nove

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  Eu não consigo parar de rir

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  Eu não consigo parar de rir. Mesmo depois da Teri ter saído daqui soltando fumaça pelas narinas, eu continuo rindo. Ainda não consigo acreditar que ela tentou usar a minha tática contra mim, mas é aquele ditado: quem ri por último, ri melhor, e bom… eu estou rindo agora. Muito. Se ela estava tentando passar a imagem de quem estava tendo uma foda ótima, não conseguiu. Quem grita daquele jeito durante o sexo? Parecia que ela estava sendo torturada. Eu fiz um favor para minha colega de apartamento a livrando daquele quarto da dor. Agora, tudo o que me resta é esperar pelas consequências dos meus atos. 

Quando o dia amanhece — depois de eu ter dormido com o notebook, celular e alguns croquis inacabados espalhados pela cama —, sinto-me ligeiramente vazio, como se estivesse faltando algo… ah, sim. Não há música. Há apenas o silêncio. Teri Grace não acordou ouvindo música hoje. Será que eu a irritei a ponto de matá-la de raiva? Seria muito conveniente… 

Recolho os croquis e os guardo em uma pasta antes de arrumar minha cama — sempre muito organizado — e me dirigir ao banheiro para um banho. É impressionante como Teri é marcante em tudo, pois mesmo depois de alguns dias longe do meu banheiro o seu perfume de aroma de rosas ainda permanece presente no ar, mesmo que suavemente. Quanto mais tempo passo perto dela, mais esse cheiro se torna familiar. E isso não é nada, nada bom. 

Tomo um banho quente e demorado e volto para o quarto com uma toalha enrolada na cintura. Escolho uma calça jeans preta, camisa branca e outra camisa jeans por cima. Arrumo meu cabelo com um pente e depois arrumo minhas coisas dentro de uma bolsa carteiro. 

Antes de sair do quarto, dou uma espiada no corredor. Silêncio. Estranho… penso que a Teri vai se materializar na minha frente e acertar o meu peito com uma faca, mas nada acontece até eu chegar na cozinha e encontrar um cara — sem camisa — mexendo na minha cafeteira. 

— Ah. Oi, cara — cumprimenta ele quando nota a minha presença. 

— Oi… — aproximo-me, colocando a bolsa em cima da ilha. 

— Você deve ser o Tyler, né? 

Ah, então a Teri falou sobre mim? 

— Sou, sim. E você é…? 

— Helsing. Noah Helsing. Namorado da Teri — sorri. 

Aquela maluca tem namorado? 

Avalio o cara. Ele deve ter mais ou menos a minha altura. Sua silhueta é firme, com músculos definidos. O cabelo é preto e os olhos castanhos claros. Realmente um cara boa pinta. Então o que um homem feito ele está fazendo com uma mulher feito a Teri? Não que ela seja feia… de fato, não é a mulher mais bonita que eu já vi, mas não estou pontuando esses detalhes superficiais, até porque, no fim, o sentimento é a chave para um relacionamento promissor, mas… convenhamos que Teri Grace não bate bem da cabeça. 

— Hum. — Olho para os lados. — E onde ela está? 

— Parece que a mãe dela passou mal ou algo assim, não entendi bem. Ela saiu bem cedinho. 

Amor à segunda vista • COMPLETOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora