CAPÍTULO 64

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~ Antônio Zeebur ~

— Eu cansei de você. Esqueça que é meu irmão, idiota! — Gritou Gabriella o agarrando pelo pescoço com força.

— Para de ser encipta, sua vaca!

Ele estava começando a sufocar e não tinha uma forma de tirá-la de cima dele sem agredi-la. Antônio a puxou pelo cabelo com força e mexeu os quadris para jogá-la no chão. Novamente, rolavam no chão da sala como dois animais. A coisa estava ficando feia e a sala estava mais que destruída, estava aos cacos. A porta foi aberta com rapidez e Francisco tomou conhecimento da situação. Ele com a maior agilidade tentou separar os filhos, mas pareciam dois cães brigando por um osso.

Seus gritos eram ouvidos a uma longa distância, inclusive na mansão. Arthur surgiu pela porta e ajudou Francisco a separá-los, ele segurava Antônio pela cintura enquanto Francisco segurava Gabriella. Ambos estavam dominados de ódio. Antônio mal percebeu quem o estava agarrando para que o impedisse de ir pra cima de sua irmã novamente. Francisco sentia dificuldade em segurar a filha, não sabia de onde ela havia arranjado tanta força.

— EU VOU ACABAR COM SUA VIDA! — Gabriella gritou e tentou se soltar do aperto de seu pai. — VOU TE FAZER CONHECER O INFERNO MAIS CEDO!

— Ah é? Vem aqui então, valentona! — Desafiou Antônio se debatendo.

— PAREM COM ISSO AGORA! — Francisco gritou alto assustando ambos. Antônio respirou fundo e relaxou o corpo, esse gesto fez Arthur confiar que podia soltar seu aperto. — O que vocês acham que estavam fazendo? Ficaram malucos?

— A sua filha mimada que me ataca todos os dias nesse inferno. Eu não tenho um dia de trégua, se eu respiro é incomodo suficiente pra você, linda? — Antônio debochou de sua irmã e riu.

— Você que é uma puta! Se vende por qualquer miséria. — Rebateu Gabriella. Ele sentiu o sangue escorrer de sua boca e mostrou os dedos médios a ela.

— A única puta aqui é você! Se não passasse tanto tempo fodendo com os caras ricos da escola talvez soubesse quanto é 2X2. — Respondeu Antônio com ódio.

Gabriella tentou se soltar de novo e Francisco apertou com mais força. Ele estava incrédulo com o que os filhos diziam um ao outro, nunca havia os visto daquela forma e começava a pensar ser sua culpa.

— Calma, Toni! Por favor? — Pediu Arthur com cautela. Antônio o olhou e sorriu da forma mais natural que pode.

— Estou calmo, você ainda não me viu maluco.

— Acabem com isso agora! — Ordenou Francisco. — Vocês são irmãos, caramba! Eu não os criei para depois se matarem por besteira. Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?

— Gabriella acha que estou saindo com David porquê estamos namorando. Mas olha o plot-twist, nós não estamos juntos e somos apenas quase amigos! — Disse Antônio da forma mais culta possível. — E todos os dias eu tenho que aguentar piadinhas vindo dela, indiretas e grosserias como se eu tivesse feito algo errado.

— Você acha que eu não sei suas intenções? Quer se aproveitar dos Barnatt, afinal, fica pegando os gêmeos só pra ver quem é melhor de cama!

— Você lave sua boca pra falar de mim porquê eu não sou como você!

— Eu vi vocês dois se beijando há algumas horas no jardim, eu vi tudo.

— David me beijou, não veja coisa onde não tem. — Disse Antônio gesticulando. — Quer saber? Eu tô fora. Não fale mais comigo. — Ele saiu andando pela porta e Arthur foi atrás dele.

Um Último MinutoWhere stories live. Discover now