3.0 - Socos sem perder a amizade.

2.6K 278 693
                                    

A loja de materias de construção e ferragens pertencia a um mexicano chamado Nico González

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

A loja de materias de construção e ferragens pertencia a um mexicano chamado Nico González.  Era um espaço amplo e grande, aproveitada de uma antiga loja de suvenir. Nico, que tinha mais bigode que cabelo e uma barriga imensa, a comprou quando a antiga dona "morreu" no estalo, em 2018. 

Claro que uma pequena confusão aconteceu quando a mulher voltou, mas no fim, ela desistiu do processo de reintegração de posse da loja por uma boa quantia de dinheiro, então, oficialmente, aquele ambiente era do homem. 

Nico pretendia expandir a loja, por isso, começou a distribuir empregos, afinal, com a volta das pessoas à normalidade, pesquisas indicavam que a economia daria uma guinada espetacular. 

Foi quando Bucky passou na loja para comprar cadeados e trincos para as portas, que ele viu o folheto anunciando que precisavam de vendedor. No início, ele apenas ficou parado, sem saber se deveria se candidatar a vaga ou não. E estava prestes a desistir quando Nico percebeu para onde ele olhava e se ofereceu para fazer uma entrevista básica. 

Não era, exatamente, o emprego dos sonhos, mas mantinha a mente de Bucky ocupada e, segundo a psicóloga que o acompanhava, essa seria uma boa maneira de começar a tratar a depressão e as crises de pânico. Claramente, não houve uma melhora imediata, mas Bucky se sentia muito melhor do que antes de trabalhar, enfiado dentro do apartamento, olhando para as paredes. 

Naquele momento, Bucky estava no estoque, contabilizando quantas caixas com parafusos Nico ainda tinha. Odiava essa parte, mas era uma de suas funções, além de atender os clientes. 

Anotou os números em uma prancheta, antes de sentir o telefone vibrar no bolso. Dando uma olhada para os lados, viu que Nico não estava o olhando. Puxou o telefone e desbloqueou a tela, percebendo que era uma mensagem de Sam. 

Bucky revirou os olhos e encarou o teto, por alguns segundos. Então, abriu a janela da conversa com ele. 

"Hey, Cabeludo… Vamos em um Bar hoje?". 

Bucky levou apenas um segundo para escrever. 

"Não". 

Pegando uma cesta de compras e procurando uma máquina chamada Makita, Bucky sentiu o telefone vibrar de novo. Ele pensou em ignorar, mas quando percebeu, já estava lendo. 

"Por que não? Vai ter compromisso?" 

Ele suspirou. Sam sabia ser irritante quando queria. 

"Eu trabalho cedo amanhã". 

Ele achou a makita. Então, colocou na cesta e foi atrás do cortador de azulejos portátil. Para sua sorte, embora ele não entendesse muito de construção, tinha facilidade para aprender e, surpreendentemente, uma boa memória para decorar o que era cada coisa e o que faziam. 

Take Me To Church ¹. Where stories live. Discover now