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Mafê: Eu não sei se eu tenho certeza não deu pra ouvir direito o que eles falavam,mas parece que eles não estão sozinhos, além de ter a ajuda não só sargentoGabriel que é filho do Souza, eles também tem a ajuda de uma facção grande poraí.

Fael: Calma aí, o Gabriel, o sargento do Bope é filho do Souza?

Mafê: Uhum. - Murmurei. - Você conhece ele?

Fael: Eu odeio esse cuzão de uma forma que tu não tem ideia. Ele tentou me matar três vezes, aqui no morro mermo tá ligada? Aqueles tiros que eu tomei de raspão que tu até cuidou de mim, foi ele pô. Eu fique frente a frente com aquele filho da puta mais ele foi mais esperto do que eu.

Mafê: Os dois querem te ver morto da pior forma possível, o emocionante é que até eu tô jurada de morte agora né, lindo! - Falei debochando da situação pra não chora né.

Fael: Eles te ameaçaram?

Mafê: Eles disseram que seu eu não ajudasse eu e você íamos acabar igual o teu pai e a tua irmã.

Fael: Tu tá do meu lado agora, ninguém vai te fazer nada não, bota fé? - Concordei que sim com a cabeça. - Eu vou acabar com o Souza, com o Gabriel e mais quem tiver junto deles!

Mafê: Até com o meu pai? 

Fael: Ele tá ajudando eles não tá?! Então, quem tentar contra mim vai se foderbonitinho, junto com eles.

Independente de qualquer parada ele é o meu pai, e nem um filho que ver o pai morrer.

Assim como o Fael busca vingança pela morte do pai dele mesmo ele que vivia fazendo coisa errada, eu também não queria ver o meu pai morto

Fael: Eu já tenho em mente umas ideia pra pegar o Souza, a mó cota eu venho traçando esses planos, assim como ele também tem o informante dele eu tenho o meu. Vou tratar de descobrir quem a facção que tá com ele nessas fita e cai pra dentro!

Concordei com a cabeça e continuei ali sentada no sofá, era muita informação pra minha cabeça. Eu não sabia nem o que fazer na verdade.

Tomei um banho e aproveitei pra tomar um remédio, minha cabeça estava estourando. Me deitei ali na cama do quarto de hóspedes e fiquei pensando em tudo. Outra parada que eu também não sei é se eu vou sair da escola, só falta três meses pra eu acabar.

Condição pra pagar eu tenho, o que eu não tenho é segurança. Eu tô jurada de morte. Como que eu saio do morro pra ir pra pista estudar, esse que é o foda.

Fiquei conversando com as meninas no grupo pra ver se o tempo passava mais rápido já que eu não estava com nem um pouco de sono.

Rafael se trancou no quarto e não saiu de lá mais, aposto que estava usando droga. Por mais que tenha bastante tempo, tocar no assunto do pai e da irmã dele mexe demais com ele e eu percebi isso hoje. 

O quanto o olhar dele mudou quando eu falei dos dois, eu fiquei com tanta vontade de dar um abraço nele.

De fim acabou que eu decidir andar á toa na rua com a Bárbara, ela me chamou e eu aceitei. Vesti uma blusa de frio grande por cima da minha roupa de dormir e sair vendo a Bárbara na porta da casa do Fael.

Mafê: Cara são duas da manhã e nós tá como? - Falei caminhado até ela.

Bárbara: A Rocinha nunca dormi minha filha, pode ser a hora que for sempre vai ter alguém nas ruas. Por exemplo agora, tem duas malucas, que no caso é a gente é mais um monte de pessoas num pagode que tá rolando ali na praça. Vamo lá?

Mafê: Eu tô parecendo uma maluca com essa roupa Bárbara, tu é lesa, que eu vou?!

Bárbara: Amor se você não percebeu eu tô de roupa de dormi também tá. - Falou e olhei pra ela que estava com um calça de moletom cinza e um cropped de renda, desses de dormir mesmo, mas geral usa pra sair.

Mafê: Bárbara, olha a roupa que você está, tu tá arrumada, eu tô com uma blusa de frio enorme e uma pijama de unicórnio, olha a diferença. - Falei rindo, enquanto a gente se aproximava da praça onde tinha várias pessoas.

Ph: Acho que seis vieram pro lugar errado. 

Mafê: Por quê? - Paramos na frente dele, onde estavam mais uns cinco meninos.

Um mais gostoso do que o outro!

Ph: A festa do pijama não é aqui não pô.

Bárbara: Te foder, tu já foi hoje Pedro Henrique!

Ph: Ih, gosto que me chama assim não, parece que eu fiz merda namoral. - Falou rindo e eu aproveitei a distração pra pegar o copo de bebida dele.

Mafê: O que tem aqui dentro? 

Ph: Corote de limão, suco de maracujá, gelo de coco e uma dose do whisky porque o pai é forte!

Olhei pra ele rindo e tomei um gole da bebida dele, que tava forte pra caralho, mas eu ia tomar mesmo assim por que eu preciso esquecer meus problemas.

Bárbara: Cadê o Lucas? 

Ph: Lá. - Apontou pra roda de samba que tinha, ele estava ali no meio bebendo.

Mafê: Pega carne lá pra mim.

Ph: Porra, seis é chata demais. - Levantou e foi indo em direção a churrasqueira.

Nem demorou e ele voltou com um prato de carne lotado e mais um copo de bebida pra ele já que eu tinha ficado com o dele.

Pôr do SolWhere stories live. Discover now