(EM CORREÇÃO)
Conseguir um bom apartamento em Nova York com uma vista incrível, um ótímo espaço e por um preço razoável é praticamente impossível... e Teri Grace sabe bem disso. Depois de morar por anos em um espaço que mal cabia a si mesma, ela fin...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
Preciso me acalmar. Eu apenas estou… imaginando coisas. A minha vida está ruim o suficiente, então eu não posso simplesmente me sentir… atraída por Tyler. Oh, não. Isso fica duas vezes pior toda vez que esses pensamentos invadem minha mente. Mas é algo que não sai da minha cabeça e eu sinto que estou prestes a enlouquecer. Mas havia algo na forma que ele me olhou ontem à noite… eu simplesmente não consigo apagar aquele olhar.
Mas talvez eu só esteja imaginando coisas. Tyler sempre me odiou, e não é só porque ele queria/quer todo o apartamento só para ele. O meu jeito falante de ser, animada e extrovertida, o deixa bastante irritado. Ele também me olha, às vezes, como se eu fosse idiota — não que isso seja mentira. Mas algo mudou nos últimos dias, ele tem ficado mais… próximo. O Tyler de alguns meses atrás nunca teria se oferecido para fazer uma massagem nos meus pés. Os lugares onde ele tocou ainda parece queimar.
Suspiro. Talvez eu só precise de um pouco de música para me acalmar. Coloco para tocar “City That Never Sleeps”, do Jamie Miller, e começo a fazer alguns exercícios de alongamento no centro do quarto. Sentindo-me um tiquinho mais disposta, vou trocar a água de Theodor e reabastecer sua comida. Estranho… Ele sempre dorme na roda de exercício, mas hoje está deitado em um canto perto da vasilha de água. Talvez ele só tenha acordado um pouco mais cedo hoje e saído de lá.
Ainda está cedo — tenho a sensação de que não consegui dormir quase nada —, e saio do quarto na ponta dos pés, tentando fazer o mínimo de barulho possível para não dar de cara com Tyler tão de repente, mas parece que tomei um banho de água fria ao vê-lo na cozinha preparando o café da manhã. Trocamos um olhar que parece significativo e duradouro demais.
— Oi — quebro o silêncio.
— Oi — ele sorri suavemente. — Acordou cedo hoje; normalmente você está sempre atrasada.
Reviro os olhos.
— Não é bem assim… — Mas então me lembro dos sermões de Arthur todas as manhãs e concluo que sim, ele está certo.
Ele pigarreia.
— Então… conseguiu descansar?
— Não muito… E pelo visto, você também não…
Ele me olha.
— É… muita coisa na cabeça… do trabalho — acrescenta.
— Trabalho… certo. — Dou um sorriso sem graça.
O que eu esperava? Que ele dissesse que não conseguiu dormir por que não conseguia me tirar da cabeça? Chega a ser patético! Isso que eu estou sentindo não passa de uma atração boba, o que é super normal, visto que ele é bonito, atraente, um tanto misterioso e tão, tão forte… Foco, Teri!
— Por que não come um pouco? Queria falar sobre uma coisa com você — Tyler parece ligeiramente nervoso.
— Eu posso te ajudar com o café da manhã — aproximo-me cuidadosamente. — Posso fazer… panquecas.
