Capítulo 1

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— Não me diga que já está cansada, Alteza? — o garoto provocou quando Darah se afastou dele após bloquear um de seus ataques

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— Não me diga que já está cansada, Alteza? — o garoto provocou quando Darah se afastou dele após bloquear um de seus ataques.

O tilintar de facas ecoava pelo ar livre do Morro Araxá. Os dois jovens tentavam atacar um ao outro em um duelo ininterrupto. Não por vingança ou desentendimento, mas por competição. Pelo simples desejo de vencer e ser o mais forte.

A princesa avançou com o punho fechado contra ele, mas Darlan bloqueou o golpe. Darah aproveitou os milésimos de segundos de distração do garoto para atacar com a mão que segurava uma adaga, mas a lâmina apenas passou de raspão pelo braço direito dele quando este se desvencilhou.

No segundo seguinte, a princesa sentiu a adaga que segurava ser lançada para longe dela e o braço de Darlan pressionar sua barriga, prendendo seu corpo entre o braço e o corpo dele, enquanto uma faca inspirada nas garras de tigre, com uma lâmina curvada de diferentes tons de vermelho que lembravam chamas, era posta a apenas quatro centímetros de seu pescoço.

Darah ergueu a cabeça e o colar de prata com a silhueta de um gato como pingente antes escondido por debaixo do colarinho, ficou exposto. Com a respiração ofegante e dificultada pelo braço de Darlan, ela encarava a faca próxima ao pescoço, quase conseguia sentir a frieza da lâmina. Ela estava completamente indefesa.

— Venci de novo! — A voz de Darlan soou rouca e ofegante atrás da garota. Um sorriso provocativo tomou conta dos lábios dele quando se aproximou ainda mais da orelha dela para sussurrar: — Já estou me cansando de sempre ganhar.

Darah revirou os olhos. Com as batidas do coração e a respiração desacelerando gradativamente, ela deu um tapinha no braço que rodeava sua barriga.

— Me solta logo! — ordenou e Darlan a soltou. Uma vez livre, a princesa colocou o colar por debaixo do colarinho, olhou para a adaga a alguns metros e usou o poder da mente para atrair a arma. — Você é um chato por não querer que usemos nossas magias.

— E isso mudaria o fato de que eu ganharia de qualquer forma? — Darlan deu de ombros com arrogância, atraindo o olhar de desdém da garota. — Mas a questão é que você não deve ficar totalmente dependente dos seus poderes. Somos fadas, e não fontes inesgotáveis de magia.

Darah sabia que ele tinha razão, mas não daria a ele o gosto de ouvir isso, não alimentaria o ego já inesgotável do garoto. Ela, então, apenas deu de ombros como se aquilo não importasse e olhou ao redor do Morro Araxá. A Academia de Treinamento de Guardiões Reais se erguia a quase um quilômetro e meio de distância dali, e atrás da academia, a poucos quilômetros, erguia-se o enorme palácio.

Ela encarou a academia por longos segundos e a tristeza se sobrepôs à adrenalina de segundos atrás.

— Você ainda quer entrar para a guarda real? — perguntou Darlan ao lado dela, observando-a pelo canto do olho.

— Não consigo proteger nem a mim mesma. — Tristeza nublou a feição da garota ao se lembrar do que havia acontecido com a mãe há quase dois meses. Nas duas primeiras semanas após a morte de Maya, antes do silêncio e do vazio dominar a mente e o coração de Darah por semanas, todas as noites a garota era forçada a assistir as chamas vermelhas se transformarem em um enorme espinho de gelo ao atingir a mãe. — Não tenho certeza se eu seria muito útil lá.

Feentina: A nova guardiã realحيث تعيش القصص. اكتشف الآن