Capítulo 26

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A carruagem pousou a poucos metros de distância da pequena casa de madeira no final de uma rua estreita da Vila Turú

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A carruagem pousou a poucos metros de distância da pequena casa de madeira no final de uma rua estreita da Vila Turú. Lionel saltou da carruagem, Darah entregou a enorme caixa para ele e saltou logo em seguida. Juntos, fizeram um sinal de agradecimento ao guardião, que assentiu antes de induzir o cavalo alado a voar, partindo.

A princesa puxou a capa mais para junto do corpo enquanto percorriam os poucos metros até a casa de Arabelle. Ao longo da rua, as casas eram simples e tão pequenas ou de tamanhos ainda menores do que àquela a qual Darah e Lionel se dirigiam. Algumas crianças brincavam ao longe em um parquinho antigo e coberto de neve no outro extremo da rua.

Os dois amigos pararam debaixo do alpendre que cobria a fachada da casa cujo telhado estava coberto de neve, assim como os arredores da residência. Ela ergueu a mão para bater à porta de madeira maciça com pequenos desenhos de flores entalhados, mas percebeu que a mesma estava entreaberta quando ouviu risadas seguidas por passos. Arabelle os cumprimentou com um abraço, cada braço envolvendo um pescoço diferente.

— Entrem! — A fada de pele preta abriu espaço e Darah e Lionel subiram o pequeno degrau, logo adentraram na casa.

Uma lareira aquecia a pequena sala de estar, separada da cozinha apenas por uma bancada de um metal de cor preta. Os três sofás ao redor da pequena mesinha de centro tinham uma aparência antiga, vasos de plantas e flores estavam postos em fileiras de pequenas prateleiras nas paredes. O espaço era pequeno, mas era um dos lugares mais aconchegantes que Darah já vira.

Assim que viu a princesa entrar, a velha fada de corpo miúdo e de cabelos bastante grisalhos que estava no menor sofá se levantou o mais rápido que conseguiu e começou a curvar as costas.

— Por favor... — Darah se aproximou da fada e segurou a mão enrugada com uma mão, e o ombro magro com a outra, de forma a impedir com que a senhora continuasse com o movimento. Darah deu um sorriso simpático para ela antes de continuar: — Não é necessário. A senhora deveria sentar novamente.

— Na verdade, e-eu já e-estou de saída. — Um sorriso doce iluminou o rosto surpreso da velha fada, que logo se virou para Arabelle. — Obrigada mais uma vez, menina. E desculpe-me por não poder presenteá-la.

— Sua presença já é o suficiente — declarou Arabelle. — É um prazer ajudá-la, mande me chamar se precisar de mais alguma coisa.

A fada de idade avançada assentiu, sorrindo, e deu um passo lento e cuidadoso para frente. Darah, que continuava a segurar a mão enrugada, ajudou a fada a caminhar até a porta e a descer o pequeno degrau.

— Quer que eu a acompanhe?

— Não é necessário.

— Eu posso...

— Agradeço a gentileza de Vossa Alteza, mas, por favor, não se incomode com uma velha como eu. — A fada continuava com o sorriso gentil, mas havia certa tristeza em seu olhar quando colocou o tecido amarrotado de cor azul do capuz sob a cabeça e começou a caminhar lentamente.

Feentina: A nova guardiã realWhere stories live. Discover now