trinta e um

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Fazia tempo que eu não acordava de tão bom humor

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Fazia tempo que eu não acordava de tão bom humor. Encontrar Teri nos meus braços, com o cabelo longo espalhado pelo travesseiro; os lábios entreabertos e a respiração tranquila não é uma visão nada mal. Seus quadris estão cobertos por um fino lençol cinza, deixando todo o resto à mostra. Sua pele está banhada pela luz do sol, e o tom rosado ao redor dos seus mamilos é adorável. 

Movo-me devagar para não acordá-la. Vou para cima dela com movimentos cuidadosos e começo a distribuir beijos pelo seu rosto, pescoço e ombro. Um leve sorriso surge em seus lábios, mas Teri continua de olhos fechados. Continuo com as carícias até pairar sobre um dos seus mamilos, o qual eu envolvo com os meus lábios. Escuto suspiros. Contorno o mamilo com a língua, depois puxo e, por fim, prendo o mesmo por entre os dentes. Ela geme. 

Ergo a cabeça e encontro seus grandes olhos bicolores me encarando completamente alarmados. Sorrio. Eu gosto da forma como suas bochechas ficam rubras, assim como uma parte do seu nariz arrebitadinho, toda vez que eu a toco em alguma parte do seu corpo que normalmente fica escondida pelas roupas. 

— Bom dia — quebro o silêncio.

— Bom dia — ela balbucia; ainda parece presa no sono, mesmo estando com os olhos abertos. — Que horas são? — sua voz vai ficando cada vez mais distante à medida que ela fecha os olhos.

— Ainda é cedo. — Mas não tenho certeza. — Vou preparar o nosso café da manhã enquanto você tira um cochilo. 

— Humrum — murmura, se aconchegando melhor no travesseiro. 

Deposito um beijo entre os seus seios antes de levantar da cama. Espreguiço-me, sentindo os meus ossos estralarem e demora apenas um segundo para eu perceber os rastros da noite passada espalhados pelo chão. As lembranças me seguem à medida que caminho até o banheiro, pelado, e parece que o sorriso nunca consegue sair do meu rosto, até mesmo quando estou debaixo do chuveiro. 

Se alguém me dissesse meses atrás que eu estaria aqui agora pensando na noite quente que tive com Teri Grace, eu provavelmente teria dado uma gargalhada alta e escandalosa. Mas a vida é uma caixinha de surpresas, e as pessoas mais improváveis talvez possam significar algo; basta dar uma chance. Chegamos na vida um do outro da forma mais inusitada que se possa pensar, ambos se odiando, mas nos acostumamos com a presença um do outro, depois começamos a aceitar nossas diferenças e agora acabamos atraídos por aquilo que nos torna opostos. 

Estou mesmo muito ferrado. 

Levo o meu celular para o primeiro andar e verifico as planilhas de lucro da galeria que me foram enviadas. Arregalo os olhos. Eu não pensei que o valor final teria tantos zeros, mas era de se esperar um resultado satisfatório devido a intensa vendas dos quadros. Investir nesse projeto foi arriscado, mas acabou sendo, no fim, uma jogada de mestre, porque acabo de ver com os meus próprios olhos algum retorno. 

Vasculho os armários e fico feliz em descobrir que Christian atendeu ao meu pedido de reabastecer a despensa antes da minha chegada em Londres. Pego alguns ingredientes para o café da manhã e começo a preparar tudo no intuito de terminar antes de Teri acordar, o que não funciona, já que a mesma adentra a cozinha quando ainda estou tentando preparar um café da manhã no estilo mais americanizado possível para agradar o seu paladar. 

Amor à segunda vista • COMPLETOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora