𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐀𝐃𝐎 𝐄 𝐀 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐄𝐋𝐀 | bucky barnes

Her Best Friend

—Tony... estamos com um problema. – A voz de Steve disse, através do rádio.

Tony e Sam se entreolharam. Eles haviam acabado de resolver um problema e já precisavam lidar com outro? Aria havia parado de andar quando ouviu a voz de Steve. Então ele também estava ali. Será que Natasha e Bucky também estavam?

—Certo... Wilson, leve a Miss Alzheimer de volta para o quinjet que eu vou atrás do picolé. – Respondeu Tony.

—Pode parar aí. – Aria respondeu, se virando para os dois. – Steve é o único que não me magoou. Ao contrário disso, ele me ajudou mais do que qualquer um em toda a minha vida. Eu devo a minha vida a ele. E não vou abandoná-lo em uma hora de necessidade de jeito nenhum!

Decidida a salvar Steve, Aria continuou andando. Tony e Sam foram com ela, com Tony usando sua armadura para detectar a leitura de calor de Steve e os outros. Eles não estavam longe.

*~*

Steve, Nat e Bucky tentavam, inutilmente, combater os gêmeos. O que quer que a HIDRA tenha feito com eles, os deixou poderosos. Muito poderosos. O garoto era tão rápido que era quase impossível se esquivarem de seus socos. E ainda, a garota os manipulava para que caíssem nas armadilhas, mesmo com o garoto a alertando para não usar demais seus poderes.

Às vezes, Steve conseguia acertar o garoto com seu escudo, o que o deixava irritado e o fazia tentar socar o Capitão outra vez. Nat, por vezes, conseguia se esquivar. E Bucky, uma vez ou outra, acertava o garoto com seu braço de metal. Tudo o que ele pensava é que queria se livrar daqueles dois estorvos e salvar Aria. Salvar Aria.

—Está bem, já chega! – Exclamou Steve. – Não precisamos fazer isso!

—Você já tentou vir com esse papo antes, mas não funcionou. Por que acha que funcionaria agora? – O garoto perguntou, arrogante.

Ele se preparou para correr em super velocidade novamente, mas algo o impediu. Uma rajada sônica da armadura de Tony o jogou para trás, batendo de costas com o outro corredor. Também atingiu a garota, que caiu colocando as mãos na cabeça, com dor. Assim que o garoto recuperou os sentidos, foi pego de surpresa por algo. Ele sentiu alguém se jogando em cima dele e logo em seguida, sendo jogado no chão por um par de pernas.

—Não me viu chegando? – Aria perguntou, ironicamente o parafraseando. Agora, os gêmeos estavam incapacitados.

Aria olhou para frente e encarou os três. Ela tentou fixar seu olhar em Steve, mas foi impossível. Pois do jeito que Bucky a olhava, parecia que ele iria correr até ela e agarrá-la a qualquer momento. Ela se sentiu mal com isso. Ela queria, mas não podia. Não podia querer.

—Aria. – Steve a chamou, indo até ela. – Você está bem? A HIDRA não fez nada com você?

—Nada sério, pelo menos. – Respondeu Aria. – Devíamos sair daqui enquanto ainda podemos.

—Tem razão. – Ele concordou, se virando para os outros. – Vamos embora!

Eles correram para o mesmo lugar por onde entraram. Era um ponto bastante íngreme. Ao longe, podia-se ver o sol nascendo, mas estava longe de estar quente. O vento gelado batia no corpo de Aria, fazendo-a congelar. Não daria tempo de sair com calma, pois os agentes da HIDRA estavam se aproximando. Tony e Sam levaram Aria e Natasha voando para baixo, enquanto Steve e Bucky, fortes o bastante para aguentar o impacto, se jogaram.

Para o desespero deles, os agentes da HIDRA se jogaram junto. E não eram poucos, era pelo menos uma centena. Claro, nada que não conseguissem dar conta, mas iria dar trabalho e eles não tinham tempo. O único jeito de fazer aquilo ser mais rápido seria apelando para a arma secreta.

—Bruce! – Tony chamou pelo rádio. – Precisamos do outro cara!

Não muito tempo depois, o rugido do "outro cara" pôde ser ouvido na floresta. Agora as coisas iriam ficar divertidas. Quando ele saiu do meio das árvores, completamente enlouquecido, Aria se assustou tanto que arregalou os olhos. Bruce estava... verde e 500 vezes mais forte e alto.

—Aquilo é o Dr. Banner? – Ela perguntou, completamente espantada.

—Não. Aquele é o Hulk. – Tony respondeu, enquanto Hulk partia para cima dos agentes da HIDRA, acabando com dezenas em um só soco.

Não importava quantos agentes mais aparecessem atrás deles, Hulk acabava com todos. O que, pelo menos, dava um tempo para os outros recuperarem suas energias após lutarem com os gêmeos.

—Esses agentes são tão fracos que eu poderia ter trazido pipoca e uma cadeira para assistir o Hulk acabando com eles. – Disse Tony, sarcasticamente.

Não demorou muito para que o "estoque" de agentes da HIDRA acabasse e Bruce voltasse a ser ele mesmo. Claro, houve um probleminha com as roupas, mas nada que não pudesse ser resolvido no quinjet. Eles não perderam tempo em ir embora, antes que a HIDRA enviasse coisa pior para atacá-los.

*~*

Durante o caminho de volta, o clima estranho retomou conta do grupo. Tony arrumou um cobertor para Aria, pois ela estava quase tendo uma hipotermia de tanto frio. Ela se recusava a ficar perto de qualquer um. Ainda não estava com forças o suficiente para lidar com tudo aquilo. Sim, ela sabia que Bucky e Nat tiveram um relacionamento antes de ela entrar em cena. Mas ainda doía, e muito. E ela pode ver que também doía em Steve, pela sua expressão magoada. Já que os dois estavam no mesmo barco, ela resolveu abrir seu coração para ele. Ela foi até ele e sentou-se ao seu lado.

—Isso dói demais, não é? – Ela tentou iniciar uma conversa. – Sei que não era para doer, mais dói. Quer dizer, eu achei que eu fosse a única...

—Antes do soro do super soldado e do Capitão América, eu era apenas Steve Rogers, o homem mais franzino do mundo. – Ele disse, em resposta. – Nenhuma garota tinha olhos para mim. Nenhuma garota sequer aceitava somente dançar comigo. Todas elas só tinham olhos para o meu melhor amigo.

Steve falava de Bucky, Aria sabia disso. Seu tom era triste. Ela não conseguia imaginar o que era passar a vida sendo ofuscada por outra pessoa. E Steve viveu assim por vários anos. Ele não odiava Bucky, jamais, ele era seu melhor amigo. Ele só odiava o fato de perder todas as garotas para ele.

—Peggy Carter foi a primeira garota a me tratar bem e me olhar com outros olhos. Também foi a primeira garota que eu não perdi para ele. – Steve continuou, se lembrando dos velhos tempos. – Provavelmente teria me casado com ela se não tivesse vindo parar 70 anos no futuro. Enfim, já era tarde demais para nós dois. Foi quando eu conheci a Natasha. E, nossa, como ela era incrível. Mas eu só fui me apaixonar por ela quando ela me beijou pela primeira vez. Não foi nada romântico, estávamos fugindo de uns agentes em um shopping.

—Foi ela quem teve a ideia, não foi? – Aria perguntou, rindo sem vontade. – Isso parece coisa dela...

—É, foi sim. – Steve respondeu, com um ar nostálgico.

—Sabe, é estranho... eu nunca pensei que fosse me apaixonar pela primeira vez tendo a mente controlada. – Disse Aria. – Dá pra acreditar que durante os primeiros dezenove anos da minha vida eu nunca me apaixonei? Não que eu me lembre, pelo menos... Mesmo assim, foi o fato de eu ter me apaixonado que me ajudou a tomar controle da minha mente. Eu só... queria que ele fosse meu.

—Sei como é. – Steve concordou. – Eu sei que não sou o primeiro que ela já teve. Mas espero tratá-la melhor do que todos os outros.

—Você quer voltar com ela, não quer? – Aria perguntou.

—Com todo o meu coração. – Steve respondeu. – Mas agora não posso. Preciso de um tempo para colocar a minha cabeça no lugar.

—Entendo. Eu quero ele de volta mais do que tudo... mas também preciso colocar a minha cabeça no lugar. – Aria respondeu, voltando a olhar para Steve. – Ei, Steve.

—Diga. – Steve respondeu, olhando para ela.

—Eu teria aceitado dançar com você. – Aria respondeu, com um sorrisinho.

Steve sorriu para ela e passou seu braço ao redor dela, fazendo-a se recostar em seu ombro.

—É o melhor amigo que eu já tive... – Aria sussurrou antes de dormir.

*~*

Eles chegaram na Torre Vingadores no começo da tarde, com todos exaustos e precisando dormir. Alguns deles queriam voltar para suas casas, mas Tony insistiu que eles, ao menos, tirassem um cochilo. Steve acordou Aria e a ajudou a entrar na Torre. Ela mantinha um olhar triste sobre Bucky, que andava mais à frente.

—Steve... você acha que vocês dois... – Aria falava de Bucky. – Algum dia irão voltar a ser amigos?

—Eu estou... bastante magoado com ele agora. – Steve respondeu, com dificuldade em achar as palavras. – Mas quando a poeira abaixar, eu espero que sim. Esperei tanto tempo para encontrá-lo que não quero perder meu amigo outra vez.

Ela entendia. Ela também não queria perdê-lo depois de passar tanto tempo tentando encontrá-lo. Ela sabia que ele estava sofrendo tanto quanto ela. Vê-lo andando cabisbaixo daquele jeito na sua frente fazia com que ela quisesse ir até ele e abraçá-lo com todas as forças. Mas ela não podia. Ainda não, pelo menos. Mas não significava que ela não podia começar por algum lugar.

—Sam. – Ela o chamou. – Preciso falar com você.

Sam estranhou a atitude. Ele achava que Aria ainda estava furiosa com ele, e que possivelmente estaria pensando em esmagar sua cabeça. Mesmo suspeitando, ele foi até ela.

—Sam... – Ela começou. – Há quanto tempo você sabia sobre Natasha e Bucky?

—Há alguns dias. – Ele respondeu, após respirar fundo. – Quando fui me encontrar com Sharon, ela me mostrou alguns arquivos que resgatamos do Triskelion. E... bem, isso estava lá. Sharon me pediu para guardar segredo, pois se vocês ficassem sabendo... seria um desastre.

—É... pode apostar que foi. – Aria respondeu. – Deve ter sido difícil para você ter que guardar esse segredo. Para que nós não saíssemos machucados.

—Vocês são meus amigos. Eu tinha que protegê-los de alguma maneira. – Disse Sam. – Principalmente o Steve e... bem, você.

Aria o encarou com um olhar confuso.

—Mas você me conhece há pouco tempo... – Aria respondeu, com um olhar confuso.

—Isso não importa. Sabe, quando eu conheci o Steve demorou só 5 minutos para nós agirmos como amigos de longa data. – Disse Sam. – E mesmo que eu não tenha confiado muito em você no começo, logo vi que era besteira. Você é uma garota legal, Aria. É minha parceira de piadas sobre o Steve.

—Uau... obrigada, Sam. Por pensar em mim dessa maneira. – Aria respondeu, um pouco sem jeito. – Você está perdoado.

A verdade era que Aria nunca teve muitos amigos. Ela não se lembrava muito de sua vida antes da HIDRA, mas o pouco que se lembrava era de que era considerada esquisita e não tinha amigos. Ela nunca soube o porquê disso.

*~*

Os únicos que realmente caíram no sono foram Tony, Steve e Aria. Bruce tentava dormir, mas acordava constantemente, esperando alguma notícia de Thor. Natasha e Bucky rolavam nas camas, sem conseguir dormir, pensando em Steve e Aria. E Sam resolveu ligar para Sharon para contar tudo o que aconteceu e ter notícias dela, afinal parecia que não se falavam por décadas.

Horas depois, quase todos acordaram com um susto. Eles ouviram um barulho de trovão, mas quando olharam para fora, não estava chovendo. Bruce foi o primeiro a sair correndo para fora do quarto para ver se aquilo era o que ele achava que era. E realmente era.

