05

42.2K 2.2K 697
                                    

De começo fiquei assustada quando cheguei no baile, mas depois de um tempinho vi que era super de boa, eu sempre imaginei coisa pior! No jornal sempre via era mó confusão, correria, mó bagunça por isso eu sempre tive medo de vim e hoje eu vi que era totalmente de boa.

É claro que nem sempre deve ser assim, mas pelo menos estava tranquilo hoje.

Meu pai não podia nem sonhar em uma cena dessas, eu bebendo e descendo até o chão num baile lotado de traficantes. Fiquei pensando por um bom tempo no que eu ia fazer da minha vida caso ele descobrisse do que estava rolando hoje, mas tive meus pensamentos interrompidos pelo Lipe que chegou me puxando.

Lipe: Coê pô, tá com medo ainda? - Olhei pra ele.

Mafê: Não! Tava pensando numas coisas aqui.

Lipe: Esquece essas parada aí caraí. - Puxou minha mão me colando contra parede. - Hoje é dia de curtir. - Grudou nossas bocas e soltou fumaça dentro da minha boca.

Mafê: Ah para né Felipe. - Tossi fraco. - Eu fico com dor de cabeça caraí. - Ele riu, colocando meu cabelo atrás da orelha.

Lipe: Aí, depois de amanhã vai rolar uma resenha, na casa do dono daqui, pede o teu coroa pra te liberar pô. E se ele liberar tu dorme lá em casa.

Mafê: Vou olhar se eu consigo. Não vou te garantir nada. Mas é o que? Aniversário dele é?

Lipe: Não, ele tá em missão já tem quase um mês que ele não vem mais no morro, aí como ele vai chegar domingo, vai rolar uma festa só pros íntimos dele, pode pá?!

Mafê: Vou olhar, não garanto um sim, eu sou maior de idade mas o meu pai me trata como se eu fosse uma criança.

Lipe: É pai né, sempre vai fazer de tudo pra te proteger. - Me olhei e me deu um selinho rápido mas eu puxei ele e fiz transforma em um beijo lento.

Ele estava todo amorzinho comigo eu tava gostando demais do jeitinho que ele estava me tratando. E de coração espero que ele não esteja fazendo isso só pra gente transar.

Ficamos por mó tempão até a maluca da Bárbara vim e arrasta a gente pra rodinha onde eles estavam, altos caras fumando entre eles a Beca e eu tava de olho nela, que se deixar passa dos limites, Bárbara também tava maluquinha e saiu me puxando pro meio da pista assim que a música favorita dela começou a tocar.

De cinco da manhã o Ls chamou geral pra ir no baile da Nova Holanda, foi a gente e uns meninos, super gatinhos inclusive. Tava todo mundo animado, voltamos quando o dia já tinha amanhecido totalmente, ficamos decidindo pra onde a gente ia dormir e no final foi todo mundo pra casa da Bárbara.

Tava todo mundo drogado e bêbado, até eu tinha fumado um pouquinho, mas parei quando senti minha cabeça doer. Eu e o Lipe éramos os que estava menos alterados, se pá a Bárbara nem lembrava o caminho da casa dela.

Bárbara: Aí, sabe que música eu lembrei? - Olhou pra trás onde estava eu, Lipe, Beca e Ph.

Lipe: An, fala ai ô... maluca.

Bárbara: Aquela lá do Kevin o Chris. Se quer dá um role eu vou te apresentar o melhor baile do Rio de Janeiro. - Falou cantando.

Ls: Tu já sabe qual é o complexo da penha é um verdadeiro puteiro. Vamos pra gaiola, que tá tudo bom. - Emendou cantando alto.

Lipe: Bigodin, finin, cabelin na régua, ela olhou pra mim eu olhei pra ela eu falei assim... Então vem com o Kevin o Chris...

Começamos a cantar alto e na parte do "Ai droga" a gente falou todo mundo junto, chamando atenção de que estava por ali indo trabalhar.

Aposto que estava pensando que a gente é um bando de sem futuro e desempregados. E realmente em algumas partes eles estavam certos! 

Chegamos na casa da Bárbara e colocamos todo mundo pra tomar banho, se dependesse deles eles dormiam sujos, depois de um tempo eles dormiram, ficando só eu e o Lipe acordados.

Pôr do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora