Estava escrito | Temp. 3

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Ficamos conversando e eu fui me controlando pra não voar na cara dela. Ultimamente tô ciumenta e sentimental demais e o Caíque tá puto com isso.

Ficamos bebendo e eu já estava alegre, dando risada e conversando várias coisas blé. Estava tocando funk bem alto e, tinha várias meninas "putas", dançado e se esfregando nos homens que ficaram pra fora.

Depois que quarenta minutos meu neném apareceu. Sorri e ele veio ao meu encontro de cara fechada, já sabia que ele ia brigar por causa do meu surto de ciúmes....

Lorena: Sucesso, amor?

General: Sucesso! Mais um ano dando lucro pra facção. — abracei ele e ele me deu um beijo na testa. — Vem cá!— ele me puxou, se encostou na parede e eu fiquei de frente. — O que tá acontecendo?

Lorena: Sobre?

General: As mensagens que me mandou, Lorena! — ele me encarou e deu um gole da bebida dele. Caíque estava visivelmente chapado de maconha e bêbado...

Lorena: Aí, amor! O que te falei... — disse desviando o olhar.

General: Tô te dando motivo? — neguei com a cabeça. — Então para com esses surtos, carai. Tô na linha a maior tempão e você ficar assim sem motivos.

Lorena: Aí Caíque, você não entende...

General: Você precisa começar e terminar de falar, aí vou entender. — ele me encarou mais uma vez.

Lorena: Aquele menina ali. — apontei discretamente pra Poliana. — Parece estar muito interessada em você.

General: Lorena, pelo amor! Para de insinuar coisas! O menina é mina de um parceiro. Olha o tamanho do b.o.

Lorena: Impossível falar com você sobre isso. Você não entende nada mesmo. Dá licença. — sai de perto dele, eu estava puta. Nem queria estar aqui pra começar. Voltei para o lado da Julia e conversando com ela. Quando deu 4h, aproveitei que ela foi embora e que o Caíque estava distraído, resolvi ir embora. Nem avisei ele e saí da casa, parei um segurança nosso e pedi pra me levar pra casa e assim ele fez.

Cheguei em casa rapidinho, bebi uma água e subi pro quarto. Tirei a maquiagem e fui tomar banho, lavei o rosto, escovei os dentes e saí enrolada na toalha. Me sequei direitinho, passei creme no corpo desodorante, coloquei um pijama de vestido sem nenhuma peça íntima por baixo e me joguei na cama, não demorou muito e eu apaguei.

Acordei com maior barulho e alguém puxando o cobertor de mim, olhei e era o Caíque, completamente bêbado. Suspirei e encarei ele.

General: Você tá louca?

Lorena: Louco tá você, chegando em casa assim. Oxi!

General: Quem mandou vir embora sem me avisar ou me chamar?

Lorena: Eu!

General: Tá completamente fora da casinha né Lorena!? Primeiro você surta por ciúmes idiota e depois vem pra casa e não me avisa. — ele já falava mais alterado.

Lorena: Fala baixo porque não sou surda e tem gente dormindo.

General: Foda-se.

Lorena: Você já viu as horas, Caíque? — encarei ele. — Porque não vai dormir?

General: Porque você rouba minha paz, com essas atitudes!

Lorena: Eu?

General: Você mesma! — dei risada.

Lorena: Fico assim sem motivos, né?  — encarei ele.

General: Eu não posso fazer nada, tô com consciência limpa.

Lorena: VAI DORMIR, PELO AMOR DE DEUS! — eu falei mais alto pra ver se ele me ouvia e a porta abriu, era os três. — Satisfeito?

General: Que foi? — encarou os três.

Bernardo: Vai tomar banho e dormir, truta. Você tá louco aí, brigando com a mãe sem motivos.

General: Sem motivos? Essa maldita tá surtando sem motivos, sai de madrugada pela favela sozinha.

Lorena: Voltem a dormir, por favor. — olhei pra eles implorando e eles concordaram. — Amanhã a gente conversa! — encarei o Caíque e deitei na cama me cobrindo de novo. — E apaga essa luz!