Capítulo 25

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Roger caminhava à frente, imponente em seu traje real, seguindo em passadas firmes em direção ao grande trono de marfim recoberto de ouro, incrustado de diamantes azuis, vermelhos, marrons e incolores

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Roger caminhava à frente, imponente em seu traje real, seguindo em passadas firmes em direção ao grande trono de marfim recoberto de ouro, incrustado de diamantes azuis, vermelhos, marrons e incolores.

Darah seguia logo atrás do pai. O vestido azul bem acinturado, com a parte de cima justa até a cintura, e a saia volumosa em tonalidades azuis em degradê e contornos em preto farfalhava a cada passo dado pela garota. No alto da cabeça, presa entre os fios castanhos arrumados em um coque trançado, jazia uma tiara de ouro adornada com pedras safiras.

Embora olhasse apenas para frente em direção ao trono, ela conseguia ver e sentir os presentes fazendo reverências à medida que o rei e a princesa passavam. Uma vez tendo chegado ao trono e se assentado sob o mesmo, a sala inteira fez uma profunda reverência.

Apesar de quase tudo na Sala do Trono ser feito de ouro, o cômodo estava submerso no brilho adamantino dos diamantes nos tronos reais e no brilho vítreo das safiras na coroa de Roger e na tiara de Darah. A princesa descansou as mãos sob as pernas e a pulseira de ouro (o único adorno que usava além da tiara) balançou com o movimento.

Ela olhou para o pai quando este se levantou, seus lábios vermelhos se moveram discretamente ao mesmo tempo em que Roger iniciava um discurso de boas-vindas que ela já decorara ao longo dos anos, mas parou de imitá-lo antes que alguém notasse. Passou, então, o olhar ao redor e percebeu que não fora totalmente discreta. Darlan, em pé entre uma fileira de nobres ao lado esquerdo do salão, sorria discretamente, mas ele não era o único.

Embora estivesse entre as fileiras de fadas posicionadas no centro do salão que deveriam estar prestando atenção às palavras do rei mais do quê quaisquer outras fadas, a atenção de Connor estava voltada para ela. Os olhos esverdeados do novo guardião real oficial continham um brilho alegre e divertido.

Os lábios de Darah se curvaram em um sorriso discreto antes de voltar à expressão séria. Quando Roger por fim terminou de recitar o discurso, aproximou-se do trono de Darah e ofereceu a mão para ajudá-la a se levantar.

Darah soltou a mão do pai quando deu um passo à frente para ocupar a oportunidade de fala que normalmente seria da rainha. Seu coração acelerou. Era a primeira vez que recitaria o discurso de sua falecida mãe durante a posse oficial de novos guardiões reais. Era a primeira vez porque no final do ano anterior, quando a morte de Maya ainda era muito recente, ela estava perdida demais para fazer qualquer coisa. Vazia demais para motivar a si mesma, quanto mais a cem fadas.

Toda a atenção que antes estava destinada ao rei agora estava direcionada a ela: a princesa de Feentina. Encarando a multidão de fadas, Darah contou até três mentalmente e então começou a falar, mas não da forma que fora instruída.

— Creio que as palavras de boas-vindas de Sua Majestade já tenham sido gratificantes. Tive a honra de acompanhá-los mais de perto e gostaria de parabenizá-los por seus esforços e por terem chegado até aqui. Mas este não é o fim. Na verdade, é apenas o início de algo maior.

Feentina: A nova guardiã realWhere stories live. Discover now