Pôr do Sol

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• Lipe •

Lipe: Que demora em princesa. - Falei sorrindo olhando pra Julia.

Julia: Juro que eu já estou terminando! - Fez bico e eu ri vendo ela voltar a atenção para maquiagem que ela fazia.

Lipe: Tá suave pô, pode ser arrumar aí em paz.

Ela continuo ali passando as paradas no rosto e eu só fiquei viajando, no quanto ela ficava mais gata ainda.

Nem demorou e ela acabou, ela tinha feito só uma maquiagem bem leve no rosto, mas ela tava gata pra caralho como sempre.

Sai do quanto de mão dadas com ela e nós já tombou com a mãe dela na sala que como sempre, me encarou com a pior cara.

Angela: Oi Felipe! - Falou me olhando e eu só acenei com a mão. - Vai demorar Julia?

Julia: Não! Já, já eu estou aí.

Angela: Hm, na hora que você chegar então eu quero conversar com você. - Ela só concordou e a gente foi saindo dali.

Lipe: Tu tá ligada que ela só vai parar de me tratar assim, no dia em que a gente terminar né?! - Falei assim que ela bateu o portão e veio caminhando do meu lado.

Julia: Tu só tem que ter mais um pouquinho de paciência com ela amor, já, já ela esquece isso aí e se conforma com nós dois juntos.

Lipe: Que conforma Julia, nós tá junto há três meses, cê tá ligada que ela só me trata assim porque eu sou envolvido. Ela já deixou bem claro pra nós dois que não apóia o nosso relacionamento. - Passei meu braço pelo pescoço dela trazendo ela pra mais perto de mim e nós fomos caminhado juntos.

Julia: Já! Mas como eu também já te falei a minha mãe só tem que aceitar, ela não tem que gostar de você não. Quem tá contigo sou eu, não ela!

Lipe: Eu sei, mas é que fica chatão né Julia, toda vez que eu tô na tua casa e ela tá, ela fica me olhando com mó cara de nojo. Eu fico sem paciência nenhuma, se pá eu nem vou lá mais. - Falei fazendo ela me olhar.

Julia: De jeito nenhum, tá maluco?! Nem fala isso aí. Já, já a gente tá na nossa casa, só nós dois pô.

Lipe: Ih, se depender de tu isso vai demorar. - Gastei ela que riu.

Julia: É só mais um tempinho, só o tempo deu ter um papo com a minha mãe, resolver as minhas coisas. Hm... - Segurou meu rosto virando ele pra ela e me deu um selinho.

Nem respondi nada e fiquei na minha. Chatão tu ir na casa de uma pessoa e a outra que não gosta de tu, ficar te encarando ou te tratando com indiferença.

Eu a Julia estávamos namorando há três meses, conheci ela através da Bárbara. A menina nem olhava na minha cara, mas numa resenha que teve nós trocou mó idéia e acabou que a gente ficou.

Foi mó enrolação, mas depois de um tempo eu pedi ela em namoro. A gente tá junto a pouco tempo, eu tô ligado. Mas nós dois já temos altas metas juntos.

Penso em morar junto, ter filho e se pá nós até casa.

Eu sei que tá cedo e essas paradas toda, mas é tão daora tu ter papo de futuro com alguém que tu gosta, os dois na mesma meta, afim de crescerem juntos.

É gostosinho demais.

Geral fala que não vai da em nada, mas cê liga. Já falei mesmo pra ela, vai ser o mundo contra nós e nós contra o mundo pô.

Da em nada não, pra ficar com essa menina eu faço de tudo!

Lipe: Quer ir pra onde?

Julia: Vamo no arpoador? - Concordei com a cabeça e fui pegando a chave da moto e sai do morro com ela.

Fomos pra praia do arpoador e eu já fui procurando o lugar mais vazio pra nós dois ficar.

Lipe: Quer comer alguma coisa? - Ela concordou.

Julia: Quero aquela porção de batatas que a gente sempre compra, sabe?

Lipe: Compra lá, tô te esperando aqui. - Ela saiu dali indo comprar e eu me sentei na areia.

Bolei meu cigarro e já dei duas tragadas, soltei a fumaça e continuei fumando ali até ela voltar com duas porções grande de batata no cone e uma coca cola de um litro.

Eu queria cerveja, mas ela deixou? Disse que eu estava de moto e não podia beber. Logo eu acostumadão a fazer isso, mesmo e sabendo que não pode. Mas fazer o que né.

Acabou que eu nem quis a outra a batata e ela agradeceu por isso e continuou comendo.