Capítulo 3.

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Jhonatan.

Meu celular começou a vibrar no bolso e eu já peguei ele, vendo a mensagem dos moleque falando que tinha moiado, que as vt tava subindo na reta daqui.
Já tava até ciente que tinha sido os vizinhos que ligaram, bando de pau no cu mesmo.

Passei o olho em volta e não vi a Ayuli, coração já deu aquela errada na batida.

-Caralho!-Comecei a andar entre geral pra ver se eu via ela, vi de longe a blusa dela refletindo, tava encostada na parede da adega, quase no final da rua, conversando com algum mané.

Fui andando rápido até ela, passei o braço no pescoço dela quando eu cheguei perto e fui arrastando ela mais pro começo da rua, aonde meu carro tava.

Eu já até deixo no esquema, porque eu sei que sempre móia. Quando é assim nem dá pra ficar em casa, se não eles bate lá e esculacha.

-Que isso, Jhonatan? Eu tava conversando.-Ela falou alto e eu já trouxe ela mais pra mim.

-Os gambé vai embaçar, tão subindo.-Ela olhou pra mim assustada e a gente chegou no carro. Já fui ligando ele, coloquei o fuzivel que eu tinha tirado e ela entrou no banco do carona. Aqui é difícil pra caralho os mano roubar na favela, mas dia de baile é cuidado redobrado, eu tiro memo pra não ter como ser clicado na quebrada.

Fechei a porta e já peguei o celular avisando o Batoré, dono de um dos paredões, que a vt tava subindo, pra dar um salve em geral. Só assim, se não é mó empurra-empurra.

-Cadê a Bianca, Jhonathan? Ela tinha ido ficar com um peguete dela.-Liguei o carro e já fui metendo marcha dali, coloquei o celular na perna dela e já virei uma rua que é mais suave deles passarem.

-Manda mensagem pra ela, avisa e pergunta se ela quer que eu vá buscar. Vai rápido.

-Tô indo, calma aí.-Eu passava de carro já vendo uns correndo, agora é assim. Se antes geral já ficava esperto agora mais ainda, depois do esculacho que fizeram com os menor naquela vez do baile, não tem quem fique pra arriscar não.

Por isso que me dá ódio, tem uns policial que age pelo certo memo, mas tem outros que é tudo lixo, tudo verme.

-Ai, amém. Ela respondeu, disse que tá bem, que nem tá mais no baile. Graças a Deus.

-Ah, suave então. Vou te deixar lá na sua casa, vou cair por lá também.

-Não, não dá. Meus pais vão falar a beça deu estar chegando agora, eles não queriam nem deixar eu ficar direito.

-Vamo pra minha mãe então.-Passei numa lombada e ela colocou o celular na minha coxa.-Cê tá com a chave?

Ela fez uma careta e eu neguei com a cabeça.

-Caralho, Vitória.

-Ta com a Bianca, eu não sabia que ela ia dar perdido, né?

-Seis é foda também, Bianca é irresponsável demais, cara.

-Para de ser rabugento vai, é teu aniversário, era pra você estar se divertindo.

-Nem é mais meu aniversário.

-Mesmo assim. Em, vamo no Mc? A gente compra lanche, você para na frente da casa da vó e a gente fica lá, quando eles acordarem a gente entra. É o jeito.
 
-É a cota, né?!-Ela me deu um sorrisão que chegava até a aparecer covinha e eu neguei com a cabeça, sorrindo também. Me amarro demais nessa menor, meu coração fora do peito! Mato e morro por ela sem pensar duas vezes.

Imbiquei pro Mc que era a uns trinta minutos e a gente comprou os bagulho, comprei um combro pra ela e um pra mim. Sair com a doida é só multa, Deus me livre.

EM SP NÃO EXISTE AMOR.Where stories live. Discover now