14. Parceria.

1.7K 195 497
                                    

O silêncio predominou no aparatamento, deixando o ar em um suspense quase mortal após as palavras pronunciadas por Bucky Barnes

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

O silêncio predominou no aparatamento, deixando o ar em um suspense quase mortal após as palavras pronunciadas por Bucky Barnes. O peso delas fez com que quase vinte quilos saíssem das costas de Sam automaticamente, mas como o homem ainda não confiava plenamente em Bucky, apenas cruzou os braços e reclinou o corpo para trás, buscando algum sinal de brincadeira. 

-Você tem certeza? 

-Tenho. - Bucky afirmou, seguro, enquanto inclinava o corpo para frente e cutucava uma das placas de seu braço. 

-Certeza absoluta?! 

-Eu já não disse que sim?! 

-Eu não sei… Tá sendo muito fácil. - Sam analisou, coçando o queixo. - Tem algo errado aí. 

Bucky revirou os olhos, pegando um lenço de dentro do bolso. Ele fuzilou Sam com o olhar ao mesmo tempo que esfregava o lenço no metal sujo de massa de panqueca com força. 

-Queria que eu te fizesse implorar?! 

-Na semana passada você me deu um sonoro "Não!". O que mudou de lá para cá? 

Bucky encarou o lenço com a massa da panqueca, atentamente. Sam percebeu o rubor em suas bochechas, o analisando. Como não perderia a oportunidade de zoar Bucky, respirou fundo e inclinou o corpo para frente, para falar baixo. 

-Tá tentando impressionar a Isabelle? 

-Que?! - Bucky fez uma careta e negou, revirando os olhos. - Pelo amor de Deus… Não! 

-Então…? 

-Quando eu precisei, Sam, o Stee estava lá por mim. Em todas as vezes. - Bucky admitiu, lutando contra a vontade de se jogar pela janela. - E eu sou grato a ele. Me jogaria de um penhasco se ele precisasse. Mas sabe quem mais esteve lá por mim? Você! 

Sam ergueu as sombrancelhas, surpreso, sentindo suas bochechas esquentarem, conforme Bucky continuou falando. 

-Você arriscou sua vida várias vezes por mim. Virou um fugitivo por minha causa… 

-Não vamos exagerar! - Sam exclamou, envergonhado, desviando o olhar para a janela do apartamento. 

-Não é exagero. Quando meu mundo desabou, você estava do meu lado, naquele corredor de hospital, chorando a morte do nosso melhor amigo. 

Sam sentiu os olhos marejarem, encarando Bucky de volta. Ele assentiu, continuando a falar. 

-Você se importa comigo, embora diga que não. Você faz questão de estar presente e de me fazer evoluir e… Sam, se você não é meu amigo, eu não sei o que é isso que a gente tem. Sério. - Pausa. - Você tem uma filha agora, Sam. E precisa de ajuda. E eu sei que se eu voltar a atuar, por mais que eu não queira isso, você pode ficar mais tempo com a Alice e a Allie, você pode ter menos responsabilidades. Eu sei, eu fui um idiota. Não tinha pensado que você podia nem querer isso tudo… Mas assim como você se sacrificou por mim, se esforçou e… Enfim, assim como foi meu amigo, eu posso abrir mão das minhas vontades egoístas e voltar a atuar pela Shield. Eu já lí os termos… 

Take Me To Church ¹. Where stories live. Discover now