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Fael

Tem mó cota essa parada do meu pai e da minha irmã, mas toda vez que eu lembro me dói como se fosse hoje tá ligado? Só quem já passou por isso sabe a dor que é!

Eu sempre me inspirei no meu pai, por mais que ele fosse da vida errada, ele foi e sempre vai ser a minha maior inspiração. O cara era forte pra caralho. 

O Souza matou ele da pior forma possível, na frente da minha mãe e dos meus irmãos, tudo começou quando o meu pai se envolveu com a mulher do Souza, ela jurou ser sozinha pro meu pai, nessa questão aí eu não passo pano mermo.

O cara com a minha mãe dentro de casa procurou outra na rua.

O Souza descobriu e foi aí que tudo começou, ele sempre quis o morro e quando descobriu que o meu pai, o amante da mulher dele era o dono daqui, ele juntou tudo e acabou com o meu pai.

Ele abusou da minha mãe na frente da minha irmã e do meu pai, dessas ideia aí veio o Caike que eu considero pra caralho, o moleque odeia o Souza de um jeito!

E nem fui eu quem ensinei!

Era sempre assim, sempre que alguém me lembrava da minha irmã ou do meu pai eu ficava mal, descontava o minha dor e meu ódio tudo nas drogas, era melhor do que eu descontar em alguém.

Puxei mais uma carreirinha que estava ali na mesa e continuei fumando meu verdinho enquanto olhava a foto de toda a minha família junta, de quando eu ainda era pivete.

Eu era feliz pra caralho e não sabia! 

Eu ia acabar com o Souza da pior forma. Ele e o Gabriel eram os mais fodidos na minha mão. O Gabriel é outro, porra seu pegar esse cara! O filho da puta tentou me apagar três vezes.

Quando a Maria falou pra mim que ele era filho do Souza meu ódio por ele só aumentou!

Sai do transe quando ouvi a porta da sala do primeiro andar se fechar, deixei meu cigarro ali e desci vendo a Maria parada mexendo do celular.

Fael: Tu tava aonde?

Mafê: Ah, eu tava na praça com a Bárbara. Não tinha nada pra eu fazer acabou eu fui. Cê tá bem?

Fael:
Tô! 

Mafê: Não parece, cê tava usando droga né?

Fael: Não te interessa não!

Mafê: Eu só quero te ajudar cara, eu vi que você ficou mal depois do que eu te falei.

Fael: Eu não preciso da tua ajuda e nem da ajuda de ninguém Maria, não tem nenhum coitado aqui não pra você ficar com dó de mim! - Falei auto.

Mafê: Eu não tô dizendo que você é coitado Rafael! Eu só estou tentando te ajudar, olha o seu estado cara! Deixa eu te ajudar, por favor! - Falou se aproximando.

Ela se aproximou e parou na minha frente e sem falar mais nada me abraçou, fiquei sem reação nenhuma, só parado, mas depois comecei a passar a mão no cabelo dela e sentia aquele cheiro de perfume doce pra caralho que ela usa.

Acabou que a gente subiu pro meu quarto e eu me joguei na minha cama, vendo ela me encarar.

Mafê: Usar isso não vai ter ajudar em nada! - Falou jogando toda a cocaína que estava ali na mesa do meu quarto no chão.

Fael: Isso é caro mano!

Mafê: Vai tomar um banho vai, tu tá só o cheiro de maconha.

Fael: Eu tava usando né, tu quer que eu fique como?

Mafê: É sério Rafael, vai!

Encarei ela serinho e acabou que fui, tava precisando demais de relaxar.

Fael: Vai dormi aqui comigo? - Falei assim que sair, e ela me olhou negando. - Chata.

Mafê: Hm, tô indo pro meu quarto. - Fez aspas com a mão. - Qualquer coisa me chama, fica bem tá! Boa noite. - Mandou beijo no ar.

Ela saiu dali e fechou a porta do quarto, vesti só uma cueca mermo e ligue o ar. Me joguei na cama e nem vi quanto tempo eu levei pra dormir.

Pôr do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora