Sinto Que Temos Uma Ligação

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Steve ainda não havia acreditado no que acabara de acontecer. Em um minuto ele estava trocando de roupa e no outro, Natasha entra no quarto e o agarra daquele jeito. Nunca, nem em um milhão de anos ele achou que isso seria possível. Ele nutria sentimentos pela Viúva há muito tempo, mas nunca imaginou que ela algum dia iria corresponder. E se correspondesse, não iria ser desse jeito, com direito a amasso imediato. Mesmo assim ele estava feliz com isso. Tão feliz que ele tinha que verificar toda hora para ver se não estava sonhando.

—Nat? Você está acordada? – Perguntou Steve, sussurrando.

Natasha se mexeu, com um gemido de protesto. Ela estava deitada no peito do Capitão, com um braço ao redor dele. Ele também mantinha um braço ao redor dela. Eles ainda estavam sem roupa, cobertos por apenas um lençol. O quarto estava escuro, apenas um pequeno feche de luz da lua entrava pela janela, suficiente para ambos conseguirem ver a silhueta um do outro.

—Agora eu estou... – Respondeu Natasha, com um tom de cansaço. – Não consegue dormir?

—Eu dormi um pouco, mas acordei já faz tempo e não consigo dormir de novo. – Respondeu Steve, acariciando Nat com o braço que estava ao redor dela. – Não depois de tudo o que aconteceu. Parece que foi um sonho, bom demais para ser verdade.

—Steve, você mais do que ninguém sabe que eu não costumo demonstrar sentimentos. Então, você meio que pode considerar o que aconteceu ontem a noite como uma prova do quanto eu estou louca por você. – Disse Nat. – Eu não aguentava mais me segurar.

Steve a abraçou um pouco mais forte e beijou a parte superior da cabeça dela. Ouvir aquelas palavras fez seu coração aquecer de um jeito que ele nunca tinha sentido.

—Eu não quero acordar e perceber que foi tudo um sonho. Eu venho sentindo isso por você há tanto tempo. – Steve disse, com a voz distante. – Não disse nada porque eu tinha certeza que você não iria querer nada com alguém de quase 100 anos.

—Ok, você pode ter passado um pouquinho do ponto. – Brincou Natasha. – Mas ainda sim, é o homem mais honesto e altruísta que eu já conheci. Não existem muitas pessoas assim. Isso me conquistou.

—Então, nós estamos... você sabe... juntos? – Perguntou Steve, um pouco tímido pelo que Natasha acabara de dizer.

—Acredito que sim, gênio. – Respondeu Nat, ironicamente. – A não ser que você queira que eu te arrume outra garota.

—Não, por favor, chega de tentar me arrumar encontros! – Disse Steve, fingindo um tom desesperado. – Até porque... eu não preciso mais me preocupar com isso. Já tenho a minha garota ideal bem aqui.

Natasha deu uma risadinha e levantou a cabeça, para alcançar os lábios de Steve e beijá-los daquele jeito que só ela sabia. Não demorou muito tempo para eles quererem outro round e ficarem acordados mais um tempinho.

*~*

Aria ainda estava tentando acalmar Bucky após ele ter acordado daquele jeito. Ele ainda a segurava nos braços, sem conseguir soltá-la. Ela repetia diversas vezes que ele estava bem e estava seguro. Devia ter sido um pesadelo forte para ele estar daquele jeito.

—Não se preocupe, você está seguro, ok? – Aria tentou acalmá-lo outra vez. – Vem aqui, vamos tentar dormir.

Bucky, relutante, a soltou. Os dois se deitaram novamente, mas nenhum dos dois conseguiu fechar os olhos. Bucky olhava para o teto com uma expressão de raiva e mágoa. Aria, não conseguindo tirar os olhos dele, percebeu o quanto ele estava tenso. Ele parecia muito nervoso, e ela entendia bem o que era isso. Ela também tinha problemas para dormir desde que fugiu. Todos aqueles pesadelos, a falta de memórias e o medo de ser capturada de novo eram insuportáveis.

—Não precisa ter medo, você pode dormir. – Sussurrou Aria. – Não está mais sozinho. Eu estou aqui.

—Toda vez que eu durmo esses pesadelos voltam. – Respondeu Bucky. – Não sei por que eu continuo achando que vai ser diferente.

