CAPÍTULO 35

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~ David Barnatt ~

Quando David foi mais a frente em uma tentativa de colar seus lábios nos de Antônio de forma calma, foi empurrado de forma brusca. David com o impacto caiu sentando no chão. O rosto de Antônio estava vermelho e David estava confuso tentando entender porquê havia tentado fazer uma barbaridade como aquela. A frente de David, estava Antônio com o olhar tremendo e sua respiração ainda ofegante.

— Ficou louco? É a segunda vez que você faz isso! — Exclamou Antônio irritado por quase ter sido beijado pelos lábios de David. — Olha, eu não sei onde você pretende chegar com essas investidas.

— O problema é esse! Nem eu sei, Antônio! — Exclamou David levantando do chão. — Que raiva de não saber o quê fazer.

— Se tentar isso mais uma vez pode esquecer que eu existo.

— Foi mal, tudo bem? Eu não sei o que está rolando comigo!

— Eu também não e muito menos quero descobrir, mas tenho certeza que está ficando maluco. Vou para casa, e não tente vir atrás de mim. — Disse Antônio convencido. Ele passou por David e abriu a porta com violência. Em sua saído, pode ouvir o estrondo da porta soar a dezenas de quilômetros por causa do eco no auditório.

Que caralho eu disse? Acho que estou mesmo endoidando, não é possível! Pensou David indo até sua bolsa. Ele estava a ponto de desejar a morte de Antônio, estava fora de si enquanto conversavam e isso o matava interiormente. Antônio estava mexendo com sua cabeça a ponto de deixá-lo maluco. Ao menos não havia falado alguma mentira, exceto pela parte de Gabriella estar gostando de Arthur. Antônio podia até não ter acreditado, mas com certeza ficaria com uma pulga atrás da orelha.

Porém, caso Gabriella estivesse apaixonada por Arthur, não seria ruim, na verdade iria ser como matar dois coelhos em uma cajadada. Arthur não iria ligar para Antônio, e David poderia sondá-lo até que cedesse e o desse o que precisava. Sua inocência. David estava começando a ter pena do irmão, ninguém merecia sair com uma garota chiclete que falava mais do que seus ouvidos podiam suportar.

Antônio nunca deveria ter entrado em sua vida, muito menos saído de Ohio. Sua vida era perfeita antes dele e a família Italiana de merda se mudarem para Washington, ou pior, para sua casa, seu território. Assim que ganhasse a aposta de Louis faria algo que fizesse Francisco ser demitido, ele estava pouco se fodendo se eles passariam dificuldade. Pensassem nisso antes de terem entrando e estragado sua vida perfeita. Como se não bastasse arruinar tudo, agora estava contaminando Arthur e o transformando em um gay. Se pudesse, teria matado Antônio para se livrar logo dele.

~ Antônio Zeebur ~

A conversa que teve com David foi exausta e o desgastou completamente. E sua tentativa de beijá-lo só piorou a imagem ruim que Antônio já havia dele. Era estranho como David conseguia deixar Antônio irritado com facilidade. Ele detestava isso. Odiava David. Estava disposto a ignorá-lo pelo resto da vida. Porém, havia um assunto que Antônio não sabia o fundo de verdade, e se realmente tinha uma verdade. Gabriella e Arthur. Precisava checar para ter certeza que Gabriella não estava sendo usada. Não por Arthur, ele confiava em Arthur. E sim, por David. De alguma forma precisava descobrir a trama por trás de David.

Antônio chegou em casa e foi direto para o banheiro depois de não sentar na mesa com o pai e a irmã. Havia ido para o quarto com sua cabeça explodindo de dor de cabeça. Seu banho não demorou mais do que cinco minutos, apenas precisava se refrescar do calor que estava fazendo naquele início de noite. Quando ele colocou os óculos notou que haviam mensagens em seu celular, dentre elas, algumas de Gabriella, Arthur e outras pessoas. Só então Antônio percebeu que não havia visto Arthur aquele dia, nem ao menos se cruzaram no colégio.

barnatt.summer: Hey, Bom dia! — 08:20.

delagarza_3: Oiê, boa noite! Não vi você hoje no colégio o dia todo, você está bem? — 19:47.

Antônio abriu sua gaveta do guarda-roupa e tirou seu pijama. Estava sem planos de sair. Como sempre. Por isso, sua melhor opção era ficar confortável. Antônio pegou suas pantufas e se jogou na cama, quando ligou a tela do celular tinham duas mensagens de Arthur.

barnatt.summer: Hey! Estou bem. Achei que estivesse bravo comigo, ou algo assim. — 19:50.

Antônio franziu o cenho em estranheza, não fazia a mínima ideia do que seu amigo falava.

barnatt.sunmer: Tive um dia cheio, e voltei a treinar com o time do colégio. Depois da aula fui para o treino. David brigou com o técnico, mas não tomou punição, segundo ele: era uma “emergência”. — 19:51.

delagarza_3: Que bom que está bem. Seu irmão é pirado. E paranóico. — 19:52.

barnatt.summer: Sim, muito! Hahahaha. — 19:52.

delagarza_3: Por que achou que eu estivesse zangando com você? — 19:52.

barnatt.summer: Eu passei por você e te chamei quando estava na escadaria. Você não me respondeu e nem olhou pra mim, achei que estivesse zangado. Meu irmão chegou e vocês começaram a conversar e eu achei melhor não atrapalhar. :( — 19:53

delagarza_3: Me Desculpe. Eu não vi e nem ouvi você. David me assustou, eu estava de fones de ouvido. — 19:53.

barnatt.summer: Sério? Não está bravo comigo? — 19:53.

delagarza_3: Não tenho motivos pra estar. ;) — 19:55.

barnatt.summer: Que bom, fico aliviado. Então dá próxima vez eu posso assustar você? — 19:55.

delagarza_3: Nem pense nisso! Só não matei seu irmão porquê tinha que ir para a aula, hahahahahaha. — 19:55.

barnatt.summer: Quais as novidades? — 19:56.

delagarza_3: Sobre a entrevista não tive retorno ainda. Porém, as audições dos pré escolhidos para entrar na New Directions vai ser amanhã depois da aula. E eu fui escolhido. — 19:56.

barnatt.summer: Parabéns! Sua irmã disse que canta bem, tenho certeza que você vai conseguir entrar. — 19:56.

delagarza_3: Valeu por me incentivar. Melhor eu ir agora, preciso jantar. Até amanhã, tudo bem? — 19:56.

barnatt.summer: Claro, vai lá. Boa sorte amanhã. ♫︎シ︎ — 19:56.

delagarza_3: Obrigada! Fui. Boa noite pra você também. ;) — 19:57.

Antônio colocou o celular no carregador e ligou a tomada. Logo depois levantou da cama e substituiu suas pantufas por uma sandália. Iria ao banheiro, ficou com dor de barriga por alguns doces que comeu no almoço junto com Agustina, ela também havia reclamado de dores na barriga depois de comê-los como sobremesa. Bom, bem que ela havia dito: o que não mata, engorda.

Até a Próxima!

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