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Deve que era umas três da manhã, não tinha nem duas horas que a festa tava rolando e eu já tinha pegando umas cinco mina e levado elas pra salinha.

Parei pra curtir o baile e fiquei só olhando o papo ruim dos cara, que ficou comentando da Maria quando ela passou parecendo doida trombando em todo mundo. Só fiquei olhando eles falando que ela tinha sido dispensada por macho, tomado chifre e mais uma pá de coisa pra ficar daquele jeito.

- Ela é mó gata tio, se foi por homem que ela tá chorando tá dando mole. Mas se ela quiser o pai tá aqui pra dar todo tipo de consolo.

- Aí vai pagar de talarico, quem pega ela é o chefe. 

- Ela dormiu lá na tua casa que geral viu. - Uns dos meninos falou pra mim.

Fael: Não pego ninguém não pô, ela dormiu lá por questão de favor. E cês também não tem nada a ver com isso! Só peço mais respeito com ela. 

Ph: Ou a Maria tá passando mal pô.

Fael: O que, que ela tem? 

Ph: Sei não, ela tá la no banheiro com as meninas.

Passei entrado no meio de geral que tava ali e entrei no banheiro, que era feminino,mas eu tava pouco me fodendo. Entrou eu e Ph e eu fechei a porta na cara de geral que tava lá fora, lá dentro estava Ls, Beca e a Bárbara tentando acalma ela.

Olhei pra ela que tava no quanto da parede enquanto chorava mó desesperada, ela tava tendo uma crise. Na hora eu vi um filme passar na minha cabeça. 

Lembrei de altos bagulho, senti uma parada ruinzona mermo. 

Já tive mó vontade de sair dali na hora, mas eu olhei pra ela toda indefesa sem conseguir respira e já fui pra perto dela.

Ph: O que ela tem pô? - Olhou pra ela que tava chorando.

Beca: Ela tá tendo crise de ansiedade. - Falou toda desesperada.

Ls: A gente já tentou de tudo pra ela se acalma pô, ela só fez chorar mais.

Fael: Ou. - Olhei pra ela que tava chorando pra caralho enquanto tava tremendo e tentando busca por ar. - Olha pra mim. - Segurei o rosto dela. - Olha pra mim pô! Respira fundo junto comigo quando eu contar demorô?

Olhei pra ela que concordou enquanto chorava

Fael: No três tu respira fundo e solta, tá bom. - Ela concordou. - Sempre olhando pra mim, olhando no meu olho! - Ela olhou toda inocente. 

Fui falando com ela e repetindo as parada por várias vezes até olhar pra ela que já respirava mais calma. Ela chorava baixinho enquanto olhava pro chão.

Bárbara: Eu vou pegar água pra ela. - Falou saindo e a Beca foi junto.

Ls: Que magia foi essa que tu fez aí Fael?

Ph: Para de brincadeira pô o bagulho é sério. - Bateu no ombro dele.

Ls: Sem caô tio, não tô brincando não. Nós tava a mó cota tentando fazer ela respira e o Fael chegou aqui e pronto.

Beca: Tá aqui ó. - Entregou a água pra ela.

Mafê: Eu quero ficar sozinha. - Falou mais calma.

Bárbara: De jeito nenhum, a gente sabe muito bem o que você tenta fazer toda vez que tem crise.

Mafê: Eu não vou fazer nada Bárbara, nada! Eu só quero ficar sozinha.

Fael: Eu fico com ela pô.

Mafê: É sozinha Rafael, sem ninguém.

Fael: Ou tu fica só comigo ou geral fica aqui, escolhe aí. - Ela ficou em silêncio.

Beca: A gente vai lá pra fora tá? Mas qualquer coisa, qualquer coisa mesmo o meu celular vai tá ligado. Você me liga e se eu não atender você liga por Ph, Ls ou a Bárbara, viu? - Ela assentiu que sim. - Eu tô indo, te amo. - Olhei pra Maria que respondeu um "eu também" baixinho e eles saíram.

Fael: Quer me falar sobre o que aconteceu? - Ela negou com os olhos cheio de lágrimas de novo. - Tá de boa, eu pelo menos posso te levar pra outro lugar então?

Mafê: Não me levando pra casa.

Fael: Eu não, pra que! - Dei a mão pra ela que tava com a cara toda vermelha e com os olhos inchados de tanto chorar. - Vamo lá. - Sai do banheiro com ela e geral olhou pra ela.

Pôr do SolWhere stories live. Discover now