Capítulo 35.

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Jhonatan.

Acendi um bolado e apoiei meu braço na curva da cintura da Vitória de novo, tava toda encolhida no meu peito. Eu tava ligado que ela não tava dormindo porque quando ela dorme ela fica ronronando baixo, mas tava toda quietinha também.

Virei a cabeça pro outro lado e engoli um pouco da fumaça, depois fui soltando o resto devagar.

Minha cabeça tava a milhão, passando várias fita. O que me fez estranhar é que agora a possibilidade de parar com esse nosso lance pra não dar b.ó já não existia mais, eu nem cogitei a idéia de me afastar dela. Mas tava cogitando contar logo pro Victor.

Porra, pra mim mais do que ninguém é foda essa situação, até porque eu sei da responsa que sempre teve em mim com ela. Mas aconteceu, eu vou fazer o que? Respeitei ela sempre, nunca teve maldade entre a gente antes da noite no apartamento, que ela deu a entender os bagulho. Rolou depois dela ficar de maior, com ela querendo... E eu quis também, agora já foi.

Meu medo na real nem é por mim, saca? É por ela. Eu sei que vai cair no meu nome, mas foda-se, tô cagando pra tudo. Meu receio é com ela, porque eu tô ciente que geral vai cair matando na Vitória, e eu tô ciente também que passar por essas fita é tudo novo pra ela.

Escutei um resmungo dela e já puxei mais a coberta pra cima da gente, vento do ventilador bateu em nós e ela arrepiou.

Apaguei o beck no bagulho de cigarro que eu tinha do lado da cama, deu pra dar um tapa já. A outra dormiu, não vou ficar jogando fumaça nela.

Desliguei a televisão e coloquei o braço em cima da cabeça, fechei meu olho e tentei dormir um pouco. Tava meio desconfortável do jeito que eu tava, mas a Vitória tem sono leve, se eu me mexo aqui ela acorda na hora.

Acordei, sentindo a cama mexer e já bati o olho na Ayuli indo pra debaixo das cobertas de novo.

-Que foi?-Ela me olhou e vejo escorregando pra perto de mim.

-Fui desligar o ventilador um pouco, tô com frio.-Deitei a cabeça de novo no travesseiro e abracei a cintura dela, puxando ela mais pra mim. A gente ficou numa conchinha e eu já enfiei minha perna no meio das dela. Coloquei minha mão na barriga dela e ela colocou a mão dela por cima da minha.

Capotamo de novo, fui acordar era oito e pouca com ligação do gerente de lojinha de Heliópolis falando que tava dando problema num dinheiro e que eu ia ter que ir depositar no banco. Só atraso memo.

Tirei o braço da Vitória de cima da minha barriga e fui levantando, tomei um banho rápido e já né arrumei no pique.

Aproveitar que tá de manhã e ela tá dormindo que não tem tanto b.ó dela ficar aqui sozinha, mais fácil.

Sentei na cama pra colocar o tênis e já escutei a voz dela.

-Cê vai ir sair?-Olhei pra ela que tava com a cara toda amassadona e concordei com a cabeça.

-Vou ter que ir no banco mexer uns bagulho lá, tu quer ir junto?-Olhei pra ela de novo e ela negou.

-Tô com sono.

-Então fica aí, vou voltar rapidão. É aqui perto, tem b.ó não, qualquer fita cê me liga. Quando eu vou voltar a gente vai lá pro asfalto, fica pronta.

-Ta bom.-Levantei da cama arrumando a blusa e dei a volta na cama pra pegar o celular. Fui na reta da maluca e dei um selinho e um beijo na testa dela.

-Qualquer coisa me liga.

-Ta bom, vai com Deus.

-Fica com ele.

Resolvi o que tinha que resolver e já passei numa padaria pra comprar umas coisa pra levar pro apartamento. Tava pedindo pão quando começou a chegar uma par de mensagem da Vitória, já fiquei alerta na hora.

Ela só disse que o pai dela tava lá embaixo querendo entrar, que ela não sabia o que fazer, mandei ela esperar eu chegar e nem terminei de comprar os bagulho, fui direto pra lá.

EM SP NÃO EXISTE AMOR.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora