♧Livro 1 da Série Feentina♧
Com uma possível guerra se aproximando, Darah, a atual princesa do Reino Feentina, se vê decidida a entrar para a guarda real mesmo contra a vontade do pai para ajudar a proteger o reino a qual crescera e tanto ama. Para...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
— Então você vai passar toda noite durante uma semana cumprindo detenção na diretoria?
— Sim — confirmou Arabelle, seus olhos azuis gelo brilharam com violência quando se virou para a fada que acabara de adentrar no refeitório. Darah olhou na mesma direção que a amiga encontrando Daniel, e quando o garoto sentou na outra ponta da mesa e ergueu a cabeça, ela viu o arroxeado abaixo do olho direito dele.
— Isso ali está feio, pensei que ele procuraria a enfermaria ou alguma fada com talento para Magia de Cura antes de aparecer em público.
— Ah, com certeza ele foi. — Havia um sorriso viperino nos lábios de Arabelle. — Mas eu cuidei bem para que o arroxeado ficasse ali por pelo menos uma semana.
Darah olhou para Arabelle com interesse.
— Como?
— As plantas medicinais podem ser usadas tanto para curas quanto para venenos, não é mesmo? Por que a Magia de Cura seria diferente? — Arabelle ergueu uma sobrancelha questionadora. — Você pode, por exemplo, cicatrizar um ferimento ou abri-lo ainda mais. Nem tudo é cem porcento bom e nem cem porcento mau, depende da forma que você vai usá-lo. Então, digamos que eu tenha usado Magia de Cura para retardar o processo de cura das células que foram afetadas nas duas vezes em que o soquei.
Elas se entreolharam com um sorriso cúmplice.
— Você é demais. — Darah quase bateu palmas para a amiga.
— Eu sei. — Arabelle empinou o nariz, mas logo em seguida soltou um longo suspiro ao lembrar do castigo que recebera. — O pior é que terei que cumprir minha detenção ao lado dele. Se ele me tirar do sério, juro que um olho roxo não será tudo que ele vai ganhar.
— Disso eu não tenho dúvidas. — Darah riu e voltou a comer dos vários bolinhos dispostos ao longo da mesa. Lionel chegou dez minutos depois e não disse nada além do 'Bom dia' durante todo o café da manhã antes de seguir ao lado de Arabelle para a aula de Etiqueta.
Ao sair do refeitório, Darah seguiu para a biblioteca e sentou em uma das cadeiras da mesa ao final do cômodo. Estava lendo um livro sobre armas de arremesso quando um corvo pousou na janela, havia um envelope preso à sua perna. Ela se certificou de que a bibliotecária não estava olhando e foi até o corvo, tirou a carta e acariciou a cabeça da ave.
— Obrigada.
A ave curvou a cabeça e saiu voando. Darah olhou para o envelope.
Remetente: Darlan Wang Destinatário: Darah Monroe
— Parece que alguém lembrou que eu existo. — A garota guardou a carta dentro da capa de farda, apressou-se em colocar o livro que pegara de volta ao seu lugar na estante e saiu da biblioteca em passadas largas até o quarto vazio.
A minha querida e irritante amiga. Kira, sua gatinha fofa, está sentindo-se solitária, mas não se preocupe; Iluminarei os dias dela da mesma forma que iluminei os seus. Lerás esta carta com alegria, pois tenho certeza que sentes falta da minha Maravilhosa presença. Poderia escrever para mim algum dia, não acha? Sua ingrata! Está se saindo bem, não está? Tenho certeza que sim, mas conhecendo bem o seu temperamento, respire fundo e conte de 0 a 4 quando estiver impaciente, depois conte até 4 mais três vezes. Viva essa experiência com intensidade e mostre a eles o poder de alguém que crescera no palácio. Aproveite seus dias de brilho, talvez eles acabem ou se tornem menos frequentes quando eu entrar na academia.
