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César.

Já fazem sete meses que eu e a Maitê estamos nesse rolo e sinto que agora é o momento certo de ter ela só pra mim. O grande “problema” era o General, porque ele sabia muito bem quem eu sou e onde estou envolvido, e sei também que nenhum pai quer isso pra filha.

Terminamos de almoçar, ajudamos a arrumar a cozinha e assim que terminamos fomos pra área da piscina. Chamei o Bernardo de canto.

César: Tô precisando trocar um papo contigo. — disse meio assim, o cara é meu parceirão.

Bernardo: Fala ai, irmão. — acendi um baseado, dei dois tragos e passei pra ele.

César: Tô ligado que você já sabe de mim e dá sua irmã de uns tempos.

Bernardo: Sei... — disse soltando a fumaça.

César: Vou ir pedir ela em namoro pro seu pai. — ele começou a tossir desesperado.

Bernardo:  Sei que você ta com a Maitê a maior tempão e sei também que você sai pegando mulher pra caralho. Mas se você sacanear ela, meu parceiro, não tem amizade aqui não.

César: Eu sei! Não vou falar com seu pai pra fazer cena, quero um bagulho sério com ela.

Bernardo: Quero a felicidade da Maitê, com ou sem você! Mas se você fizer minha irmã sofrer, não vou medir esforços e você sabe do que to falando! — Bernardo era sem palavras literalmente e tudo. Só concordei, terminamos de fumar o baseado e fui criando coragem pra falar com o General.

| whats on |

César: Amor?

Maitêzinha: Oi?

César: Falei com o Bernardo.

Maitêzinha: E ai?

César: Depois conversamos melhor...
Vou ir falar com seu pai, aproveitar que ele tá com sua mãe.
Quer ir?

Maitêzinha: Vai indo na frente. Vou fazer uma oração primeiro hahahaha

César: Tá bom né...

Maitêzinha: Boa sorte e nós sempre!

César: Nós sempre!

| whats of |

Respirei fundo e fui em direção deles.

General: Qual a boa?

César: Posso falar com vocês rapidinho? — os dois se olharam.

General: Fala aí, menor. — sentei na cadeira de frente pra ele.

Lorena: Vou indo, aposto que vão falar de favela.

César: Não, é outra coisa.

General: Fala logo então. Tô me resolvendo com minha mulher... se é que me entende.

César: É sobre a Maitê.

General: Ah, caralho! O que você quer com minha filha?

César: Ta ligado Caíque... as coisas foram acontecendo.

General: Acontecendo o que? — ele me encarou.

Lorena: Deixa ele falar, Caíque! — ele respirou fundo.

César: Eu e a Maitê estamos juntos e... — nem terminei de falar que o General levantou com tudo pra cima de mim.

Lorena: Caíque!

Lobão: E ai irmão, ta tranquilo? — o lobão falou mais alto.

Lorena: Ta sim! Né amor!? — General só me encarou e sentou de novo.

César: To sendo homem de vir aqui falar com vocês, principalmente contigo General.

General: Se fosse homem mesmo não tinha me enrolado esse tempo todo.

César: Quero pedir a Maitê em namoro... na verdade já pedi e ela aceitou!

Lorena: César! Quanto foi isso?

César: Hoje de manhã.

General: Pediu, ela aceitou e só agora tá vindo falar comigo?

César: Você querendo ou não eu e a Maitê, vamos ficar junto.

Lorena: Pera aí! Ela tem pais e mãe.

César: Eu sei po... eu tô formalizando com vocês.

General: Eu já até sabia! Vocês tentam me enrolar debaixo no meu teto.

César: Se já sabia não tem motivos pra tanto estresse. — disse mais firme, porque não vou deixar o General bater de frente comigo não. Tô disposto a fazer de tudo pra ficar com a Maitê.

Estava escrito | Temp. 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora