♧Livro 1 da Série Feentina♧
Com uma possível guerra se aproximando, Darah, a atual princesa do Reino Feentina, se vê decidida a entrar para a guarda real mesmo contra a vontade do pai para ajudar a proteger o reino a qual crescera e tanto ama. Para...
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Uma batalha violenta seguia acima dela. De repente, as chamas vermelhas assumiram uma tonalidade azul quando se transformaram em um enorme espinho de gelo ao atingir a fada de longos cabelos louros dourados. Darah correu em direção à mãe.
— Fique forte... Eu acredito em você... — As palavras de Maya ecoaram na mente da filha enquanto esta observava os olhos amendoados da rainha se tornarem vazios. Um raio caiu à frente delas, produzindo um clarão seguido por um estrondo de trovão.
Darah acordou sobressaltada quando o estrondo do trovão ecoou pelo quarto acompanhado por um grande clarão. Ela olhou para a janela, uma chuva caia intensamente no lado de fora. Quando sentou-se na cama percebeu que estava com a respiração ofegante e encharcada de suor.
A princesa olhou ao redor constatando que suas cinco colegas de quarto dormiam tranquilamente, ela então desceu a escadinha do beliche e foi ao banheiro onde lavou o rosto antes de olhar para o próprio reflexo no espelho sob a pia, notando o próprio semblante cansado.
Darah levou a mão à testa, esfregando levemente. Estava tendo pesadelos desde a noite que recebera a carta de Darlan, há duas semanas e meia. Na primeira semana não conseguia lembrar-se dos sonhos ao acordar, mas há uma semana e meia passou a se lembrar dos pesadelos até nos mínimos detalhes.
Reviver uma de suas piores lembranças repetidas vezes durante as madrugadas fez com que a hora de dormir se tornasse um fardo. Adicionando isso ao fato que ultimamente andava se cobrando mais durante os treinamentos individuais, ela sequer estava tendo ânimo para ler.
Darah demorou-se para voltar ao quarto e ficou acordada até o primeiro raio de sol entrar pela janela...
Ela não prestou muita atenção nas aulas de Luminocinese e Telecinese que acontecera pela manhã e pela tarde, respectivamente. Ao final da aula de Telecinese, Arabelle e Lionel trocaram os mesmos olhares preocupados que vinham trocando há uma semana, mas dessa vez não fizeram nenhum comentário. Uma hora mais tarde eles já estavam no refeitório tendo um jantar silencioso até Lionel decidir quebrar o silêncio.
— Darah? — chamou. Darah parou de cortar a carne do Fattah – um prato composto por pão crocante, arroz, carne e um delicioso molho de tomate com vinagre – e levantou o olhar para ele. — Acho melhor não treinarmos hoje — continuou o garoto.
— Como preferirem, mas treinarei com ou sem vocês — disse ela sem dar muita importância e logo voltou a comer.
Às nove horas da noite, Arabelle e Lionel acabaram optando por acompanhar Darah no treinamento, pois achavam melhor não deixá-la sozinha. A lua crescente refletia uma luz fraca na escuridão do Coração de Pedra e uma brisa gélida fez com que as três fadas estremecessem quando pousaram nas pedras em formato de coração, mas o frio logo foi substituído por calor à medida que o treino progredia.
Arabelle e Lionel formavam uma dupla, como de costume, e suas habilidades se completavam: enquanto Arabelle era o ataque, Lionel era a defesa. Darah atacava e se defendia no automático, como viera fazendo há quase uma semana.
