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Beca:Você tem certeza que vai fazer isso mesmo Maria? - Perguntou pela décima vez enquanto eu arrumava as minhas coisas.

Mafê: Tenho Rebeca, nessa casa eu não fico mais nem um minuto! - Falei decidida.

Eu tinha passado a madrugada toda acordada pesando no que era melhor pra mim. 

E o melhor era ir embora desse lugar, era horrível pra mim ver o meu pai se envolvendo com coisa errada, e o mais foda e ele acreditar que o Souza vai precisar dele quando conseguir tudo o que ele quer.

Nem sai do quarto hoje pela manhã e o marcos com certeza percebeu que eu não ia pra aula, tanto que ele nem insistiu em me chamar.

Já tinha combinado com o Fael tudo certinho, eu ia pra casa dele e ficar lá, por uns dias até eu conseguir uma casa do morro.

Beca: Tu vai sair da escola Maria? Falta tão pouco pra gente acabar, cara.

Mafê: Sei lá, talvez eu tenha que sair né, com certeza o Marcos vai parar de pagar assim que eu sair dessa casa. Se eu conseguir me virar com o meu salário pra conta, comida e essas parada assim eu continuo na escola, caso contrário... - Olhei pra ela. - Eu me mudo pra uma escola pública, não tenho nenhum problema com isso!

Beca: Vou sentir a tua falta. E namoral, se eu pudesse eu me mudava pro morro também. - Me olhou rindo. - Sei lá, eu já moro sozinha mesmo, da em nada.

Mafê: E por que tu não vai morar comigo então quando eu arrumar uma casa pra mim? Eu ia surta sério! 

Beca: Quero só ver se vai da certo mesmo em, mas eu vou, meus pais nem aparecem aqui direito mesmo é a mesma coisa que morar sozinha. 

Continuei ali conversando com ela e criando mil planos, pra caso desse certo a gente morar juntas mesmo. 

Um tempo depois o Fael mandou mensagem avisando que um dos meninos do morro já estava na parte de trás do prédio me esperando. 

Me despedi da rebeca e foi maior choradeira, mesmo que provavelmente a gente ainda de veja na escola não vai ser a mesma coisa de morar na frente do condomínio dela. Desci com o rosto todo vermelho, o menino me ajudou e a gente foi pro morro.

Cheguei e nem deu tempo de falar nada com o Fael, ele saiu pra trabalhar e me deixou o dia todo sozinha. Acho que era um quase dez da noite quando ele chegou.

Nesse tempo todo o marcos tinha me ligado, bloqueie ele em todas as contas possíveis, não quero contato com ele por meio nenhum!

Fael: Tá com essa cara aí por quê?

Mafê: Cara é tanta coisa acontecendo que eu não sei nem por onde começar.

Fael: Começar pelo começo seria uma boa. - Me olhou fazendo graça mas eu continuei séria o que fez ele voltar a ficar de cara fechada de novo.

Desde o início eu estava disposta a contar toda a verdade pro Fael, mesmo que isso possa dar um problema do caralho. Mas era o melhor a fazer!

Mafê: Eu sei quem matou o seu pai. - Falei sem olhar pra ele.

Fael: Disso daí eu tô ligado, e tô nas meta de pegar esse desgraçado e acabar com ele da pior forma possível!

Mafê: Ele que o morro Rafael! Ele que acabar contigo, ele que a sua cabeça numa bandeja. Tá me entendendo?! - Olhei pra ele que me encarava.

Fael: Como tu sabe dessas parada?

Mafê: Souza, é assim que ele é chamado né? - Ele concordou. - Ele queria que eu ajudasse ele, o plano dele era me usar pra tira tudo, informações, planos, várias paradas sua pra ele usar contra você depois. Ele não sabia que você ia assumir o comando do morro quando o seu pai morreu.

Fael: Tá bom. E como eu vou saber que você não tá do lado dele? 

Mafê: Caralho Rafael, tu acha mesmo que se eu estivesse ajudando ele eu estaria aqui te contando as metas dele? Em? Puta que pariu cara! 

Fael: Tu sabe mais alguma coisa?

Mafê: O meu pai tá ajudando ele nos planos dele, e tem um informante aqui dentro da tua favela!

Fael: Porra é sério essa última parada aí? - Encarei ele sem a mínima paciência ele passou a mão no rosto em negação. - Cara namoral mermo, se eu descobrir que é o x9 daqui eu acabo com ele da pior forma possível pô. Pode ser quem for.

Pôr do SolWhere stories live. Discover now