—Eu também tenho pesadelos. Alguns são mais leves, outros mais pesados. Mas eu sempre acordo gritando. – Disse Aria, com pesar na voz. – Fico achando que eles podem ser partes das minhas lembranças perdidas.

Ao ouvir isso, Bucky ficou um pouco nervoso. Se os sonhos fossem partes perdidas das memórias deles, então isso significa que todos os sonhos que ele tinha eram na verdade, flashes. Inclusive os sonhos com Aria. Até os mais quentes. O coração dele acelerou ao se lembrar do sonho que acabara de ter, onde ele a amou com todas as forças. Então, de alguma forma, aquilo havia acontecido mesmo.

—Você acha isso mesmo? – Perguntou Bucky.

—Acho que sim. Se não, como é que você se lembraria de mim? – Respondeu Aria, com um sorrisinho.

Bucky forçou um sorriso de canto. Quando estavam no terraço, ele havia contado como se lembrou dela após ter um sonho com ela. Porém, omitiu os detalhes mais quentes, é claro. E agora, com ela assim desse jeito, querendo cuidar dele, ele estava fazendo o possível para não perder o controle e agarrá-la ali mesmo.

—Os melhores são os que estão apenas eu e você. – Bucky deixou escapar. – Você me faz sentir algo que eu não sei explicar.

Aria se surpreendeu. Em outra ocasião ela teria ficado com vergonha, mas agora tudo parecia estar se encaixando. Ela também sentia isso por ele. Era algo que ela não conseguia explicar. Uma ligação forte. Mas de onde surgiu essa ligação?

—Seria estranho se eu dissesse que eu sinto a mesma coisa? – Perguntou Aria, olhando fundo nos olhos dele. – Não sei como isso surgiu, mas... de alguma forma, eu me sinto segura com você.

Bucky finalmente deixou de olhar para o teto e a encarou. Os grandes olhos azuis dela o encaravam de volta, e ele percebeu que um sorriso estava se formando no rosto dela. Ela parecia tão delicada daquele jeito, completamente diferente de como estava no sonho, toda sexy e atrevida. Ainda sim, não deixava de ser linda.

—Vamos dormir, ok? Amanhã vai ser um longo dia e nós dois precisamos estar apresentáveis. – Disse Aria, se ajeitando nas cobertas. – Não se preocupe com os pesadelos. Qualquer coisa, eu estou aqui.

Aria se enfiou debaixo das cobertas, encolhendo-se. Bucky achou que poderia ter feito algo de errado e se amaldiçoou. Mas logo o sentimento de culpa foi substituído por outra coisa quando ele viu Aria estremecer pelo vento gelado entrando por uma fresta da janela.

—Aria? Você está com frio? – Bucky perguntou.

—Um pouquinho. – Respondeu Aria. – Isso é tão estranho, eu não costumo sentir frio.

Foi quando Bucky teve uma ideia. Por mais ousada que fosse, iria ajudá-lo a sumir com os pesadelos e iria esquentar Aria.

—Você... bem, você não quer chegar mais para o meio da cama? – Perguntou Bucky. – Está quase caindo.

Aria o encarou com uma expressão confusa. Porém, logo ela concordou e foi mais para o meio da cama, para perto dele. Realmente, estava mais quente ali. Mas ela não contou com o que aconteceu a seguir. Estava quase adormecendo quando sentiu algo gelado subindo e descendo seu braço. Era a mão do braço metálico de Bucky. Aquele toque lhe causou arrepios por quase todo o corpo. Ela não percebeu, mas estava suspirando baixinho. Bucky aproveitou para chegar mais perto e apoiar a cabeça dela em seu peito, acariciando seus longos cabelos ruivos com a mão que estava em seu braço.

Acabou que ele mais a vigiou do que dormiu. O que era irônico, pois as funções estavam trocadas. Ela quem deveria vigiá-lo, ela quem deveria protegê-lo. Afinal, ela era a Sentinela dele. Mas não mais. Agora, eram apenas Bucky Barnes e Aria Vane. Dois inocentes que foram apenas vítimas de uma maldade que deixou sequelas quase incuráveis. Mas agora que tinham um ao outro, talvez conseguissem curá-las.

*~*

Na manhã seguinte, todos acordaram com batidas insistentes nas portas dos quartos. Um furioso Sam estava no corredor esperando alguém abrir a porta.

—Acordem agora, miseráveis! – Gritou Sam, batendo nas portas dos dois quartos. – Vocês me deixaram dormindo no sofá a noite toda e eu estou com um baita torcicolo! Isso vai ter volta!

—Sam, não enche o saco! Foi você que caiu morto no sofá e ninguém conseguiu te tirar de lá! – Gritou Natasha, de um jeito que dava pra ouvir no apartamento todo.

Sam, ouvindo a voz de Nat, deduziu que ela havia dividido o quarto com Aria. Então, foi até a outra porta e começou a bater, chamando por Steve.

—Steve, acorda aí cara! – Disse Sam, batendo na porta do quarto. – Minha mala está aí dentro, eu vou tomar banho e preciso das minhas roupas!

Aria arregalou os olhos pensando em como Sam iria surtar quando descobrisse que quem estava ali não era Steve. Pior ainda, quando descobrisse que eles tinham dividido os quartos em casais. Pior ainda, que Bucky estava ali. Ela se virou para Bucky e o viu com uma expressão zangada, como se estivesse prestes a matar Sam a qualquer momento.

—Fique aqui, eu vou resolver isso. – Disse Aria, se levantando e saindo do quarto.

Sam teve uma surpresa quando viu Aria sair do quarto ao invés de Steve. Ela fechou a porta e cruzou os braços, fazendo uma expressão irritada.

—O que é essa bagunça logo de manhã, Sam? – Perguntou Aria, irritada.

—Aria? Se você dormiu aqui, e a Natasha no outro quarto... onde o Steve dormiu? – Perguntou Sam, com um tom surpreso.

Aria apontou para o quarto onde Nat e Steve dormiram. Sam alternou olhares confusos entre Aria e a porta. Isso até cair a ficha.

—Eu não acredito! Ah não! Não pode ser! – Disse Sam, num tom desesperado.

—Acredite se quiser. – Respondeu Aria, fazendo uma careta. – Os anos 40 ainda tem seu charme.

—Fala sério que ele conseguiu conquistar a Nat com aquelas cantadas horrorosas da época do meu bisavô! – Exclamou Sam, parecendo indignado.

—Pois é... quem diria que justo a Natasha iria cair na cantada da flor do jardim. – Respondeu Aria, entrando na brincadeira. – Mas o que será que rolou depois disso? Foi algo do tipo "seu néctar do amor é mais doce do que o mel mais refinado que meus lábios já provaram"?

Sam e Aria se encararam e não conseguiram conter as gargalhadas. Imaginar Steve tentando conquistar Natasha era a diversão suprema dos dois, mesmo com Aria repetindo diversas vezes que aquilo era maldade. Sam até se esqueceu de que estava irritado. Porém, a alegria dos dois não durou muito tempo, pois Natasha abriu a porta do quarto e avançou nos dois, completamente furiosa.

—Vocês dois querem morrer, é isso? – Perguntou Natasha, com raiva. – Experimentem dar mais um "piu" pra ver se eu não mando os dois irem dar uma voltinha na lua agora mesmo!

Aria e Sam arregalaram os olhos e olharam para baixo. Assim que a Viúva foi para a cozinha, Steve saiu do quarto, colocando uma camisa. Logo Aria e Sam levantaram as cabeças e encararam Steve, ambos com um sorrisinho no rosto.

—O que deu em vocês dois? – Perguntou Steve, confuso.

—Já vi que a noite foi boa, não é mesmo? – Perguntou Aria, se apoiando em um dos ombros de Steve.

—Meu garoto está crescendo. – Brincou Sam, se apoiando no outro ombro de Steve. – Ainda me lembro de quando ele tinha vergonha de chamar a moça da contabilidade para sair.

—Ah não... não é isso o que vocês estão pensando! – Disse Steve, tentando amenizar a situação.

—Não tem problema, Steve. Não precisa ter vergonha. Você e a Nat se gostam, isso é perfeitamente normal. – Disse Aria, apoiando o amigo. – Eu e Sam brincamos, mas nós aprovamos vocês dois.

—É isso aí, faço minhas as palavras da Aria. – Disse Sam, dando um tapinha no ombro de Steve.

—Obrigado, gente. – Disse Steve, abraçando os dois.

Por mais que Aria estivesse feliz com aquele momento, ela ainda precisava contar sobre Bucky. O problema era como iria fazer isso sem fazer todo mundo surtar.

—É melhor se apressarem, não podemos ficar aqui muito mais tempo. – Disse Natasha, voltando da cozinha com uma maçã parcialmente mordida na mão. – Tomem banho, se troquem e comam porque ainda temos que dar uma passada no Brooklyn.

—Na verdade não temos mais... – Disse Aria, respirando fundo antes de continuar. – Gente, eu preciso contar uma coisa.

—Ah não, o que foi dessa vez? – Perguntou Nat, parecendo preocupada.

—É só que eu... meio que já encontrei o Bucky. – Respondeu Aria, nervosa. – E ele está... bem, ele está dentro desse quarto.

Steve, Natasha e Sam encararam Aria com um olhar completamente surpreso. Os três franziam as sobrancelhas e mantinham os olhos arregalados, sem saber o que dizer. Steve, na verdade, mantinha um olhar mais preocupado do que surpreso.

—Você está dizendo que encontrou o Barnes e que ele está dentro do quarto agora? – Perguntou Natasha, com uma mistura de surpresa com irritação.

—É isso. – Respondeu Aria. – Só me deixem trazê-lo para fora, ok? E, por favor, não façam essas caras na frente dele. Vocês já estão me deixando nervosa, imaginem ele.

—Eu preciso vê-lo. – Disse Steve, quase implorando.

—Ok, Steve. Acho que só você não tem problema. – Disse Aria. – Mas vá com calma. Tudo bem?

Steve assentiu e os dois adentraram o quarto. As cortinas estavam fechadas, então o quarto estava um pouco escuro. Bucky estava sentado na cama e encarou Steve como se estivesse sendo ameaçado.

—Bucky? Você se lembra de mim? – Perguntou Steve.

—Você é o Steve. – Respondeu Bucky. – Eu lembro de poucas coisas. E também li sobre você no museu.

Aria achou que eles deveriam ter um momento de privacidade, então se afastou um pouco. Ela queria deixar os dois à sós, mas não tinha certeza do que iria acontecer se deixasse Bucky sozinho com Steve. Ela não queria perdê-lo de novo.

—Como foi que nos achou? – Perguntou Steve.

—Aria é a resposta. – Respondeu Bucky. – Eu me lembrei dela e quis encontrá-la. Então eu a procurei e acabei aqui.

Bucky encarou Aria por alguns segundos antes de voltar a olhar para Steve.

—Então você se lembra dela? – Perguntou Steve. – Isso é bom, mostra que suas lembranças estão voltando.

—Nem todas. – Respondeu Bucky, com pesar na voz. – Minhas lembranças antes de ser capturado pela HIDRA ainda são poucas.

Steve ergueu uma mão para dar um tapinha amigável no ombro de Bucky, mas relutou em fazer isso. Bucky podia ainda não ter memórias suficientes para se lembrar de que os dois são amigos. Mas ele estava ali para ajudá-lo a lembrar. Afinal, não se abandona os amigos.

—Não se preocupe. – Disse Steve, dando o tapinha no ombro de Bucky. – Você vai se lembrar. Nós vamos ajudar.

Bucky forçou um sorriso e olhou para baixo, como se estivesse envergonhado. Talvez estivesse nervoso pelo fato de estar vendo Steve outra vez. Quem sabe esse nervosismo todo era porque ela estava ali. Definitivamente, ela teria que deixar os dois sozinhos.

—Eu vou deixar vocês sozinhos. – Disse Aria, saindo do quarto.

Aria saiu do quarto, mas ainda não queria falar com Sam ou Nat. Então, ela simplesmente pegou outra muda de roupas e foi até o banheiro. Ela ligou o chuveiro e deixou a água escorrer pelo seu corpo. Tudo isso que estava acontecendo era informação demais para a cabeça dela processar de uma vez. Ela estava preocupada com Bucky, preocupada com Steve e preocupada consigo mesma, pois sofrera um ataque de um subordinado da HIDRA menos de 24 horas atrás. Ela deu graças por estar com Steve, Nat e Sam. Se estivesse sozinha, a HIDRA teria conseguido sua arma de volta.

Aria saiu do banho e vestiu as roupas. Eram outra calça preta, uma blusa vermelha sem mangas, meio decotada, o coturno que usava antes e uma jaqueta de couro preta com alguns spikes. Ela abriu o armário da pia e achou vários utensílios de beleza. Passou dez minutos alisando suas raízes com uma chapinha e fazendo cachos nas pontas com um babyliss. Depois, usou algumas das maquiagens de Natasha para esconder olheiras e machucados do rosto. Ela finalizou com uma sombra marrom e um pouco de delineador.

Aria saiu do banheiro e foi para a sala, onde Natasha e Sam já estavam com as malas e os equipamentos prontos para partirem. Pelo que parecia, Steve e Bucky ainda não tinham saído do quarto.

—Uau... – Disse Sam, assim que botou os olhos em Aria.

—Nossa garota, acho que eu vou ter que te dar o meu guarda roupa inteiro, porque está difícil achar uma roupa minha que não fique bem em você. – Disse Natasha. – Quanto a você, Sam, é melhor não olhar muito. Pode irritar alguns soldados por aí.

—Nat! – Aria a repreendeu. – Falando nisso, há quanto tempo os dois estão lá?

Nesse momento, eles ouviram o som da porta do quarto abrindo. Steve e Bucky se juntaram aos três na sala. Bucky não conseguia tirar os olhos de Aria. Não demorou muito para ir até ela. Steve foi até Natasha.

—Então, como foi? – Perguntou Aria.

—Conversamos sobre muita coisa. – Respondeu Bucky. – Eu consegui me lembrar de uma parte da minha vida antes da HIDRA. Não teria lembrado se não fosse o Steve.

—Nós precisamos ir embora. – Anunciou Natasha. – Precisamos voltar para Washington e contatar alguém confiável. Não dá pra ignorar o que aconteceu com a Aria ontem.

—É mesmo. Se a HIDRA está atrás dela, precisamos descobrir o porquê. – Disse Steve.

—A HIDRA está atrás de você? – Perguntou Bucky.

—Pelo o que parece sim. – Respondeu Aria, com pesar na voz. – Fui atacada ontem e usaram o soro em mim. Eu quase os matei.

—Não vai acontecer de novo, Aria. – Disse Steve, em um tom protetor. – Agora sabemos que eles estão atrás de você. Vamos ficar de olhos abertos.

—Exatamente. – Concordou Nat. – Por isso ela deve ficar escondida. Pelo menos até eu contatar alguém confiável. Alguém da S.H.I.E.L.D talvez. Nick Fury está disfarçado agora... talvez a agente Hill.

—E quanto à Sharon Carter? – Perguntou Steve. – Ela não é mais da S.H.I.E.L.D, mas é de confiança e trabalha com a CIA.

Natasha encarou Steve com um olhar enciumado. Ela sabia que Sharon tinha uma queda por Steve, grande parte por culpa da própria Nat, mas agora as coisas eram diferentes. Natasha e Steve estavam juntos e ela não deixaria Sharon estragar isso.

—Ela meio que nos salvou lá no Triskelion naquela confusão do Projeto Insight, então, eu não vejo problema em tê-la na equipe. – Disse Sam.

Ela salvou vocês? A maior parte quem fez fui eu! Pensou Nat. Ela estava realmente enciumada, mas não demonstraria isso em público.

—Tudo bem. – Disse Nat, fingindo concordar. – Vá atrás da falsa-enfermeira.

Eles decidiram que Aria e Bucky ficariam escondidos no apartamento de Steve, até contatarem Sharon e explicarem a situação. A viagem até Washington foi um pouco tensa. O carro estava cheio. Natasha dirigia, Steve ia no banco do carona, e Sam, Aria e Bucky iam nos bancos traseiros, com Aria no meio. Não dava para saber se o clima estava mais tenso pela crise interna de ciúmes de Nat, por Aria estar em perigo iminente, ou pelo simples fato de Bucky estar junto. Eles ainda não se sentiam muito confortáveis na presença do Soldado Invernal. Bem, todos exceto Aria. Talvez Steve, mas ele ainda estava se acostumando. Mas Aria estava feliz por ter Bucky de volta.


Continua

𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐀𝐃𝐎 𝐄 𝐀 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐄𝐋𝐀 | bucky barnesOnde histórias criam vida. Descubra agora