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General: Quantos anos vocês tem?

Larissa: Aí, eles sempre foram assim.

Alex: A menina é minha melhor amiga e não sabe onde eu moro!? Ah, não!

Lorena: Fica na sua, Alex! — eles ficaram conversando e em dez minutos chegamos na casa deles, nos despedimos e fui dirigindo até em casa. Chegamos, guardei o carro e descemos. — Nossa, a casa vai ficar tão vazia.

General: Amor, é só uns dias. Uma semana.

Lorena: Mesmo assim, já tô acostumada.

General: Tô aqui! — ele me abraçou por trás, deu um beijo no pescoço e me soltou. Minha dor ainda estava acontecendo, passei na cozinha e tomei mais um remédio e subi para o meu quarto. Fui direto pro banheiro, fui fazer xixi e vi que tinha sangue na minha roupa, respirei fundo e fui tomar um banho rapidinho. Sai enrolada na toalha, coloquei uma calcinha com absorvente e um pijama. Passei creme no corpo e desodorante.

Lorena: Vai tomar banho, vai.

General: Tô indo! — ele me deu um beijo no rosto e foi pro banheiro. Me joguei na cama puta por causa dessa menstruação, minha cabeça tava doendo, então nem mexi no celular, apaguei as luzes e me cobri por inteira.

Acordei no outro dia com o Caíque me balançando.

Lorena: Que foi? — abri o olho e fechei.

General: A cama tá toda suja de sangue. Levanta e vai tomar banho, vou limpar aqui.

Lorena: Ah, que merda! — levantei da cama num pulo e ela estava literalmente cheia de sangue, um sangue bem vermelho, comecei a me desesperar. — Caíque! Eu preciso ir no PS, agora!

General: Porque? O que foi?

Lorena: Me leva! — não queria alarmar pra ela, mas sabia que não era bom aquele tanto de sangue. Eu fui no banheiro, me lavei, coloquei um absorvente noturno, um vestido longo preto e peguei uma toalha e meus documentos. Descemos, coloquei a toalha no banco do carro, entrei  e o Caíque foi dirigindo que nem um louco, e a dor de ontem estava de volta e mais forte. Respirei fundo e apertei o banco.

Em menos de dez minutos chegamos no PS, como entramos na emergência, já tinha uma equipe do lado de fora, me colocaram na cama e entraram comigo. A dor ia ficando cada vez mais forte, comecei a gemer de dor.

Enfermeira: Respira fundo. Vamos te ajudar! — a gente entrou na sala e tinha uma médica já me esperando.

X: Lorena, né? — concordei. — Me chamo, Marisa e vou te atender.  O que você está sentindo? — ela veio checar minha pressão e batimentos.

Lorena: Estava sentindo uma dor nas costas e uma cólica ontem, achei que era menstruação, mas hoje acordei cheia de sangue... e acho que sei o que é. — começou a escorrer lágrimas dos meus olhos.

Marisa: Vou te examinar. Posso? — concordei. Ela começou a me examinar e a cara dela não era uma das melhores. — Lorena, infelizmente é um aborto espontâneo. — minha cabeça deu um giro de 360 graus e eu desabei a chorar.
Lorena: Não dá pra reverter? — disse tentando me acalmar.

Marisa: Infelizmente não. Iremos te preparar para expulsão correta do feto. — eu só concordei. A enfermeira tirou minha roupa, colocou um roupão em mim e me transferiu pra outra sala. Aquilo tava doendo tanto tanto em mim.

X: Podemos começar? — eu só concordei. Aos poucos eu fui adormecendo e acordei na sala de recuperação, abri os olhos com dificuldade e vi o Caíque. Virei o rosto pro outro lado e comecei a chorar em silêncio.

General: Tô te ouvindo, Lola. — ele fungou e veio pra perto de mim. Olhei pra ele e comecei a chorar mais ainda.

Lorena: Amor, desculpa. — disse com a voz embargada.

Estava escrito | Temp. 3Where stories live. Discover now