Pôr do Sol

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 • Mafê •

Passei o dia todo tentando não descontar a minha raiva na única pessoa que gosta de mim naquela escola. A Bárbara! A Beca tinha faltado então estava só nós duas.

Depois da aula eu e ela subimos juntas pro morro, eu tinha começado a trabalhar fazia uma semana. E de cara como sempre tem que ter alguém que não gosta de mim no lugar. '

Uma tal de Agatha nunca nem vi, Fael pegava ela, ou pega, sei lá. E aí claro ela tá de gracinha pro meu lado por causa dele. A menina faz de tudo pra me tira do sério.

A Bárbara foi me distraído falando vários assuntos e eu tava até mais calma, chegamos quase perto da entrada do morro e tinha vários policiais ali da UPP.

- Vocês moram aqui? - Falou olhando pra Bárbara.

Bárbara:A gente mora aqui... Por quê? - Falou calma

- Nada, só vistoria como sempre.

-Eu conheço ela Sargento Mendes. - Olhei o homem se aproximar e vi que era oGabriel. - Tá fazendo o que aqui?

Mafê: Eu não te devo satisfações, eu hein.

Gabriel:Aqui pra você é sargento Souza. Vou repeti a minha pergunta, você está fazendoo que aqui? 

Mafê: Meu bem você não é do Bope, eu que te pergunto o que você está fazendo com o pessoal da UPP?

Gabriel: Só estou de passagem, encontrei com eles e parei aqui.

Bárbara:Deixa os meninos saber que tem gente do Bope aqui pra ele ver. - Falou baixo.

Gabriel: É o que?

Bárbara: Nada... - Olhou pras unhas.

Gabriel: Eu escutei, não precisa fingir.

Bárbara: Perguntou por que então em?

Gabriel: Você sabia que eu sou autoridade aqui né.

Mafê: Olha Gabriel... Faz o teu viu, ela mora aqui, quem tá invadido a área dela é você...

Gabriel: Tá defendendo bandido agora é Maria? - Olhei pra Bárbara que abriu a boca para falar algo mais eu puxei ela. - Teu pai sabe?

Mafê: Toma conta da porra da sua vida, fazendo favor.

Gabriel: Olha o desacato Maria, olha o desacato... - Riu debochando e eu entrei no morro.

Bárbara: Conhece ele de onde?

Mafê: É filho do amigo do meu pai, aquele que meu pai me obriga a ficar com ele porque quer subir de cargo lá na empresa.

Bárbara: Credo, investe no Fael tá, porque aquele ali é feio. - Falou rindo. - E você tá com o Fael?

Mafê: Não... A gente só ficou aquele dia lá. - Falei parando em frente o postinho.

Bárbara: Entendi, e como tá sendo trabalhar com a cobra da Agatha? Porque olha eu já tinha matado ela enforcada com aquele jaleco que ela anda por aí com se fosse um diploma, e nem pode viu..

Mafê: Eu tô de boa né, finjo que nem conheço.

Bárbara: Se você quiser ajudar pra bater nele me chama viu. Tô indo porque eu tenho que limpar casa e daqui a pouco eu tenho ir trabalhar.

Me despedir dela e entrei, passei pela recepção e dei bom dia pras meninas que estavam ali entrei na sala onde a gente fica e me troquei, passei álcool nas mãos e sai indo fazer as minhas coisas.

Eu faço de tudo um pouco ajudo as tanto na recepção quanto na parte de ajudar a cuidar das pessoas, mas a minha área mesmo e fazer curativo e cuidar da área infantil. 

É óbvio que eu não indico medicamentos pra ninguém, eu nem sua doida. 

E até legal ficar aqui, bem melhor do que em casa sem fazer nada.

Agatha: A chaveirinho do Fael chegou... - Falou assim que passou por mim.

Mafê: O Agatha eu vou te manda o papo namoral, eu não estou com paciência, eu tô louca pra voar na cara de um e arranha a pessoa todinha. Desfigurar mesmo, sabe? Pra acabar com a minha raiva, então se você não quer ser essa pessoa fica calada e finge que nem me ver quando eu passar tá ok?!

As meninas olharam pra gente e eu sair andando dali indo pro quarto de uma das meninas que estava cuidando. Geral já percebeu ali que a gente se odeia.

Mafê: Oi meu amor... - Falei com o Gabi.

Gabi: Oi tia, eu senti a sua falta.

Mafê: Eu também meu bem.

Gabi é filha do Z4 um dos vapor daqui, tem cinco anos, ela tá internada a três dias por conta de uma crise de asma, mas amanhã já recebe alto. E te falar, eu vou sentir uma falta dela...