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• Mafê

Marcos: Eu quero você arrumada, com a sua melhor roupa hoje a noite... - Falou assim que eu passei pra ir tomar café na cozinha.

Mafê: Posso saber pra que? - Olhei pra ele.

Marcos: Jantar de negócios na casa do Souza. E você vai... quero você apresentável, o filho dele vai estar lá.

Mafê: Bom pra ele, eu não tenho nada com isso... - Peguei um pão de queijo na mesa.

Marcos: Você tem sim! O Gabriel é o menino ideal pra você, ou você acha que eu te criei pra você se envolver com bandido... Por que deve ser esse o motivo de você não sair daquele maldito morro dos infernos!

Quase sete da manhã e o Marcos vem querer me tirar do sério! Respirei fundo contando até dez mentalmente e sai andando indo pro meu quarto.

Sempre foi assim, desde os meus quinze anos ele e o Souza inventaram essa palhaçada de que eu e o Gabriel íamos forma uma casal. Até então eu levava na brincadeira, mas parece que meu pai levou super a sério.

O Souza e juiz, pensa num cara que todo mundo tem certeza que é corrupto, mas ninguém faz nada. Ele! Meu pai é carne e unha com ele, era ruim pensar, mas se o Souza mexia com várias paradas ilegais e meu pai é o braço direito dele era bem capaz dele mexer com alguma coisa errada também. O filho dele e sargento do Bope e a mãe médica.

Pro meu pai ele é o namorado perfeito e a família dele mais ainda.

Parei na frente do espelho e comecei a passar a escova no meu cabelo. De longe mesmo que quase impossível de ver, eu vi as marquinhas roxa de chupão no meu pescoço. Fazia mó tempão que eu não subia o morro de novo e nem via a cara do Rafael. Fiquei viajando ali até o Marcos entrar no meu quarto e a trabalhar.

Marcos:Não tem mais Maria Eduarda. Eu sou o seu pai e eu mando em você, você vai sim eponto!

Mafê: Não! Você não manda em mim, eu sou maior de idade a única coisa que eu te devo é respeito por você ser meu pai... Eu não vou e ponto. Você acha mesmo que eu vou ficar com um menino que eu nem vou com a cara pra você subir de cargo na empresa? Coitado.

Marcos: Eu já te falei e vou falar de novo. Enquanto você morar aqui você faz o que eu achar melhor pra você e o melhor é você se envolver com o Gabriel! - Falou auto.

Mafê: Pois saiba Marcos que eu não vou ficar aqui por muito tempo... Já já eu saio daqui. - Peguei minha mochila e fui andando.

Marcos: Vai é? E vai com quem? Algum moleque desse que você fica vai te levar pra morar com ele? - Veio andando atrás.

Mafê: Olha, eu não quero estragar o meu dia com você não tá... Eu não vou e fim!

Marcos: Você só me dar desgosto Maria, só desgosto...

Mafê: E você só acaba com a minha paciência sempre. Não tenho um dia de paz nesse inferno! Eu não aguento mais isso. 

Marcos: Você é problemática vive pelos cantos fazendo drama por aí, nunca te faltou nada e vem com papinho de que não aguenta mais, não faz nada e fica nessa. Para de palhaçada.

Mafê: Faltou sim! Sabe o que faltou? Faltou o amor que você nunca me deu, nem quando a minha mãe estava viva e nem quando ela morreu, que foi quando eu mais precisei de você. - Meu olhou ardeu na hora, olhei bem pra cara dele e sai batendo a porta.

De longe escutei ele resmungando alguma coisa. Sai dali no ódio não esperei a Beca fui andando sozinha eu precisar ficar sozinha poder pensar em paz. 

Pôr do SolWhere stories live. Discover now