto subiam o elevador.

—É melhor voltar ao normal, o Stark vai fazer uma piadinha de mau gosto se te ver assim. – Disse Natasha, tentando tirar Aria do "transe".

—Ele vai fazer gracinha de qualquer maneira, Nat. – Respondeu Steve. – É sério, apenas deixe o Banner fazer o trabalho dele, e tentem evitar o Stark o máximo possível.

Steve estava com um pressentimento horrível. Ele sabia de coisas que mais ninguém sabia. Segredos sobre Tony e Bucky que poderiam acabar em tragédia se alguém descobrisse. Por isso, queria que se evitassem o máximo possível.

—Bucky, fique atrás da Natasha e de mim. – Disse Steve, quando as portas do elevador estavam prestes a se abrir.

Bucky estava em transe também, mas não porque se impressionou com a beleza do prédio. Era apenas porque quanto mais Steve e Natasha mencionavam o nome de Stark, mas sua memória se forçava a lembrar de algo. Stark... por que esse nome é tão familiar? Ele se perguntava.

As portas do elevador se abriram e eles saíram. Se antes Aria estava impressionada, agora ela estava boquiaberta. A cobertura era realmente linda. Era cheia de móveis chiques, com um espaço amplo e agradável, além de uma vista maravilhosa de Manhattan. A vista de Manhattan era algo que conseguia conquistar Aria em um segundo.

—É melhor irmos logo para o laboratório do Banner, antes que o Stark apareça. – Disse Natasha, pegando no braço bom de Aria.

Antes que Natasha pudesse arrastar Aria para as escadas, um Tony furioso apareceu, não escondendo nem um pouquinho que estava possesso.

—Romanoff e Rogers, mas que pouca vergonha foi aquela? – Perguntou Tony, descendo as escadas. – É inacreditável que, com o perigo que vocês disseram que o mundo estava correndo, ainda encontram tempo para saliências nos quartos lá de cima!

Aria franziu a testa e encarou Steve e Nat. Steve estava vermelho, tentando manter uma expressão séria, enquanto Nat não escondia que estava fula da vida e que poderia matar Stark no próximo segundo se ele não calasse a boca.

—E como é que você sabe disso? – Nat perguntou, em um tom de quem não estava acreditando.

—É simples, tenho câmeras de segurança por toda parte. E também tenho o J.A.R.V.I.S, caso tenham esquecido. – Respondeu Tony. – É sério, eu nunca mais quero ver aquilo!

—E você ainda assistiu, seu pervertido! – Nat explodiu, querendo avançar em Tony, mas foi segurada por Steve.

Aria estava ao mesmo tempo envergonhada e querendo se acabar de rir. Só viu Stark há menos de cinco minutos e ele já se mostrou o rei das piadinhas de mau gosto. No fundo, ela sentiu um pequeno calafrio ao pensar que ela poderia ser o próximo alvo de algumas dessas piadas.

—Então você é a tal garota da HIDRA? – Perguntou Tony, se aproximando de Aria. – Que estranho, não parece tão ameaçadora.

—Posso ser bem ameaçadora quando alguém mexe comigo... – Aria retribuiu a alfinetada.

—Tony, essa é Aria Vane. Aria, esse é Tony Stark. Ele gosta de irritar os outros, então é melhor se acostumar... – Disse Steve, terminando de acalmar Nat.

—É, eu percebi... – Respondeu Aria, desviando o olhar de Tony para o resto da cobertura. – Onde está o Sam? Ele não estava com vocês?

—Sam foi se encontrar com a Sharon. Eles estão no Central Park. – Respondeu Steve.

—A Sharon está em New York? Temos que vê-la, ela pode ter decifrado os arquivos que encontramos na outra noite! – Disse Aria, querendo ir em direção ao elevador, mas seu braço bom foi puxado por Nat.

—Deixe o Sam cuidar disso. Você tem outro assunto, lembra? Temos que ver o Banner agora. – Disse Natasha, praticamente arrastando Aria para o laboratório. – Vocês três vão vir conosco ou vão ficar aí?

Três? Tony se perguntou. Apenas agora ele enxergou Bucky atrás de Steve. Ele estava com um olhar de quem não estava gostando muito da situação. Na verdade, nem Tony estava gostando muito da situação. Era muito estranho ter dois assassinos de uma organização soviética, altamente treinados, dentro de casa.

—Rogers, eu achei que seria apenas uma máquina mortífera, não duas! – Disse Tony, parecendo irritado.

—Eles são um pacote único, Stark. Ou são os dois, ou não é nada! – Natasha gritou, do topo da escada.

Tony encarou Bucky como se ele fosse uma espécie de monstro. Para ele, Bucky não era flor que se cheirasse. Não só pelo fato de ele ter sido o Soldado Invernal, mas por outra coisa. Algo o dizia que tinham mais coisas por trás dessa história. Steve era o único que estava servindo como uma "barreira" que impedia os dois de se baterem ali mesmo. Antes que os dois realmente se batessem, Steve os chamou para subirem junto com as garotas, até o laboratório de Bruce.

Chegando lá, o encontraram trabalhando em uma mesa, com alguns elementos químicos. Ele estava separando cuidadosamente os elementos em frascos. Nat pigarreou de leve para chamar a atenção dele, sem que o estressasse. Ele olhou para cima e a viu com uma garota desconhecida.

—Ela está aqui, já pode começar a fazer os exames. – Disse Nat.

Bruce se levantou e caminhou até as duas, dando uma boa olhada em Aria. Ele percebeu que ela estava cansada, pálida e seus olhos estavam fundos. Fora a tipoia que usava para segurar seu braço. Bruce tirou uma pequena lanterna do bolso e a usou para examinar os olhos de Aria, sem aviso prévio. Assim que terminou, estendeu sua mão para ela.

—Prazer em conhecê-la, senhorita. Eu sou o Dr. Bruce Banner. – Bruce se apresentou, estendendo a mão.

—Aria Vane, o prazer é todo meu. – Aria esticou sua mão boa para cumprimentá-lo.

—Banner está trabalhando em algo para livrar você da HIDRA, um antídoto. Se funcionar, assim que aplicado, eles nunca mais poderão controlar você com o soro vermelho. – Disse Natasha. – Mas para terminar, ele vai precisar fazer alguns exames e tirar algumas amostras do seu DNA.

Aria respirou fundo e olhou para baixo. Depois de ser espetada pelas agulhas do soro vermelho várias vezes, ela desenvolveu um certo medo de agulhas. Mas estava disposta a encarar o medo se for para se livrar do controle da HIDRA de uma vez por todas.

Quando Steve, Bucky e Tony entraram, Banner e Natasha estavam colocando Aria em uma espécie de maca, porém mais moderna. Aria estava um pouco assustada de estar naquela situação, pois sempre que se deitava em uma máquina dessas, sua memória era apagada. Ela suava frio.

—Senhorita Vane, primeiro eu vou apenas tirar um Raio-X do seu corpo, apenas para garantir que não há nada de errado. – Disse Bruce, teclando alguns botões da máquina.

Mesmo aquelas palavras não confortaram Aria do medo. Agora, além de suar frio, ela tremia. Sentia-se desprotegida. Como se estivesse prestes a perder sua memória novamente. Nat notou que Aria tentava esconder um olhar assustado e se aproximou da mesa.

—Está com medo, não está? – Perguntou Natasha.

—Está tão na cara assim? – Aria perguntou, ironicamente, forçando uma risada. – Eu me sinto realmente desconfortável de deitar em máquinas assim... me faz lembrar das torturas que passei na HIDRA.

—Você está bem agora, Aria. Enquanto estiver aqui, ninguém vai fazer mal a você. – Respondeu Nat, tentando confortar a outra ruiva. – A não ser o Stark e suas piadinhas de mau gosto, é claro.

—Nossa, você falando desse jeito quase me faz ficar ofendido. – A voz de Tony disse, se aproximando por trás das duas. – Está tudo bem, desmemoriada? Parece nervosa.

—Não piore a situação, Stark. – Nat disse, levando Stark para longe e se virando para Aria para sussurrar. – Você vai ficar bem.

Steve e Bucky estavam mais afastados, quando Nat trouxe Tony de volta. Bucky não tirava os olhos de Aria nem por um segundo, preocupado com ela. Ele sabia mais do que ninguém o quão desconfortável era ter que ficar deitado em uma máquina daquelas. Afinal, ele mesmo tinha esse trauma.

—Vá até ela. Segure a mão dela, faça-a se sentir segura. – Disse Nat, encorajando Bucky. – Acho que nessa situação, só você vai conseguir acalmá-la.

Bucky não disse nada, apenas seguiu o conselho de Natasha. Aria estava muito tensa e precisava se acalmar. Ele foi até ela e segurou sua mão boa. Ela levantou o olhar, o encarando com os olhos levemente marejados. Ela tentava parar, mas as lágrimas insistiam em vir.

—Não deixe eles me machucarem de novo... – Aria pediu, em um sussurro quase inaudível.

—Não vão... – Bucky respondeu, segurando a mão dela mais forte.

Banner pediu para que Bucky a soltasse, assim poderia realizar o procedimento. Relutantemente, ele soltou a mão dela e deu dois passos para trás. Aria se virou para cima e fechou os olhos, deixando uma única lágrima cair antes do equipamento passar por seu corpo. A cada segundo ela suplicava para que sua memória não fosse apagada novamente.

Assim que acabou, Aria se levantou rapidamente, correndo para os braços de Bucky. Ele a envolveu em seus braços, fechando os olhos e sentindo-a se afundar em seu peito. Nenhum dos dois se importava se estavam sozinhos ou não. Ela precisava dele, e ele não iria negar apoio.

Enquanto isso, Bruce revelava a tomografia de Aria. Assim que ficou pronta, ele se espantou. Ficou tão alterado que quase perdeu o controle sobre "o outro cara". Bruce tentando se controlar chamou a atenção de todos, que se aproximaram dele.

—É melhor tomar um calmante, porque esse equipamento todo foi muito caro pra ser destruído, caso você se descontrole. – Ironizou Tony.

—O que é tão grave para o Banner estar desse jeito? – Perguntou Steve. Banner apontou para a parede luminosa onde estava a tomografia. Todos a encararam.

O corpo de Aria era como se fosse uma bomba relógio complicadíssima de se desarmar. Haviam chips implantados por todo lugar. Porém, os maiores ficavam na cabeça e no útero. Havia um espaço grande em um dos braços, onde ficava o chip rastreador, destruído anos atrás. O chip no útero era o esterilizador. O da cabeça era desconhecido.

—Quero todos eles fora do meu corpo. – Disse Aria, em um tom áspero, de vingança.

—Não sabemos o que são. E se forem esses chips que estão mantendo você viva? – Indagou Natasha.

—Não estão. Quando meu chip rastreador foi destruído, não tive nenhum dano colateral. – Respondeu Aria. – Esses outros são apenas experiências sádicas da HIDRA. E eu quero todos eles fora.

*~*

Sam estava às mil maravilhas em seu encontro com Sharon, no Central Park. Eles haviam tomado um café, e agora caminhavam entre as árvores iluminadas pelos postes e pelas estrelas da noite. Sharon estava animada, contando sobre as informações que havia obtido com os arquivos recuperados do Triskelion.

—Consegui descobrir onde fica a última base da HIDRA, graças aos arquivos que vocês me enviaram. Fica em Washington DC, no subsolo de um banco, no centro da cidade. – Disse Sharon. – Estava debaixo do nosso nariz o tempo todo.

—Ah, fala sério! Quando estamos em Washington, temos que vir para New York. E quando estamos em New York, temos que ir para Washington? Estou cansado de passar horas dentro do carro, segurando vela para aqueles quatro! – Exclamou Sam.

—Quem disse que você precisa segurar vela para eles? Pode vir comigo, se quiser. – Sharon sugeriu, com um tom doce. – Garanto que vai ser muito mais agradável.

Sam deu outro de seus sorrisos abobalhados, algo que Sharon achou fofo.

—Quando terminarmos aqui, vamos dar uma olhadinha na tal base. – Respondeu Sam. – Mas e o que mais tinha nos arquivos?

—Eu achei uma coisa muito... como posso dizer... muito secreta e pessoal naqueles arquivos. – Sharon respondeu, diminuindo a voz. – Não sei se vai ser muito relevante, mas se alguém mais souber disso pode acabar em tragédia...

—Minha boca é um túmulo, você pode contar para mim. – Sam a encorajou.

Sharon respirou fundo e olhou para os lados, se certificando de que não havia ninguém por perto. Ela, então, contou o grande segredo que havia descoberto nos arquivos criptografados.

—Não havia apenas coisas sobre a Sentinela Vermelha naqueles arquivos. Alguns datam antes da criação dela... são arquivos sobre o Soldado Invernal. – Disse Sharon, quase em um sussurro. – Algo sobre um lugar chamado Red Room, onde ele passou um tempo treinando garotas para se tornarem assassinas. E não é só isso... havia um projeto chamado Projeto Viúva Negra. E Natasha Romanoff era uma candidata.

—Natasha foi treinada pela KGB, nós já sabemos disso. – Respondeu Sam. – Mas o que tem a ver com a HIDRA querer usar a Aria para dominar o mundo?

—Era uma época em que a KGB estava envolvida com a HIDRA. Ela se tornou a Viúva Negra com o treinamento do Soldado Invernal. E ele não apenas a treinou... eles se envolveram em um relacionamento. – Respondeu Sharon. – Ela tinha 15 anos na época.

Sam se engasgou com o que acabou de ouvir. Natasha e Bucky já estiveram juntos? Como nenhum dos dois nunca mencionou isso? E o que seria de Steve e Aria se eles soubessem disso? Sharon estava certa, aquilo realmente iria causar tragédia se alguém mais soubesse.

—Caramba... não quero nem imaginar o que Steve e Aria fariam se soubessem disso. – Disse Sam, ainda perplexo.

—Por isso eu disse para não contar para ninguém. – Respondeu Sharon. – Eles foram descobertos, é claro. O temperamento bruto do Soldado os denunciou. A memória de ambos foi apagada e a cerimônia de "graduação" de Natasha foi antecipada. Depois disso, era como se nunca tivessem se conhecido. Foram separados completamente.

—E anos depois, eles capturaram a Aria. – Sam adivinhou.

—Sim. A Aria foi um projeto mais complexo. Quando ela foi transformada na Sentinela Vermelha, recebeu um treinamento privado na Red Room, pelo próprio Soldado Invernal. Porém, sua ligação com o Soldado era muito mais forte do que a ligação que ele tinha com a Viúva Negra. Infinitamente mais forte. Eles não conseguiram resistir um ao outro. – Sharon continuou. – A HIDRA viu aquela relação como uma ameaça. Mas ao invés de separar os dois, como fizeram com a Viúva, eles resolveram optar pelas torturas contínuas. Ambos, o Soldado e a Sentinela eram constantemente torturados para que sua relação amorosa fosse completamente destruída.

—É, acho que choques elétricos não foram o suficiente para apagar o fogo que aqueles dois tem um pelo outro... – Ironizou Sam.

—Sam, é sério... isso precisa ficar apenas entre nós. Se eles souberem disso... não consigo imaginar o tamanho da tragédia que aconteceria. – Disse Sharon.

—Sharon, por que me contou tudo isso? Logo para mim. – Perguntou Sam.

—Porque... – Sharon se aproximou de Sam. – Eu confio em você, Sam. E sinto muito que eu tenha sido tão cega ao ponto de só conseguir enxergá-lo como a sombra de Steve, quando na verdade, você é muito mais do que isso. Você é legal demais para mim, não sei se mereço você.

Sam não respondeu com palavras. Ele puxou Sharon pela cintura e juntou seus lábios com os dela. Ela correspondeu, o abraçando e o trazendo para mais perto. Sam interrompeu o beijo, antes que pudesse aprofundá-lo, olhando fundo nos olhos de Sharon.

—Todos merecem uma chance. Está na hora de termos a nossa. – Disse Sam, tomando os lábios de Sharon novamente.

*~*

Aria tomou coragem e encarou a agulha, para que Banner pudesse tirar uma amostra de seu sangue. O pior já havia passado. Ela tinha cedido um pouco de seu sangue, um fio do cabelo e uma unha da mão para análise de DNA. Stark disse que estava cansado e que iria dormir. Steve, Nat, e principalmente Bucky, estavam lá para dar apoio a ela a cada momento.

—Acho que tenho material suficiente para criar o primeiro antídoto. – Disse Bruce, com entusiasmo. – Pode ir descansar agora, senhorita Vane.

—Pode me chamar de Aria. – Aria disse, amigavelmente. – Me sinto uma patricinha do Upper East Side quando me chamam de "senhorita".

Bucky acompanhou Aria até a porta, colocando seu braço humano ao redor dela e tomando cuidado com o braço machucado dela.

—Já tivemos o bastante por um dia, nós dois realmente precisamos dormir. – Disse Bucky.

Antes que os dois pudessem sair do laboratório, foram surpreendidos pela voz de J.A.R.V.I.S, que parecia fora do normal.

Estou sendo invadido... minhas defesas estão caindo... não consigo controlar! — A voz de J.A.R.V.I.S dizia, como se fosse um pedido de socorro.

Logo, o painel de vidro do laboratório foi invadido pelo logo da HIDRA, que rapidamente foi substituído pela mensagem: "Resistir é inútil. A Sentinela Vermelha estará em nossas mãos antes do que imaginam".

—Agora chega, eles me irritaram! – Exclamou Aria. – É a última vez que esses filhos da mãe mexem comigo!


Continua

𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐀𝐃𝐎 𝐄 𝐀 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐄𝐋𝐀 | bucky barnesOnde histórias criam vida. Descubra agora