♧Livro 1 da Série Feentina♧
Com uma possível guerra se aproximando, Darah, a atual princesa do Reino Feentina, se vê decidida a entrar para a guarda real mesmo contra a vontade do pai para ajudar a proteger o reino a qual crescera e tanto ama. Para...
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No exato momento que o macho impulsionou a mão para baixo com a adaga apontando para o pescoço dela, Darah puxou a espada de debaixo do cobertor e bloqueou o ataque empurrando a arma adversária para o lado para que ela pudesse ir para o lado oposto da cama. No entanto, no momento em que rolava pelo colchão, a ponta da adaga passou de raspão por seu braço.
A garota sentiu o líquido quente e vermelho escorrer pelo braço, e junto a ele uma repentina fraqueza em sua magia. Ela ergueu o olhar do sangue para a arma do invasor, ficando em estado de alerta já que era provável que a lâmina era feita do Minério Pechblenda.
O macho encapuzado avançou contra ela, que se defendeu com a espada, começando assim um duelo. Darah ousou atacar apenas em dois momentos, ficou mais na defensiva para evitar em ser atingida novamente e perder uma considerável quantidade de magia.
Em sua sétima defesa, ela finalmente conseguiu jogar a adaga do inimigo para o outro lado do quarto e imediatamente materializou uma bolha de ar ao redor da arma caída ao chão. Neste mesmo momento, o invasor afastou-se dela, apenas o bastante para fazer um movimento com as mãos e atirar lanças de gelo na direção dela – uma delas mirando seu coração.
Darah fez uma defesa de ar e pulou para o lado oposto ao do atacante. De repente, toda a superfície do quarto começou a ser tomada por gelo junto a inúmeras agulhas do elemento, mas Darah foi mais rápida ao manipular de forma conjunta os elementos ar e fogo para reverter o gelo e para aprisionar o macho encapuzado em uma bolha.
— Quem o mandou para cá? — Ela estreitou o olhar para o seu atacante, encarando-o fixamente enquanto caminhava na direção dele.
O macho ergueu a mão, mas ela fez correntes de ar surgirem nas paredes da própria bolha para imobilizá-lo. O inimigo gemeu quando fogo se fundiu a algumas das correntes de ar. Ela parou à frente dele quando o capuz do mesmo caiu, revelando um rosto coberto por cicatrizes de pequenos cortes e um olhar apático. Ela não o conhecia.
— Vou perguntar só mais uma vez: Quem lhe enviou?
Não obtendo uma resposta, a garota ergueu uma mão para desfazer a prisão, materializou mais correntes de ar junto ao fogo ao redor de quase todo o corpo do macho e deu mais três passos para frente, parando a pouquíssimos centímetros dele.
— Já que você não gosta de conversar... — Darah ergueu a outra mão que pousava ao lado do próprio corpo e uma corrente de ar e fogo contornou o pescoço do macho. Ela poderia enfraquecer a magia dele utilizando a adaga que ele levara, mas a garota queria vê-lo sofrer pelo próprio poder dela.
Com os sentidos ampliados devido à sua manipulação do ar, ela conseguiu ouvir o queimar da pele dele e sorriu apertando um pouco mais a corrente em volta do pescoço do assassino, que urrou de dor. Ouviu, também, passos apressados no andar debaixo, indo em direção ao seu quarto, mas estava tão imersa no prazer em descarregar a raiva que apenas continuou a apertar lentamente a corrente, observando o macho se contrair e sentindo o cheiro de carne queimada se intensificar. Era uma sensação estranha e ao mesmo tempo tão familiar, como se ela já tivesse tido aquele sentimento naquela mesma intensidade em algum momento de sua vida.
