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Mafê •

Terminei de me arrumar, por milagre que pareça, antes do Rafael, que ainda se arrumava na mó calma. O que já estava me deixando bolada. 

Mafê: Vai casar meu filho? - Gritei do quarto e ele apareceu na porta do banheiro.

Fael: Vou, aliás a gente vai. - Falou me fazendo sorrir. - Vou só trocar de camisa aqui, não gostei dessa não.

Mafê: A não Rafael, vai com essa mesmo cara, eu tô sentada aqui deve ter umas duas horas.

Fael: Tu ficou duas horas no banheiro se arrumando, ainda pediu pra eu prachar o teu cabelo, me atrasou todo, agora tu espera fia.

Bufei olhando pra ele que foi até o guarda roupas e ficou procurando uma camisa pra vestir.

Depois de um tempo pegou uma camisa da lacoste e vestiu, olhei pra ele que estava com uma calça da Nike, e o tênis também e com as correntes no pescoço, todo trajadinho do jeito que eu gosto. Da não, que isso!

Fael: Borá?

Mafê: Ah depois de dez anos né. - Me levantei e a gente foi saindo.

Fael: Isso aí é pra tu vê o que eu passo esperando você se arrumar, quem sabe agora tu não pensa mais antes de me deixar que nem bobo te esperando. - Abriu a porta do carro e eu entrei abrindo a janela.

Mafê: Isso só vai fazer eu demorar mais ainda pra tu deixar de ser bobo. - Dei um sorriso falso e ele negou. Liguei o som do carro e conectei meu celular colocando a primeira música que passava ali, no caso um funk. Até porque é bem difícil encontrar outro tipo de música no meu celular a não ser funk e rap.

Nem demorou muito e a gente chegou na praia, como sempre o Rafael quis sentar no lugar onde não tinha ninguém e a gente foi. Nem demoramos pra achar já que a praia nem estava cheia hoje, tinha poucas pessoas até.

Coloquei meu chinelo e me sentei em cima dele pra não sujar o vestido, Rafael se sentou e já foi logo colocando a cabeça no meu colo e ficou conversando com a minha barriga enquanto a Rebecca ficava todo inquieta na barriga, se mexendo a cada palavra que o pai falava.

Vive me rejeitando ela, vê se pode, a criança nem se mexe direito quando eu falo com ela, mas é só a voz do Rafael aparecer, nem que seja de longe ela já começa a se mexer.

A criança me rejeita desde a barriga, lamentável viu.

Mafê: Ai minha barriga. - Resmunguei de dor passando a mão nela e o Rafael me olhou todo assustado.

Fael: Vai nascer agora? - Falou todo assustado e dei risada.

Mafê: Não, eu hein. É que hoje resolveu ficar inquieta cara, cada chute que ela da aqui. Tá querendo ser jogadora de futebol, né possível. - Falei toda calma e ele respirou fundo me fazendo rir.

Fael: Tu tem problema de cabeça né?!

Mafê: Eu não, você que fica aí se assustando á toa.

Fael: Tu tá pra ganhar neném qualquer dia desses e vira pra mim me dando um susto desses. Parece doida. - Dei risada negando com a cabeça. Posso nem mais reclamar de dor, eu hein.

Ele continuou reclamando ali, falando que eu fico assustando ele e eu só dando risada da cara dele, nem fiz nada de mais pô, ele que se assusta á toa. Ala.

Mafê: E se eu te falar que eu tô com fome.

Fael: Estranho é tu falar que não tá com fome né fia.

Mafê: Ué, eu tô comendo pra mim e pra Rebecca, tenho que tá com fome mesmo, só vai piorar quando eu estiver amamentando. - Ele dei risada negando e eu apertei o rosto, já sabendo que ele iria reclamar porque ele odeia que faz isso.

Fael: Tá ligada que eu te amo né.

Mafê: Tá falando comigo ou com a nossa filha?

Fael: Com você, mas eu amo ela também. - Dei um sorriso toda boba mesmo e ele se inclinou me dando um beijo.

Mafê: Eu também te amo, tu não tem noção do quanto eu te amo. Serinho.

Pôr do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora