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2 dias depois.

Hoje era dia de baile, baile do Black, todo mundo de preto... meu pai viaja as vezes e muito!

Lara: Qual vocês acham melhor? — disse mostrando duas roupas no cabide, respirei fundo e encarei ela.

General: Nenhuma dessas.

Maitê: As duas opções estão lindas, La.

Lorena: Gosto da de brilho.

Lara: Não estão me ajudando! E você vó?

Luísa: De brilho, óbvio!

Lara: Vou me arrumar e decido.

Maitê: Também vou. — elas subiram pra se arrumar e meus pais também.

Luísa: Acalma o coração.

Bernardo: Eu já abri a mão dela...

Luísa: Deixa a menina vestir a roupa que ela quer.

Bernardo: Eu não falei nadinha, vó.

Luísa: E aquele olhar? — ela riu, buzinaram do lado de fora e era o Félix. — Tchau.

Bernardo: Tchau vó.

Se tem uma coisa que eu tento ao máximo não me estressar mais com a Lara é sobre roupa, na nossa relação não existe um meio termo... Ou é do jeito dela, ou não tem nenhum jeito. E eu tento ao máximo abrir mão de muitas coisas pra ter ela comigo.

Depois de ficar pensando em várias coisas subi pra me arrumar também. Fui pro meu quarto, separei uma roupa e fui tomar banho, tomei banho, sai do box e escovei os dentes. Fui pro quarto, coloquei cueca, passei creme no corpo, desodorante e me troquei. Arrumei meu cabelo, coloquei meu escapulario e relógio. Por último passei perfume e coloquei meu tênis, peguei minha carteira com habilitação, celular e desci. Desci não esperar ninguém. Subi na moto, dei um role pela favela e encontrei a Camila.

Bernardo: E aí, gatinha.

Camila: Be! Quanto tempo amigo.

Bernardo: Você sumiu, malucona.

Camila: Tô estudando e trabalhando... — ela fez bico.

Bernardo: Vamo tomar uma cerveja antes do baile?

Camila: Vamos! — chamei ela com a cabeça e ela subiu na moto. Camila é ligada no meu envolvimento com a Lara e graças a Deus a chatinha gosta da Lara. Acelerei e paramos no Siriguela, que é um barzinho top aqui na favela. Parei a moto, ela desceu e eu em seguida. Pegamos uma mesa do lado de fora, pedimos um balde de budw.

Bernardo: E aí, tudo bem?

Camila: Tô bem amigo e você?

Bernardo: Do mesmo jeito... — nosso pedido chegou, abri e coloquei cerveja em nossos copos.

Camila: Já contaram sobre vocês?

Bernardo: Não... — dei um gole na cerveja e olhei pra rua.

Camila: Porque não, Bernardo?

Bernardo: Lara é cheia de frescurinha e fica adiando. Já tô cansado de ter que ficar escondido. Tenho idade pra isso mais não.

Camila: Tem que ser firme então, Be!

Bernardo: Ela não quer contar e fica pique negando as gente as vezes.

Camila: Be, já tem meses esse rolo de vocês... Vocês precisam sentar e conversar!

Bernardo: Você já viu a Lara? Impossível conversar com ela sobre isso. Ela fica falando: Vai chegar a hora certa... — revirei os olhos.

Camila: Aí Ber... não vejo outra saída a não ser conversar!

Bernardo: Eu sei, mas não vou bater na menina pra ela contar.

Camila: E nem ela pode te obrigar a não contar. — Isso é verdade. Respirei fundo, passei a mão no rosto e entrei no celular, tinha várias mensagens da Lara e do meu pai.

Estava escrito | Temp. 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora