CAPÍTULO 14

209 48 0
                                    

~ David Barnatt ~

Naquela noite após a festa e ter transado com cinco garotas diferentes, David foi para casa e chegou no horário próximo às 03hrs16min, ele não ligava para horários, não importava o horários que chegasse em casa, iria levar bronca de qualquer jeito de Tânia. Ele dormiu se afogando na nuvem de idéias para levar Antônio para cama, ele queria aquele carro e se tornou uma meta de vida tomar o carro de Louis para si e ganhar aquela aposta. Não seria difícil, não é? David havia bebido tanto que ao acordar de manhã sua cabeça parecia estar rodando em milhões de voltas a uma rápida velocidade. Ele estava bem tonto, mas valeu a pena.

Ele tentou levantar o mais devagar possível, sua cabeça parecia querer estourar, levantar rápido apenas pioraria a situação. David nem cogitou a ideia e abrir a janela, seus olhos iriam se machucar caso fizesse, seu quarto estava frio e em um profundo breu. David tirou sua cueca box e ficou pelado se admirando no espelho, além de se orgulhar com o peito estufado do pênis abençoado que tinha entre as pernas. Seu narcisismo era invisível a si mesmo. Ele pegou uma toalha e colocou no ombro enquanto ia para o banheiro. Porém, teve que parar ao ouvir seu iPhone chamar, então foi verificar para silenciar logo o som que perturbava seus poucos segundos de paz.

Quem o chamava era sua mãe, o que não fazia sentido. Ela poderia subir e bater na porta, mas ele não sabia o que era pior, acordar com batidas na porta ou acordar com o celular tocando ao seu lado gritando que alguém o ligava.

— Alô, mãe?

Até que enfim acordou, bela adormecida nesse momento procura novo emprego.

— Agora não posso mais dormir em paz?

Olha como fala, seu mal-criado. Eu cansei de bater na porta do seu quarto e você não levantar, minha última tentativa é o seu celular que não larga pra nada.

— O que foi? Descobriram uma herança na qual sou o único herdeiro?

Não seja babaca. Se arrume logo, você está atrasado para a escola. Arthur levantou faz muito tempo.

— Okay, mãe. Estou descendo, não precisa fazer drama dona Tânia.

Que você não me falte aula hoje, ouviu? Está merecendo uns tapas.

— Uhum, tchau.

David desligou o celular e o jogou sobre a cama. Ele seguiu para o banheiro e tomou seu banho matinal, escovou os dentes, se masturbou, depois jogou tudo que saiu dele dentro do vaso sanitário, em seguida tomou um banho no chuveiro. Gostaria de um banho descente na banheira, mas quem disse que ele conseguiria ficar pronto a tempo, acabaria cochilando. Enquanto David se enxugava no quarto olhando para o seu uniforme do colégio, lembrou da noite anterior onde transou com garotas diferentes, beijou outras no canto escuro da balada, e também lembrou do seu desafio: a aposta com Louis.

Ele negou com a cabeça enquanto sorria maliciosamente. Que forma melhor de humilhar o nerd do que gravar ele com o seu pênis na boca? David pegou seu uniforme sobre a cama e começou a vesti-lo, primeiro sua cueca azul, era dia de natação e devia tomar cuidado com as cores que vestia por baixo, branco o deixaria transparente e preto não mostraria seu volume avantajado, então usava o azul que deixava bem marcado. Depois de alguns minutos ele conseguiu arrumar o próprio pênis dentro da cueca, mesmo sem excitação ele media 17cm, era bem grosso também o que dificultava na hora de usar cuecas. – no colégio era obrigatório usar roupas íntimas, talvez medo que um aluno acabasse engravidando uma aluna, nunca saberiam ao certo.

Ele pensou bem antes de por a camisa do uniforme, mas por fim a colocou no ombro e decidiu colocar apenas depois do café quando estivesse a caminho de Saint Mary, quem sabe assim não ganharia pontos suficientes para ficar mais fácil transar com Antônio. Assim que o nerd chato me ver sem camisa, vai pirar. Antonnie que me aguarde, disse David internamente e depois pensou um pouco: Não, é Antônio. Foda-se o que importa é que eu vou ganhar aquele carro.

David pegou a mochila e o celular, depois saiu do quarto indo até o elevador. Era mais fácil do que descer as escadas e também o elevador dava acesso direto a entrada da cozinha. Ao chegar na cozinha e tirar os olhos do celular David notou que estavam a mesa Arthur, Tânia e sua irmã mais nova: Vânia. Eles tinham uma boa relação, nunca brigavam com frequência, no máximo algumas farpas mas eles se entendiam.

— Fazia tanto tempo que eu não te via que quase senti saudade. — Disse David beijando a bochecha da irmã.

— Own, se você quietasse o rabo dentro de casa me veria com mais frequência. Porém, eu também sinto falta de vocês, é bom sentar e comer juntos na mesa, faz tempo que não fazemos isso. — Retrucou ela. Ao soltar o irmão percebeu que não estava vestido adequadamente. — Esqueceu como se usa camisa? Põe esse negócio, não mereço ver essa visão satânica na minha frente.

— Eu hein, eu sei que eu sou gostoso mas assim ofende. — Respondeu David colocando sua farda do colégio. — Senti sua falta sim, também.

Tânia, Arthur e Vânia envolveram David em um abraço. Por mais que quisesse negar, ele gostava dos abraços em família, se sentia bem. Nunca diria em voz alta, mas o seu apego naquelas pessoas era grande.

— Tudo bem, o momento em família estava ótimo, mas precisamos comer para ir até o colégio. — Disse David se desvencilhando e sentando a mesa como todos fizeram em seguida.

Enquanto tomava café, David imaginava uma forma de se aproximar de Antônio de forma cautelosa e discreta para não levantar suspeitas. Seu café da manhã foi devorado em um piscar de olhos, e a cafeína pareceu tirar um pouco de sua dor de cabeça. Ao terminar o café, ele foi até o quarto novamente e pegou um tênis preto, não podia ir com o tênis de outra cor, caso contrário não entraria, ainda mais por ele não ser um dos alunos preferidos do colégio, qualquer coisa era motivo suficiente para suspensão quando se tratava dele, por mais que fosse o terceiro dia de aula, todos o conheciam.

David queria ter conseguido falar com Antônio, assim poderia ir já sondando terreno para preparar sua área. Não via a hora de acabar com tudo aquilo e ter em mãos as chaves do seu carro. Caso pedisse a sua mãe, ela o daria um zero km, mas ele queria conseguir sozinho. E sua mãe também provavelmente iria tirar o carro no primeiro deslize de David, e ele não estava afim de ser controlado novamente como se tivesse 15 anos. Ele saiu do quarto e pegou as escadas dessas vez para ir logo em direção ao portão, assim chegaria logo no colégio. Se David não fosse ou se atrasasse, provavelmente Tânia cortaria seu pescoço fora.

Até a Próxima!


Um Último MinutoWhere stories live. Discover now