♧Livro 1 da Série Feentina♧
Com uma possível guerra se aproximando, Darah, a atual princesa do Reino Feentina, se vê decidida a entrar para a guarda real mesmo contra a vontade do pai para ajudar a proteger o reino a qual crescera e tanto ama. Para...
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Darah levava um pão com ovos mexidos à boca quando Darlan chegou para o café da manhã.
— Dormiu bem? — perguntou ele se assentando na cadeira oposta à dela, esfregando os olhos fundos devido às pouquíssimas horas de sono.
— Considerando o que aconteceu na madrugada, sim — respondeu antes de dar uma grande mordida no pão. Inexplicavelmente, ela havia tido uma noite de sono melhor do que imaginava ser possível.
— Eu não.
— Quem? — A garota franziu a testa para Darlan.
— Eu.
— Te perguntou? — Ela sorriu por conseguir enganá-lo. Darlan jogou um pão em sua direção, mas ela desviou, rindo.
— Que rainha infantil — comentou o garoto lançando a ela um olhar de desdém antes de se servir com pães com ovos mexidos e uma generosa xícara de café com leite.
— Ainda sou uma princesa.
— Até depois de amanhã.
— Mas ainda sou — disse dando de ombros e logo voltou a comer.
— Gonçalo me pediu para avisá-la que a Madame Clara chegará em alguns minutos para ajudá-la com o vestido da coroação.
Darah assentiu em silêncio enquanto apanhava o quarto pão. Já havia muito tempo que não via a estilista, tecelã e costureira mais famosa do reino, a única que confeccionava as roupas usadas pela realeza por pelo menos três décadas e meia.
A entrada súbita de Gonçalo na sala de jantar fez com que os dois jovens erguessem os olhares para ele. O adulto fez uma rápida reverência antes de falar:
— Alteza, acabei de voltar da masmorra. Fui verificar como o invasor de ontem estava e o encontrei morto — disse com a respiração acelerada, eufórico.
A informação não causou nenhum impacto.
Darah arqueou uma sobrancelha como se perguntasse qual era a importância daquilo.
— Deveríamos saber quem foi o responsável. O indicador... ele estava sem o dedo indicador e...
— Que importância tem? — indagou Darlan interrompendo a fala do conselheiro. — Ele não nos será útil. E atacou nossa futura rainha, a morte era o mínimo que ele merecia. — O garoto levou o resto do pão à boca, comendo naturalmente.
Gonçalo olhou para Darlan com desconfiança, mas dado à falta de importância que a princesa demostrara àquilo e à sua pressa em continuar os inúmeros afazeres que a preparação da coroação exigia, ele mudou de assunto ao voltar-se para a princesa.
— A Madame Clara acabou de chegar. Ela está aguardando Vossa Alteza na recepção.
— Obrigada! Pode se retirar — disse ao conselheiro que não demorou a sair correndo de forma desajeitada. A garota levantou após terminar o último pão, limpou as mãos com um guardanapo e bebeu o restante do café que deixara na xícara. — Vá trabalhar depois da refeição.