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Depois que as meninas se despediram do pai, descemos e o Lobão tava lá.

Lobão: Ta tendo baile hoje em.

Bernardo: Pagofunk, né não?

Lobão: Isso mesmo, mas tá ligado o que vira depois....

César: Vamo dá uma passadinha lá né, gata!?

Bernardo: To no pique de virar a noite, beber para um caralho.

Lara: Maísa vai tio?

Lobão: Já tá lá com a mãe dela e a dona Lorena.

Lara: Vou passar em casa pra em trocar e depois vou subir.
Lobão: Primeiro vocês passam lá, só pro General vê que estão suave.

Bernardo: Vou passar em casa também, colocar outro kit.

Lobão: Vocês são foda. — demos risada. Eu já estava sentindo a maldade da Lara no ar e hoje ela vai ter. Se me provocar, vai tomar. Em 15 minutos chegamos na favela, passamos rapidinho onde meu pai estava e eu desci pra casa. Fui direto pro banheiro, tomei banho e sai. Coloquei uma box preta, uma calça jeans justa no corpo com elástico na perta, doze molas e uma camiseta vermelha da lacoste. Passei desodorante, perfume e creme nos braços. Coloquei meu relógio, correntinha. Desci na cozinha, comi um pedaço de lasanha e subi. Escovei os dentes, passei listerine e desci.

Nem chamei as meninas e voltei pro pagofunk de carro. Deixei o carro na contenção dos seguranças do meu pai e fui dar um role primeiro.

Alan: Bora começar os trabalhos?

Bernardo: Vamo beber o que?

Natan: Bora pegar uma absolut de manga.

Bernardo: Fecho! — fomos em direção a barraca. Rachamos o valor e voltamos com o combo pra onde a gente estava.

X: E ai, saco de vacilo. — cutucaram minha costela, virei puto já, mas vi que era a Camila e sorri.

Bernardo: Maior vacilona em! — dei um abraço rápido nela e um beijo no rosto.

Camila: Tudo bem?

Bernardo: Tranquilo e você?

Camila: To bem! — ela sorriu. — chegou agora?

Bernardo: Cheguei po. Tava na casa do pai das minhas irmãs.

Camila: Ui, almoço em família.

Bernardo: Fala isso pro meu pai, que vai ver a família.

Camila: Ele é ciumento pra caralho né.

Bernardo: Mete maior mala, isso sim! — dei risada.

Camila: E você é a cópia dele.

Bernardo: Olha o respeito, Camila! — apontei o dedo na cara dela brincando e a mesma deu um tapa. — Quer beber?

Camila: Faz aí uma dose pra sua amiga preferida.

Bernardo: A única também fia.

Camila: Porque as outras você comeu tudo.

Bernardo: Menina vacilona do caralho! — dei risada e neguei com a cabeça. Completei meu copo, joguei uma bala e fiz um copo pra Camila. Tava tocando Pagode da Presença - Made in Favela, dancei uma música com a Camila, sem maldade nenhuma. A menina era firmeza, peguei maior carinho de parceria com ela.

Ainda não tinha visto nem um rastro da Lorena e cia. Assim que começou o funk, o pagofunk de virou outro. Pessoal gosta pouco de funk por aqui. Fiquei curtinho o pessoal, vendo o movimento e as vezes soltava uns passinhos com os moleques.

Estava escrito | Temp. 3Where stories live. Discover now