—J.A.R.V.I.S., avise o Tony que o convidado chegou... – Pediu Bruce.

—Nem precisa avisar porque eu já estou aqui. – Tony disse, descendo as escadas. – Barbie, quanto tempo!

Thor estava parado do lado de fora, devidamente vestido como um deus asgardiano, empunhando seu martelo.

—Heimdall disse que vocês precisavam de mim. – Disse Thor, entrando na Torre. – Que tentaram mandar uma mensagem para Asgard.

—Sim, tentamos. – Bruce respondeu. – O mundo está correndo perigo, e tem a ver com algo que está em Asgard.

—É, mas é uma longa história, então é melhor se sentar. – Disse Tony.

Bruce e Tony começaram a contar a história toda, desde o começo, para Thor. Aos poucos, os outros começaram a aparecer. Para Steve e Natasha aquilo não era novidade, mas Sam e Bucky pareceram um pouco espantados quando viram o deus do trovão pela primeira vez. Apenas Aria não estava ali, o que era um problema, já que ela era o assunto principal da conversa.

—E onde está esta senhorita de quem tanto falam? – Thor perguntou.

—Ela está apagada no quinto sono, mas vou pedir para o J.A.R.V.I.S. acordá-la. – Tony respondeu.

—Não! – Steve o impediu. – Ela está muito cansada, deixe-a dormir mais um pouco.

Bruce e Tony continuaram a contar tudo, agora com ajuda de Steve, Natasha e Sam. Bucky permaneceu quieto, pensando mais em Aria do que em outra coisa. A expressão dele estava visivelmente triste. Ele queria ir até o quarto onde ela dormia e dizer que sentia muito. Mostrar que a queria de volta com todas as forças e amá-la até ela não aguentar mais. Ele foi acordado desses pensamentos quando ouviu Thor bravejar.

—Mas isso é impossível! Nem com todas as tropas eles conseguiriam invadir Asgard e roubar o Tesseract! – Exclamou Thor.

—Eles não vão fazer isso com tropas. – Disse Steve. – Eles estão em posse do Cetro Chitauri que Loki usou para atacar New York.

—Bom... agora sim as coisas ficaram complicadas. – Respondeu Thor, abaixando a voz. – Mas o que eles pretendem fazer com o Tesseract exatamente?

—Aí é que está. Nós ainda não sabemos. – Steve respondeu.

—Sim, sabemos. – A voz de Aria foi ouvida, com ela descendo as escadas. – Aquele maluco do Strucker me contou tudo. O que eles pretendem fazer é... ah... meu... Deus...

Aria ficou boquiaberta quando botou os olhos em Thor. Ele se levantou e se apresentou formalmente, cumprimentando-a com um beijo na mão, o que causou extremos ciúmes internos em Bucky. Se dependesse dele, o asgardiano estava frito.

—Nossa, eu perdi a linha de raciocínio aqui, deixe eu me concentrar... – Aria disse, com a voz trêmula.

—Acho que o desmemoriado vai ser trocado pelo asgardiano... – Tony comentou com Bruce.

—Não diga besteiras! – Bruce rebateu.

—Onde eu estava? Ah, sim! Strucker disse que a HIDRA pretende usar o Tesseract para trazer o Caveira Vermelha de volta. – Disse Aria, fazendo todos a olharem como se ela estivessem delirando.

—Aria, o Caveira Vermelha está morto há 70 anos... como é que a HIDRA pretende trazê-lo de volta? – Steve perguntou.

—Eles vão me usar. Vão recuperar o Tesseract com a ajuda do Cetro e me usar para trazê-lo de volta. – Aria respondeu. – Eles precisam de alguém que tenha o mesmo DNA dele para que funcione. E como eu fui criada a partir dos restos da filha dele...

—Isso explica o porquê de eles não te deixarem em paz. – Disse Sam. – Você é meio que a herdeira do Caveira Vermelha.

—É, e tem mais... quando eles o trouxerem de volta, eu... eu vou morrer no processo. – Aria disse, ficando cabisbaixa. – Uma vida em troca de outra.

