EM SP NÃO EXISTE AMOR.

Capítulo 57.

⚠️Maratona⚠️
(6/6)

Jhonatan.

-Ele morreu?-Escutei a voz dela e abaixei minha cabeça, olhando pra ela. Tava da mesma forma desde que a gente saiu de lá de dentro, não desgrudou de mim, só encostei no carro e ela continuou na mesma.

-O segundo não.

-E o primeiro?

-Não sei.-Não era uma fita que eu queria que ela visse não, tava falando esses dias que não era uma pauta dahora pra nois conversar e agora ela viu com os próprios olhos. Porque provavelmente o filho da puta morreu mesmo, eu vi sangue saindo da boca dele antes da gente sair de lá.

-A culpa não foi sua.-Só fiquei quieto e ela me olhou, mas não se afastou.-Ele que fez o errado, cê só tava protegendo a gente.

-Cê tá falando isso pra mim ou pra você?

-Pra nós dois.-Concordei com a cabeça e ela me abraçou de novo. Vi o Índio saindo de dentro do mercado e eu só falei um "morreu?" sem sair som e ele concordou com a cabeça.

-Vamo pra casa?-Falei com a Vitória e ela concordou com a cabeça e se afastou de mim.

-Vamos, vida.

-Vai lá, eu resolvo os bagulho por aqui. Depois eu te ligo pra gente conversar.-Concordei com a cabeça e fiz toque com ele, passei o braço pela cintura da Ayuli e fui levando ela pra onde o carro tava. Geral já foi saindo do mercado.

Fui dirigindo de volta pra casa e ela abriu a bolsa e pegou uma blusa rosa bebê dela e começou a limpar meu braço.

-Ta tudo bem, vida.-Olhei pra cara dela e ela continuou limpando.-Vitória.-Segurei na mão dela e ela me olhou.-Chegar em casa eu limpo. Tá suave.

-Tá.-Concordou com a cabeça e sentou direito no banco, entrelacei minha mão na dela e ela encostou a cabeça no vidro.

Cheguei em casa e estacionei o carro, Vitória tava dormindo, abri a porta devagar e peguei ela no colo. Coloquei ela deitada na cama e tranquei a casa, depois já fui tomar um banho gelado pra aliviar a tensão.

Bagulho cabuloso... Não é a primeira vez e pelo jeito nem vai ser a última, mas matar alguém não é que nem beber água não. Muita fita...

Coloquei só uma cueca e sequei o cabelo com a toalha memo, depois apaguei a luz e deitei com ela.

•

Vitória.

Acordei escutando a voz do Jhonatan me chamando e respirei fundo.

-Pesadelo?-Olhei pra cara dele e concordei com a cabeça, ele segurou na minha nuca e eu encostei a cabeça no peito dele que beijou minha cabeça.

-Mas já passou já, tá tudo bem.-Coloquei a mão no rosto dele e fiz carinho.-Faz cafuné em mim?

-Faço, deita aí.-Deitei com a cabeça no peito dele e ele começou a mexer no meu cabelo.

Eu tava meio em choque ainda por ter visto alguém morrer na minha frente e mais ainda por ter isso pelas mãos dele, mas eu tenho a plena consciência de que a culpa não foi do Jhonatan e nem nada.

Só preciso de um tempo mesmo pra digerir tudo porque querendo ou não é um baque, mas eu vou ficar bem.

-O Índio não vai achar ruim com você?

-Amanhã eu vou desenrolar com ele, mas acho que não, e nem tem o porquê. Ele não vai vim querer se crescer não, relaxa.-Ele deu um beijo na minha cabeça e eu virei de frente pra ele e concordei com a cabeça. Abracei a cintura dele e fechei o olho.

-Boa noite.

-Boa noite.