Memórias apagadas e corações partidos

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Aquele momento causou um pequeno ataque cardíaco em todo mundo. Eles ainda encaravam Bucky, sem saber como responder. Mas também, como iriam responder? Bucky havia acabado de sair de uma operação, ainda estava se recuperando, e até agora ninguém entendeu como foi que ele conseguiu sair do laboratório sozinho. E descobrir que a HIDRA está com Aria, assim de cara... seria o ingrediente final para ele explodir de vez.

—Eu vou perguntar de novo. – Disse Bucky, num tom raivoso. – Onde a Aria está?

—Bucky se acalme. – Steve deu um passo à frente. – Você acabou de sair de uma operação, não é saudável que fique...

—Onde ela está?! – Bucky gritou, com todas as forças que tinha, antes de cair no chão, devido ao cansaço pela cirurgia.

—Droga. Tony, acalme o Banner. Eu cuido do Bucky. – Disse Steve indo até as escadas. Natasha fez menção de ir junto, mas Sam a impediu, dizendo que Steve precisava fazer isso sozinho.

Bucky estava de joelhos no chão, com a cabeça baixa. Ele parecia estar espumando de raiva, mas também parecia estar chorando. Steve se aproximou e se abaixou, tocando o ombro do amigo, como forma de apoio.

—Nós vamos resgatá-la, não se preocupe. – Steve disse, tentando tranquilizar Bucky. – De jeito nenhum iremos deixá-la nas mãos da HIDRA. Mas você precisa descansar.

—Eu não vou descansar. Não vou dormir, não vou parar. Até que ela esteja segura outra vez. Até que eu vá resgatá-la! – Bucky respondeu, levantando a cabeça, parecendo determinado. – E não adianta o que qualquer um possa dizer, eu não vou mudar de ideia!

Steve suspirou, derrotado. Ele entendia o que Bucky estava sentindo. Se fosse Natasha quem tivesse sido sequestrada, ele também iria até os confins do universo para salvá-la. Porém, não era assim tão simples. Eles precisavam saber com o que estariam lidando. A HIDRA estava mais determinada do que nunca, o que poderia ser um perigo.

—Ok, você venceu. Iremos resgatá-la, todos juntos. E acabar com a HIDRA de uma vez por todas. – Steve respondeu. – Vai ser nossa última missão.

Antes que Bucky pudesse responder, Thor entrou na sala apressadamente. Ele passou os últimos minutos na sacada, parecendo estar conversando com alguém. E do jeito que ele voltou, parecia ter sido coisa séria.

—O Tesseract foi roubado de Asgard! – Thor disse, em um tom alarmante. – Preciso levá-lo de volta antes que aconteça algo de ruim com este mundo!

—Fala sério! Como foi que isso aconteceu? – Tony perguntou, quase como se a culpa tivesse sido de Thor.

—Estava falando com Heimdall, e ele disse que uns tais aprimorados invadiram Asgard com a ajuda do Cetro Chitauri e conseguiram roubar o Tesseract... graças ao Loki. – Thor respondeu, com raiva.

—Já vi que eu vou ter que dar outra surra nele quando eu der de cara com ele! – Bruce respondeu, voltando a ficar no meio termo.

—A hora é agora. – Natasha disse. – Precisamos resgatar a Aria, levar o Tesseract de volta e acabar de vez com a HIDRA, tudo isso antes que eles consigam trazer o Caveira Vermelha de volta. É pouca coisa, nada de mais.

—Vocês estão esquecendo de uma coisa. – Sam interrompeu Nat. – Nem sabemos onde a Aria está!

—Na verdade, sabemos. – Bruce respondeu, já calmo e tirando seu tablet do bolso. – O antídoto que eu projetei vem com uma leitura de calor especial, única. É só ativar as coordenadas no tablet que veremos a leitura da Aria na tela.

Bruce ativou as coordenadas no tablet e um ponto começou a piscar na tela. Porém, estava instável, o que Bruce achou estranho. De acordo com o que ele tinha projetado, era para a leitura estar calma. Mas pareciam ser duas leituras distintas, brigando, como um conflito de personalidade. Havia algo estranho acontecendo com Aria.

—É ela? – Bucky perguntou, descendo as escadas apressadamente e tomando o tablet das mãos de Bruce.

—É ela sim, mas tem algo errado. – Bruce respondeu, em um tom preocupado. – Ela realmente está em perigo.

—Todos, peguem seus equipamentos. – Steve disse, autoritário. – Nós vamos atrás dela agora mesmo.

*~*

Sob efeito do segundo soro, Aria foi ordenada a ajudar os agentes a prepararem uma espécie de máquina. Aquela máquina misteriosa teria que ser acoplada num lugar grande o suficiente, e ao ar livre. E Strucker sabia o lugar ideal. A Estátua da Liberdade, ali em New York mesmo. Seria perfeito, tanto para o tamanho quanto metaforicamente. O líder da HIDRA renascido em solo inimigo. Strucker pensou que não poderia ser mais poético.

Porém, depois de algumas horas, Aria começou a se sentir mal. O segundo soro era aplicado constantemente nela, a cada meia hora, e havia algo errado com ele. O corpo dela não foi projetado para aguentar esse segundo soro. Então, a cada aplicação, ela se sentia mais fraca, mais doente, e chegava até a ter hemorragias pelo nariz. Os agentes ficavam preocupados se teriam que continuar aplicando o soro, pois era óbvio que estava fazendo mal a ela. Rumlow simplesmente respondia que era para eles calarem a boca e continuarem aplicando. Porém, chegou em um ponto em que até Strucker se preocupou.

Sentinela? — Ele a chamou, em russo. – Está se sentindo bem?

𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐀𝐃𝐎 𝐄 𝐀 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐄𝐋𝐀 | bucky barnesOnde histórias criam vida. Descubra agora