Capítulo 37

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Ela tentou controlar a própria respiração, tentou inspirar e expirar lentamente, mas quanto mais o fazia, mais a súbita sensação de sufocamento a tomava

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Ela tentou controlar a própria respiração, tentou inspirar e expirar lentamente, mas quanto mais o fazia, mais a súbita sensação de sufocamento a tomava. Seus olhos estavam prestes a se fecharem quando lhe veio um pensamento.

"Isso é patético", o pensamento ecoou em sua mente, a impedindo de fechar os olhos por completo. "Eu sou uma elementar do ar, me nego a morrer dessa forma".

A garota abriu os olhos em um único movimento brusco e foi jogada contra a parede no outro lado da cela. O ar retornou aos seus pulmões, mas outro problema se formava à sua frente. O mesmo vento que a empurrou para a parede oposta àquela que o prisioneiro estava recostado até segundos atrás, foi o mesmo vento que empurrou Darlan contra as grades da cela e que quebrou as correntes que prendiam o desconhecido. Os barulhos produzidos pelos impactos ecoaram pela masmorra, seguido pelas correntes caindo ao chão e por gritos agonizantes.

Os dois jovens concentraram suas atenções no desconhecido. O macho adulto se debatia no chão enquanto segurava a cabeça como se esta estivesse prestes a se partir. O que quer que acontecia na mente do prisioneiro parecia ser forte o suficiente para destruí-lo.

Darah tentou controlar a própria respiração acelerada, suas unhas afundaram na pele da palma da mão. Ela não era perita em telepatia, mal acabara de aprender o básico dos básicos, mas tinha que fazer algo para ajudar o macho.

A garota contou até três mentalmente e se aproximou hesitante.

— Darah... o que você vai fazer?

Ela ignorou Darlan e, engolindo em seco, segurou a cabeça da fada que continuava a gritar. As imagens invadiram sua mente em borrões.

Um lugar escuro, sujo e antigo... Uma cela! Uma cela mais antiga e mais sombria do que as celas da masmorra do palácio de Feentina. O grito agonizante ecoava pelo local fedido.

Darah se virou. Havia alguém preso em uma cadeira no centro da cela e à frente da fada presa havia mais alguém. A princesa se aproximou e pôde ver quem era o prisioneiro na cadeira: o próprio macho dono da lembrança.

A garota olhou para as próprias mãos, no entanto, não tinha uma. Desta vez ela não navegava nas águas de memórias, ela invadira, e como invasora não estava vendo a lembrança pelos olhos do verdadeiro dono, ela poderia apenas observar de longe.

— Estou certa de que você servirá como um bom fantoche depois que eu modificar sua mente — disse a fêmea de cabelo roxo que estava na frente do prisioneiro. A mesma estava em um vestido longo de cor preta que colava em seu corpo farto e cheio de curvas.

Darah sentiu um calafrio e tentou dar um passo à frente, mas nenhum músculo se moveu. Ela tentou de novo, de novo e de novo, mas era como se algo a impedisse de se mover, como se a tensão avassaladora do lugar anestesiasse suas pernas. Então ergueu a mão para frente, mas, neste momento, as longas unhas da fada de cabelo roxo afundaram na cabeça do macho preso. De repente, tudo ficou nublado e depois escuro. No instante seguinte, Darah já estava sendo jogada para fora da mente do prisioneiro.

Feentina: A nova guardiã realWhere stories live. Discover now