Estava escrito | Temp. 3

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Quando olhei pra frente vi a Lorena conversando com um maluco, meu sangue subiu na hora. Sai esbarrando em todo mundo e parei do lado dela.

General: Tá tudo bem aí, Lorena!? — disse sério e ela já me olhou toda toda.

Lorena: Tá! — disse seria e firme. Pode passar mil anos, mas Lorena faz de tudo pra roubar minha paz, não tem jeito. Tá nessa porra dançando pra caralho e conversando com macho que não conheço, como se fosse solteira. Segurei ela pelo braço.

Lorena: Me solta! — ela disse seria e me encarando.

General: Tá rachando a cara aí pensando que é solteira. 

Lorena: Você não manda em mim, Caique. — ela disse tentando se soltar.

General: Não interessa!

Lorena: Caique! — ela disse irritada e me encarando, aí que fiquei puto!

General: Quer ficar solteira!? — levantei a sobrancelha. — Aposto que não! Então fica na postura caralho. — encarei ela e vi o Bernardo vindo na nossa direção.

Lorena: Pra que essa ignorância? — O Bernardo parou do nosso lado como se não quisesse nada.

General: Tá suave minha princesa. — passei a mão no rosto dela e ela deu um tapa na mesma.

Bernardo: Vamos beber o que? Uísque ou vodca, tia? — Ele se meteu porque viu que o clima tava esquentando.

Lorena: Pode ser ciroc de frutas amarelas, filho.

General: Vai beber mais não.

Lorena: Vou sim, oxi!

General: Quer beber pra quer, Lorena? — encarei ela.

Lorena: Porque eu tô em um rolê e eu quero beber. — disse fria.

General: Tá falando assim porque?

Lorena: Você que começou!

General: Eu comecei uma porra!

Lorena: NÃO GRITA COMIGO!

General: Acha que me assusta gritando assim. — soltei uma risada irônica.

Bernardo: E ai pai, vamo pegar bebida. — disse me puxando e eu me soltei dele irritado.

Lorena: Grito não assusta, mas meu silêncio sim, né Caique!? — ela me encarou com a sobrancelha levantada.

General: Vamo trocar essa ideia em casa, Lorena. — falei apontando o dedo na cara dela.

Lorena: Abaixa esse dedo, que eu não sou seus traficantes não. — ela disse mantendo a postura firme.

General: Já tá falando demais caralho.— me exaltei.

Lorena: Idiota!

General: Falou alguma coisa, Lorena? — ela me ignorou e saiu andando.

Bernardo: Oh caralho, mantém a postura. Tá chatão seu ciúmes com a tia Lorena.

General: Ela me testa Bernardo! — peguei a garrafinha dele e dei um gole. — Filho da puta, vai dar PT ai. — ele riu. — Vamo pegar essa porra de ciroc logo. — sai andando, passei por onde a Lorena estava, fiz sinal de arma pra ela e fui na barraquinha de bebida, pegamos dois combos e voltamos pra onde estávamos.

Lorena: Obrigada filho. — ela abraçou o Bernardo. Encostei na parede e o Lobão parou do meu lado.

Lobão: Tá tranquilo irmão?