Bucky sentiu seu sangue ferver outra vez. Nunca, nem em um milhão de anos ele deixaria que fizessem aquilo com Aria. Nem que ele tivesse que destruir a HIDRA aos poucos, um por um.

Aria contou o que Strucker disse a ela com mais detalhes. Sobre ela estar destinada a isso desde antes de nascer. Sua parceria com o Soldado Invernal era apenas uma fachada. Algo para esconder seu verdadeiro objetivo. Ela tentou evitar encarar Bucky enquanto dizia isso.

—Então é isso. Precisamos proteger Aria e o Tesseract o máximo possível. – Disse Steve. – E destruir a HIDRA antes que eles consigam realizar o plano.

—Irei falar com Heimdall, para que vigie o Tesseract com mais segurança. – Disse Thor. – Se nem Loki consegue tocá-lo, meros humanos também não irão conseguir.

—Eu vou fazer uns ajustes no sistema de segurança do J.A.R.V.I.S., colocar mais protocolos. – Disse Tony. – A partir de hoje, a desmemoriada vai ficar sob 24 horas de proteção aqui dentro. Até que consigamos combater esses desgraçados.

Aria suspirou, tristemente. Já não bastando a HIDRA tendo a mantido presa por anos, agora estava em prisão domiciliar.

—Presa outra vez... maravilha. – Aria sussurrou antes de voltar para seu quarto.

*~*

Horas depois, Aria recebeu uma visita. Tony entrou no quarto e se sentou ao lado dela. Ela estava visivelmente deprimida, encolhida em baixo do cobertor e com um olhar triste. Ela encarou Tony sem muito entusiasmo.

—Vão me prender no quarto também? – Aria perguntou, desanimada.

—O negócio é o seguinte, Amnésia. Todo mundo está tenso e precisando relaxar um pouco, se divertir. Você principalmente. – Disse Tony. – Então, por que não deixamos essa loucura toda da HIDRA de lado por uma noite e fazemos uma festa?

Aria encarou Tony com um olhar misto de confusão e irritação. Como ele poderia pensar em uma festa em um momento desses?

—Uma festa? Com a HIDRA atrás da minha cabeça até debaixo dessa cama? Acho que não é uma boa ideia, Stark... – Aria respondeu.

—É disso que eu estou falando. Todos precisam tirar esse peso dos ombros um pouco, ou todos vão enlouquecer. – Retrucou Tony. – Eu estava pensando, já que você anda tão de amizade com o picolé, podíamos fazer uma festa com o tema Anos 40.

—Você só pode estar maluco... – Aria respondeu, não acreditando no que ela estava ouvindo. Ele realmente queria fazer uma festa?

—Não, imagine só, todos vestidos à caráter e aquelas músicas antigas tocando, vai ser legal. – Insistiu Tony. – Além disso, vai ser uma ótima oportunidade para ver a Barbie com outra roupa ridícula que não seja a cortina que ele usa nas costas.

Aria riu, sem ânimo. Tony não iria desistir dessa ideia nem pensar.

—Já falou com os outros sobre isso? – Aria perguntou, com um tom desconfiado.

—Ah, eles vão aceitar numa boa. – Tony respondeu. – Mas e você, topa?

Aria respirou fundo. Por um ponto de vista ele estava certo. Todos estavam precisando distrair a cabeça um pouco.

—E quando vai ser isso? – Aria perguntou, sarcasticamente. Tony soltou uma risada, indicando que ele tinha vencido.

—Amanhã à noite. Assim vai dar tempo de arrumar fantasias para todo mundo e escolher o repertório que vai fazer o picolé se soltar na pista de dança. – Respondeu Tony, arrancando uma risada de Aria.

—Só pode estar doido mesmo... – Ela disse, ainda com um sorriso no rosto.

—Sim, doido. Mas um doido que te fez rir depois de 24 horas de depressão. – Tony respondeu, saindo do quarto.

Uma festa. Talvez não seja de todo o mal. Ela poderia ao menos passar algumas horas sem pensar na HIDRA querendo matá-la. E até poderia pagar aquela dança a Steve. E, quem sabe, até tomar coragem para falar com Bucky.


Continua