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• Fael •

Terminei de passar o álcool nas mãos e fui entrando na sala de cirurgia junto com a Maria, que me olhava toda perdida.

A médica disse que o parto iria ter que ser cesariana porque a Rebeca estava sentada. Ela ainda fez a gente esperar um bom tempo, então nesse tempo eu ajudei a Maria a tomar banho e ainda tomei o meu no banheiro da maternidade mesmo, mas a mulher ficou pistola falando na minha cabeça que não podia.

Meti o loko mesmo e fingi que nem era comigo. A Bárbara chegou todo preocupada e trouxe as coisas da Maria, da nenem e a roupa que eu trouxe pra mim.

Eu estava  todo sujo e a mulher acha mesmo que eu ia ver a minha filha nasce assim, eu hein.

Um tempo depois ela entrou na sala, pediu pra Maria colocar a roupa que é própria pro parto e como eu ia acompanhar também vesti a roupa que os acompanhes usam.

Dei a mão pra Maria que me olhava toda perdida e eu mais ainda vendo toda aquela cena ali namoral. O cara cortava cada camada de pele dele e ela lá nem sentia nada, mas era por causa da anestesia, mas te falar a cena era estranha demais.

Nem vendo o Souza naquela situação toda, me deixou com o estômago assim igual eu fiquei vendo o médico cortando a Maria.

- Você tá bem, pai? - Uma das enfermeiras perguntou.

Fael: Tô sim.

- Se você se sentir mal avisa. - Fiz legal com a mão e voltei a prestar atenção.

Quando eu achei que não ia mais acabar tudo aquilo eu escuto um chorinho todo chorinho pela sala.

Dei um sorriso olhando pra minha pivetinha que chorava nas mãos do médico.

- Quer cortar? - Perguntou e eu concordei, me aproximei e ele me deu o tesoura. Cortei o cordão umbilical e voltei pro lado da Maria.

Fael: Ela é a minha cara. - Passei a mão no cabelo dela e ela deu uma risada fraca.

Mafê: Nem começa.

Os médicos ficaram alguns minutos com ela ali e nem demorou pra virem com ela enrolada em um pano, colocaram ela no colo da Maria e a médica orientou ela como que fazia para amamentar ela.

Mafê: Oi minha princesa. - Passou a mão no rosto dela.

O médico nem deixou ela ali por muito tempo, pegou logo e começaram o processo de novo que era de fechar o corte da Maria, e eu nem tinha mais estômago pra ver isso.

...

Peguei a Rebeca no colo pela primeira vez e foi uma coisa doida mesmo, ela toda calminha me olhando e prestando atenção no que eu falava com ela.

Fael: Tu tá reconhecendo a voz do pai né. - Passei a mão no cabelo dela, ela resmungou um pouquinho, o que fez a Maria acordar e olhar pra gente sorrindo.

Mafê: Meu peito tá vazando, sinal que eu tenho que dar de mamar pra essa chorona aí.

Levei ela até a Maria que tirou o peito pra fora e a Rebeca começou a sugar.

Fael: Nós três agora né? - Ela concordou.

Mafê: Eu te amo demais.

Fael: Eu também te amo pra caralho. - Beijei a testa dela.

Pôr do SolWo Geschichten leben. Entdecke jetzt