CAPÍTULO 08

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~ Antônio Zeebur ~

Antônio já estava cansado de ler, seus olhos já estavam ardendo e ele precisava dormir. Ele levantou de sua cama e arrumou suas coisas, logo em seguida foi para a cozinha, pegou um copo água e bebeu. Dando dois passos até a janela, percebeu que a noite estava linda. Antônio caminhava lentamente observando as estrelas. Ao olhar para baixo notou o quão bonita as estrelas ficavam refletidas na água da piscina. Ficava linda a noite com as luzes submersas. De início ele achou que iria ser difícil exergar as estrelas em Washington, mas não foi, o céu era tão bonito quanto em Ohio.

— Essa piscina é enorme, deve ser bem funda também. — Disse ele pensando em voz alta.

Antônio estava destraído demais, a beleza da piscina era quase hipnotizante. Um cachorro saiu correndo de trás do arbusto e pulou em Antônio. Ele o lambia e demonstrava querer brincar, então foi o que ele fez, em sua coleira estava escrito “Summer”, o que queria dizer que provavelmente era seu nome. Ele era lindo e Antônio estava encantado com tamanha fofura. O garoto estava muito destraído, dando um passo para trás não pode evitar. Com um leve descuido, seu mundo rodou, então percebeu que estava perto de mais da borda da piscina, e isso o fez escorregar na água da borda e cair dentro daquela piscina funda.

Ela realmente era muito funda e Antônio não sabia nadar, a piscina era tão funda que dava duas pessoas da estatura de Antônio uma em cima da outra. Ele agonizava pedindo socorro enquanto afundava lentamente. Seu ar havia acabado, e isso estava o afogando. Lentamente estava indo para fundo, até que sentiu suas costas baterem no fundo, ele estava quase inconsciente e não conseguia nadar de volta para a superfície, não sabia como.

~ Arthur Barnatt ~

Aquilo era realmente intediante para Arthur, mas seus amigos poderiam salvá-lo daquele tédio naquele dia ao irem até a Lux Party, simplesmente a melhor boate dos Estados Unidos. Porém, havia um “porém” nessa festa, e se chamava Taylor. Arthur não a suportava, era a maior vagabunda da escola e todos sabiam disso, era tão esnobe e se achava a abelha rainha. E na verdade era. Em sua opinião era melhor ir para balada com Taylor no mesmo ambiente do que ficar em casa numa segunda-feira.

Arthur levantou da poltrona de seu quarto e pegou uma toalha, tirou a camisa e estava preparado para tirar a bermuda quando ouviu um barulho vindo da piscina. Ele pensou de imediato que fosse Summer, mas ela sabia nadar, só não sabia sair da piscina por ser pesada. Então Arthur colocou a cabeça para fora da janela para ver o que estava acontecendo. Ele viu por um fio de segundo, uma cabeça e uma mão afundando na piscina, e ao lado Summer latia sem parar. Arthur percebeu que alguém se debatendo enquanto afundava até emergir completamente.

Arthur não pensou duas vezes e saiu de seu quarto pela porta em direção a cozinha, ele estava desesperado, alguém estava morrendo e ele precisava ajudar. Com a velocidade que desceu as escadas sem cair poderia se considerar um super herói. Ele ao ver a piscina pulou sem verificar nada antes e nadou até o fundo, então viu um garoto magro sendo pouco iluminado pela luz do fundo da piscina, dando ao seu cabelo castanho - um tanto loiro também - um contraste de labaredas em uma fogueira.

Ele pareceu parar de se debater estava apenas parado no fundo de olhos vermelhos. Estava totalmente sem forças e provavelmente já tinha desistido de pedir ajuda por causa do tamanho da casa. Arthur nadou até o fundo e imediatamente agarrou o garoto, ele tentava desesperadamente levar o garoto a superfície para que respirasse e não morresse afogado, Arthur logo pensou na possibilidade de ser algum dos filhos do novo empregado da casa. Por alguns segundos o garoto abriu os olhos novamente, mas pareceu ter apagado de vez. Por favor, que você não tenha morrido! Pensou ele desesperado saindo da água.

Com muita luta, finalmente eles saíram da água e Arthur gritou alto chamando por ajuda. As luzes da casa acederam e ele deitou o garoto na borda da piscina, ele estava começando a ficar azul, tinha muita água dentro dele e morreria de hipotermia se não morresse afogado. Arthur aprendeu muitas manobras de emergência, então tentou fazer uma massagem cardíaca em seu peito, mas ele não reagia parecia estar morrendo.

— Meu Deus, não morre por favor garoto. — Suplicou Arthur totalmente desesperado.

Sem resposta alguma, Arthur não viu outra alternativa, tinha que fazer isso. Respiração boca a boca e massagem cardíaca fizeram o coração do garoto voltar a bater. Com alguns instantes ele sentou e cuspiu muita água, ele poderia ter secado a piscina caso ficasse mais alguns minutos no fundo. Arthur chutava que ele tinha engolido uns 3 litros de água.

— Graças a Deus você está vivo. — Disse Arthur aliviado. — Ei, você está bem?

— Sim...

~ Antônio Zeebur ~

Ele estava recuperando aos poucos seus sentidos, sua cabeça parecia que iria explodir. Ele viu o tanto de água que vomitou e então acreditou que quase morreu. Ele voltou a vida graças a... David. Ao perceber que quem o salvou foi o babaca chamado David preferia internamente mil vezes ter morrido, ao menos assombraria seus belos sonhos.

— Você? Me solta! — Disse Antônio se afastando ao mesmo tempo que empurrava David. Ele sentou no gramado e David parecia confuso. — Não vou perdoar você, David, só porquê me salvou da piscina, vai tirando seu cavalinho da chuva.

— Eu não sou ele, sou o irmão gêmeo dele. Meu nome é Arthur, e o seu?

— Não vou cair nessa, inventa outra desculpa, fica longe de mim! — Gritou Antônio de volta. Ele estava sentindo seu estômago revirar por ter sido salvou por David, o maior babaca do mundo.

David de repente surgiu atrás do olhar preocupado de Arthur, ele estava rindo como se o que tivesse acabado de acontecer fosse uma piada. Imaturo de mais, poderia ter sido ele. Ele bateu palmas e se aproximou de ambos que agora o olhavam incrédulo.

Até a Próxima!

Um Último MinutoWhere stories live. Discover now