Por que não, daddy? (part 4)

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Aviso: não revisei porque são 4k de nheco nheco

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Aviso: não revisei porque são 4k de nheco nheco. Ah, sim, aviso também que é nheco nheco, então... estás duplamente avisado


🜲

Intimidade nem sempre é sinônimo de conforto. Haechan soube quando tentou puxar suas mãos e não conseguiu movê-las. Agradeceu, contudo, por Mark ter usado uma de suas gravatas e não o ferro das algemas que tinham visto na internet. Agradeceu, porque intimidade com Mark era beijos doces sobre a pele sensível.

Intimidade nem sempre é sinônimo de sensualidade. Haechan soube quanto sentaram para planejar o que fariam, sem a espontaneidade fingida dos pornôs. Agradeceu, contudo, porque mesmo não sendo sexy brincando que queria ter melancia como código, tinham estabelecido todos os limites juntos. Agradeceu, porque intimidade com Mark era risadas altas e bochechas vermelhas com piadas sem graça.

Intimidade nem sempre é sinônimo de conhecimento. Haechan soube quando o namorado, ao invés de cair em seu choramingo dizendo que queria vê-lo, pôs a venda mesmo assim. Agradeceu, contudo, porque sem a visão todos os outros sentidos pareceram fazer seu corpo ascender, mais consciente que nunca de cada movimento e respiração de Mark. Agradeceu, porque era exatamente aquilo que tinha pedido.

Intimidade era uma palavra até pequena para o que tinham construído ali. Anos orbitando um em torno do outro. Era uma colisão inevitável. Nunca houve um tempo em que Mark e Donghyuck não estivessem conectados. Se um estava feliz, o outro fazia a sala inteira sorrir. Se um estava irritado, o outro tornava qualquer conversa fria como gelo. Se um tentasse se afastar,  voltavam a se chocar com o triplo da força.

Não havia espaço para vergonha. Não existia ficar 'sem jeito'. Porque já tinham passado demais da intimidade para isso. Cada silêncio era recheado de sentimentos demais. 

E naquele silêncio Haechan se sentiu mais nu do que nunca. Mesmo que estivesse vestido com a peça de roupa que levou-os até aquela situação. Mesmo que a situação, no caso, fosse Donghyuck deitado na cama, amarrado à cabeceira, vendado e apenas com a maldita (bendita) calcinha. 

"Por Deus, Donghyuck, você é impossível" - a voz de Minhyung soou rouca, como se estivesse sem ar. Grave, como quando acabava de acordar. Aerada, denunciando o sorriso. - "Eu nem toquei em você ainda e já tá animado, huh?"

O tom de brincadeira era falso. Mark estava sendo maldoso e sabia disso. E o fato só fez mais uma onda de excitação pulsar em direção à pélvis do mais novo.

Haechan não respondeu. Se concentrou em não respirar pesado demais, não parecer carente demais. Se concentrou em não se arrepiar demais com as mãos frias do canadense tocando suas coxas, mesmo que fosse incontrolável com apenas as pontas das unhas roçando tão tão de leve a pele quente.

"Esse truque é meu" - o Fullsun reclamou baixinho, porque não parecia justo que Minhyung o tocasse do jeito que Haechan costumava fazer. 

"Ah, é?" - mesmo de olhos fechados, Hyuck conseguia ver o sorriso convencido nos lábios gostosos do namorado. - "E é bom, baby?" 

Por que não continuar?Onde histórias criam vida. Descubra agora