vinte e seis

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— Oi… posso entrar? 

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— Oi… posso entrar? 

Ergo a cabeça, vendo Tyler parado na minha porta, escorado no batente da mesma. Ele parece cauteloso. Não conversamos sobre o ocorrido de dois dias atrás, quando ele socou o meu ex-namorado no meio da rua. 

— Claro — digo. 

Espero ele vir até mim. Tyler se senta na ponta da cama, em uma distância segura. 

— Está tudo bem? — pergunta ele. 

— Está. — Asseguro. — Por que não estaria? 

— Você tem estado distante… 

Mordo o lábio inferior. 

— É por causa do que aconteceu com o Noah, não é? — acrescenta ele. 

— Desculpa — suspiro. — Acho que fiquei abalada com tudo o que ele disse. 

— O que não é verdade — diz. — Ele só estava tentando jogar sujo para te abalar. 

Encolho os ombros. 

— Acho que ele conseguiu. 

— O problema não é o Noah; é você. 

Ergo a cabeça tão rápido que sinto um leve estalo. 

— O que…? 

— Você não se abala apenas com o que o Noah acha de você, mas sim com a opinião de todos a sua volta. E você simplesmente acredita no que as pessoas dizem ao seu respeito porque sua insegurança é maior do que o seu amor próprio. 

Abro a boca, chocada. Eu queria ter argumentos para discordar dele, mas não tenho. 

— Eu… 

— Teri — Tyler puxa a minha mão gentilmente e olha nos meus olhos. — Você nunca conseguirá amar alguém verdadeiramente antes de fazer isso por si mesma. A questão não é o que um cara procura em uma mulher, mas sim o que ela encontra em seu interior que a faz especial. E você tem muitos pontos positivos, eu juro. É uma pena que eu só tenha começado a perceber tarde demais.

Sinto os meus olhos ficarem úmidos. Diante da minha sensibilidade, Tyler leva a minha mão à boca e deposita um beijo carinhoso no dorso. Sinto apenas vontade de chorar, mas não de tristeza — ok, talvez um pouquinho —, e sim como uma forma de desabafo. Preciso colocar muita coisa para fora. 

— Obrigada por me defender aquele dia. Ninguém nunca achou que eu valesse a pena — digo baixinho. 

— Sempre que precisar — dá um breve e suave sorriso. — E queria me desculpar por aquilo. Eu não sou um cara violento. 

Dou de ombros. 

— Ele mereceu. 

— Certo. — Ele solta a minha mão e se levanta. — Vem jantar comigo. Quero que saiba de uma coisa. 

Amor à segunda vista • COMPLETOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora