Nunca foi fácil para Bucky Barnes lidar com todas as lembranças, pesadelos e medos provocados pelo efeito da Hydra em sua vida, mesmo que não houvessem mais indícios em sua mente. Mas ser Blipado, voltar à vida e ainda ter que lidar com a morte repe...
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O restaurante localizado na Quinta Avenida de Nova York era um local amplo e arejado, com paredes de vidro que deixavam a luz natural do dia tomar conta do ambiente. Não era muito movimentado durante o dia, mas como passava toda noite em frente, ao voltar do recém arranjado emprego de atendente de uma loja de materiais de construções, Bucky pôde reparar que ficava lotado no período noturno.
Desde a última conversa com Sam Wilson em seu apartamento, Bucky não tinha visto o homem, muito embora, seja ele que estivesse esperando naquele momento, sentado em uma mesa ao lado da janela. O fluxo de pessoas transitando pela rua naquele horário atraiu a atenção de Bucky.
Não que ele gostasse de ficar observando as pessoas obsessivamente, mas tinha deixado o celular acabar a bateria e não tinha mais o joguinho para distrair a cabeça enquanto esperava Sam aparecer. Então, se pegou observando algumas pessoas em específico e pensando sobre como seria a vida delas, o que fariam em seus tempos livres, suas motivações, o que os fazem querer levantar todas as manhãs. Pensamentos aleatórios que não o levaria a lugar algum, mas que estavam em sua cabeça mesmo assim.
Naquele momento, Bucky percebeu o garçom se aproximando novamente, então para o rapaz não perder a viagem, ele pediu uma água com gás com bastante gelo. Afinal, o verão estava começando a se aproximar e estava ficando bem quente.
Quando estava prestes a desistir daquele encontro, finalmente, observou Sam, Natasha e uma mulher desconhecida, atravessando a rua na direção do restaurante. Ele suspirou e começou a enrolar um guardanapo nos dedos enluvados, tentando não se sentir nervoso pela presença feminina desconhecida.
Os três entraram no restaurante, rindo entre si. Uma coisa que irritava muito Bucky era o fato de todo mundo ao redor dele sempre estar feliz o tempo todo, rindo como se não houvesse problemas no mundo.
Ignorando o pensamento, ele se levantou para cumprimentar Natasha com um abraço rápido.
-Oi, Nat!
-Oi. Como você está, Bucky?
-Ah… - Bucky e Natasha se soltaram, enquanto ele dava de ombros, tentando soar indiferente. - Bem melhor do que semanas atrás. Oi, Samuel!
Sam revirou os olhos, com as mãos enfiadas dentro dos bolsos.
-É Sam, Cabeludo. Quantas vezes vamos ter que repetir isso?
Bucky apenas deu um leve sorriso e encarou, curioso, a mulher ao lado deles. Ela tinha grandes olhos azuis cristalinos, um rosto fino e sério e cabelos castanhos escuros, quase pretos, até a cintura. Ela esticou a mão, a qual ele não demorou para apertar, percebendo uma aliança fina e dourada.
