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Lorena: Relaxa! Me chama no insta depois. — dei um beijo nele e saí andando, nem falei com as meninas. Assim que sai do elevador, a porta do carro que vim tava aberta, respirei fundo e entrei. Não demos uma palavra e, às vezes ele me encarava e voltava atenção pra direção. Chegamos na rua de casa, ele deixou o carro na rua e foi entrando. — Vai deixar o carro na rua? — ele me ignorou e subi direto. Tranquei a casa e subi também, tirei o salto e meus acessórios. — Caíque para de palhaçada!

General: Palhaçada? — ele gargalhou. — Tava cheia de gracinha. Meu celular toda hora apitando com mensagem falando dessa porra de intimidade! Mas você acha normal, né!?

Lorena: Eu não fiz nada, cara... Você nem pergunta as coisas e saí criando história.

General: Eu tô ligado no movimento, desde quando aquele comédia encostou do lado de vocês. Se o Lobão e o Alex acham isso normal, pau no cu deles! Porque mulher minha não tem que ficar em role com macho falando no ouvidinho, não! — ele disse puto.

Lorena: Você "deixou" eu ir pro pagode porque colocou um monte de segurança atrás de mim! — disse gesticulando. — Seu filho da puta! — taquei um travesseiro nele e ele pegou no ar.

General: Coloquei pela sua segurança! Mas foi bom, né!? Imagina sem segurança...

Lorena: Qual foi? Vai ficar nessa? — tentei abraçar ele e o mesmo se soltou com tudo. — Tá ótimo! — fiz cara de desdém e fui tomar banho. Tirei toda a maquiagem, coloquei um pijama e deitei, me cobri e fiquei de costas pra ele. Vi ele indo pra sacada e acender um baseado, respirei fundo e me concentrei em dormir. Umas 8h da manhã senti o Caíque deitando na cama, mas também nem me abraçou, nem nada. Levantei, usei o banheiro e voltei pra cama, virei de lado e nada do sono voltar, então conectei Netflix e fiquei assistindo Irmandade.

General: Desliga isso, Lorena. Por favor.

Lorena: Tô na minha casa, no meu quarto. Toma! — dei meu tapa olho pra ele, Caíque me encarou e cobriu o rosto com o edredom. Assisti uns três episódios e peguei no sono de novo.

Acordei umas 12h, levantei e fui pro banheiro, fiz minha higiene e desci. As meninas estavam fazendo o almoço.

Lorena: Bom dia, minhas vidas! — dei um beijo nas duas.

Lara: Tá causando pelos bailes, dona Lorena?

Lorena: A mãe sou eu em! — sentei na mesa. — Dormiram em casa?

Maite: Sim, senhora.

Lorena: Vocês vão amanhã?

Lara: Sim! Sabe do Bernardo? Ela não tá me respondendo.

Lorena: Tá na mãe dele, levei ele ontem.

Lara: Hummmm.

Maitê: Mãe, marcamos jantar no meu pai hoje. Meus sogros vão também! Você consegue ir?

Lorena: Claro!

Lara: Será que o Caíque vai também? — na hora ele apareceu na cozinha, com a cara amassada e só de samba-canção.

General: Caíque!? Entendi. — ele deu um beijo nas duas e sentou também.

Lara: Você entendeu, maravilhoso.

General: Vou pra onde?

Maitê: No meu pai.

General: Confraternização?

Lara: Sim, senhor! — ele encarou as meninas e elas murcharam.

General: Lógico que vou! — as duas pularam nele e começaram a encher ele de beijo.

Lorena: Aí aí, vou olhar o arroz... — levantei da mesa e fui pra cozinha. Apaguei os fogos das panelas e fui colocar a mesa. Almoçamos, arrumamos a cozinha.

Maitê: Vou na casa do César, tá?

Lorena: Cuidado! — ela nem esperou falar mais nada e já saiu.

General: Vamos dar uma volta? — ele me olhou.

Lara: Já que não me chamaram, vou arrumar minha mala.

General: Sabe que pode ir com a gente, chaveirinho

Lara: Não to afim!

General: Vai cagar, Lara! — ele jogou a almofada nela e ela subiu. — E aí, vai ou não?

Estava escrito | Temp. 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora