Eu não consigo parar de rir. Mesmo depois da Teri ter saído daqui soltando fumaça pelas narinas, eu continuo rindo. Ainda não consigo acreditar que ela tentou usar a minha tática contra mim, mas é aquele ditado: quem ri por último, ri melhor, e bom… eu estou rindo agora. Muito. Se ela estava tentando passar a imagem de quem estava tendo uma foda ótima, não conseguiu. Quem grita daquele jeito durante o sexo? Parecia que ela estava sendo torturada. Eu fiz um favor para minha colega de apartamento a livrando daquele quarto da dor. Agora, tudo o que me resta é esperar pelas consequências dos meus atos.
Quando o dia amanhece — depois de eu ter dormido com o notebook, celular e alguns croquis inacabados espalhados pela cama —, sinto-me ligeiramente vazio, como se estivesse faltando algo… ah, sim. Não há música. Há apenas o silêncio. Teri Grace não acordou ouvindo música hoje. Será que eu a irritei a ponto de matá-la de raiva? Seria muito conveniente…
Recolho os croquis e os guardo em uma pasta antes de arrumar minha cama — sempre muito organizado — e me dirigir ao banheiro para um banho. É impressionante como Teri é marcante em tudo, pois mesmo depois de alguns dias longe do meu banheiro o seu perfume de aroma de rosas ainda permanece presente no ar, mesmo que suavemente. Quanto mais tempo passo perto dela, mais esse cheiro se torna familiar. E isso não é nada, nada bom.
Tomo um banho quente e demorado e volto para o quarto com uma toalha enrolada na cintura. Escolho uma calça jeans preta, camisa branca e outra camisa jeans por cima. Arrumo meu cabelo com um pente e depois arrumo minhas coisas dentro de uma bolsa carteiro.
Antes de sair do quarto, dou uma espiada no corredor. Silêncio. Estranho… penso que a Teri vai se materializar na minha frente e acertar o meu peito com uma faca, mas nada acontece até eu chegar na cozinha e encontrar um cara — sem camisa — mexendo na minha cafeteira.
— Ah. Oi, cara — cumprimenta ele quando nota a minha presença.
— Oi… — aproximo-me, colocando a bolsa em cima da ilha.
— Você deve ser o Tyler, né?
Ah, então a Teri falou sobre mim?
— Sou, sim. E você é…?
— Helsing. Noah Helsing. Namorado da Teri — sorri.
Aquela maluca tem namorado?
Avalio o cara. Ele deve ter mais ou menos a minha altura. Sua silhueta é firme, com músculos definidos. O cabelo é preto e os olhos castanhos claros. Realmente um cara boa pinta. Então o que um homem feito ele está fazendo com uma mulher feito a Teri? Não que ela seja feia… de fato, não é a mulher mais bonita que eu já vi, mas não estou pontuando esses detalhes superficiais, até porque, no fim, o sentimento é a chave para um relacionamento promissor, mas… convenhamos que Teri Grace não bate bem da cabeça.
— Hum. — Olho para os lados. — E onde ela está?
— Parece que a mãe dela passou mal ou algo assim, não entendi bem. Ela saiu bem cedinho.
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Amor à segunda vista • COMPLETO
Romance(EM CORREÇÃO) Conseguir um bom apartamento em Nova York com uma vista incrível, um ótímo espaço e por um preço razoável é praticamente impossível... e Teri Grace sabe bem disso. Depois de morar por anos em um espaço que mal cabia a si mesma, ela fin...