Capítulo 30.

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tô confundindo mt as histórias, então se vcs acharem um "Gabriela" em vez de "Vitória" por aí, me avisem pra eu mudar kkkkk bjs.

Jhonathan.

Escutei um barulho na porta e em seguida a Vitória entrou junto com um dos gambé, tava com uma bolsa grandona. Bateu o olho em mim e já deu a bolsa pro cara que tava do lado dela, veio correndo na minha direção e eu já tentei levantar, mas o cuzão que tava atrás de mim me segurou.
O filho da puta do Rezende já agarrou no braço dela, não deixando ela vim na minha reta também

-Solta ela, solta ela, caralho!-Ele olhou pra mim e riu. É um filho da puta memo.

-Cê tá bem? Como você tá, Jhonatan?-Ela já perguntou toda nervosona.

-Eu tô bem, tô suave. Vai, o dinheiro tá aí, me solta!-Tentei levantar de novo, mas nada. O que tava com a bolsa já começou a contar o dinheiro e eu não desviava o olho do dela. Maior medo que eu senti nesse tempo todo é o de agora, mó neurose do caralho de fazerem alguma coisa com ela. Minha maior preocupação ali era ela mesmo.

-Tu é o que dele? É mulher é? Mulher de vagabundo você?-Segurou no cabelo dela com força e eu já fiquei de pé na hora, tentando ir na reta deles, mas agarraram no meu braço e me puxaram pra trás. Já doeu pra porra, até porque a algema que tava no meu pulso tava apertando, mas eu nem liguei. Meu foco é ela!

Ela olhou pra mim e ele colocou a mão no maxilar dela e sacudiu ela.

-Tô falando com você! Vai responder não? Marmitinha de bandido, fiel de bandido você? Ta sabendo das paradas que ele faz? Deve gostar, deve ser patrocinada até umas horas você também, né?-Ela só negou com a cabeça e ele ficou olhando pra ela.

-Como tá tua mulher? Teu filho? Tão como?-Já bateu o olho em mim na hora. É arriscado pra caralho, porque eu não sei como pode ser a reação dele, mas se encostar nela eu coloco São Paulo inteirinha atrás da família desse filho da puta. Ela não. Mexe comigo, mas com Vitória não.-Se tu não soltar ela agora, vai ser olho por olho. Carina o nome da tua mulher, né?

Concordei com a cabeça, rindo debochado, e ele já tremeu na base. Vacilão, comédia!

-Cê fica longe dela, se não eu juro que eu pego essa menina aqui e faço um estrago.

-Pega ela o caralho! Tu pega ela na puta que te pariu! Vou te dar um conselho, tu abraça. Cê vai pegar essa porra desse dinheiro, e vai embora de São Paulo, se eu trombar qualquer um de vocês, eu mato sem dó.-Já aumentei a voz e eles ficaram quietos. Ele tá ligado com quem ele tá falando, tá ligado que se acontece qualquer fita comigo meus irmãos vão na bota. Ele sabe que aqui a história é outra.-Solta ela!

-E quem te garante que você não vai preso no primeiro momento? Nois te forja e tu vai pra dentro do xilindró, cuzão.

-De qualquer forma eu vou. Se você não soltar ela agora, eu vou memo, mas vai ser por homicídio. Fala comigo, Rezende. Tu prefere morrer afogado ou queimado?-Usei da mesma histórinha dele e só vi ele jogando a Vitória com tudo no chão pra perto de mim. Desgraçado!

-Ta tudo aí?-Ele olhou pro cuzão que tava contando a grana e ele já concordou.-Vambora, deixa eles aí.

-Vou fechar o olho só por mais quatro, esses quatro mil que eu dá tá pouco.-Os outros foram saindo e a Vitória já veio pra perto de mim. Eu já ri pra caralho, não boto nem fé num filho da puta desse.

-Cadê a chave do bagulho?-Ele jogou uma chave pra mim e cuspiu no chão, olhando pra gente, depois virou as costas e foi saindo. Vitória já levou a chave e veio rápido pra trás de mim, tentando abrir o bagulho. Tava até tremendo.-Rezende?

Virou pra mim e eu levantei mais minha cabeça.

-Mais dinheiro é o caralho, se eu ficar sabendo que tu tá em São Paulo cê vai amanhecer com a boca cheia de formiga.-Vitória conseguiu me soltar e eu já coloquei o braço pra frente, ele viu e já foi tomando o rumo dele rapidinho. Tá achando que vai fácil assim, deixa ele na minha mão. Se não abraçar meu papo nem acordar ele acorda mais.

Senti um impacto no meu corpo e já gemi baixo, pela dor. Minha barriga tá toda dolorida, essa porra.

Passei meus braços em volta da Vitória e tirei ela do chão. Porra, mó abraço apertadão, gostoso memo.

-Foi mal aí por fazer tu passar por esse bagulho, desculpa.-Escutei uma fungada e ela enfiou o rosto molhado no meu pescoço.-Relaxa, já passou. Tá suave, acabou já.

-Eu morri de medo de acontecer alguma coisa com você, Jhonatan. Ele ia... Ele-

-Xiu... Vai acontecer mais nada não. Olha pra mim, olha aqui.-Segurei no rosto dela e encostei as nossas testas.-Já passou, acabou, tá suave.

Ela concordou com a cabeça, soluçando e ela já abracei ela mais forte ainda. Porra, desmonto todinho em ver essa menina chorar. Mó aperto no coração, na moral memo.

Ela toda chorando e eu já calmão. Me acalma memo essa garota, tem um efeito sobre mim que nem eu entendo.

-Eu te amo...-Escutei ela falar baixo e fechei o olho, respirando fundo.

-Eu também te amo, Vitória. Pra caralho, menina.-Ela se afastou de mim e ficou me encarando, já puxei ela pra um beijo e ela colocou a mão na minha cintura, depois passou pras minhas costas. Tava toda tensa ainda, fui sentindo ela ficar mais suave no meu aperto. Ficou levinha, levinha.

Terminei o beijo com um selinho e já apertei a cintura dela.

-Vamo, vamo sair daqui. Tu tá com o seu celular?

-Tô, tá aqui. Deve estar todo mundo doido atrás de você, eu só avisei pra eles que você tava no matagal e depois não falei com mais ninguém, corri pra sua casa pra pegar o dinheiro.-Entrelacei minha mão na dela e já fui saindo do barraco, mó bairro caído, cheio de barraco memo.

-Empresta o celular.-Ela me entregou e eu já bati a vista no dinheiro na capinha e olha pra cara dela.

-É pra chamar o Uber, ué.-Ela falou toda inocente e eu ri e já disquei o numero do Victor.

Veneno do caralho, puta merda.

EM SP NÃO EXISTE AMOR.Where stories live. Discover now