♧Livro 1 da Série Feentina♧
Com uma possível guerra se aproximando, Darah, a atual princesa do Reino Feentina, se vê decidida a entrar para a guarda real mesmo contra a vontade do pai para ajudar a proteger o reino a qual crescera e tanto ama. Para...
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Edgar franziu a testa com a dor que se expandia feito um terremoto naquela região. O garoto se afastou da mão de Darah e esfregou a própria testa.
— Você aprendeu rápido a Indução de Dores Mentais e seu escudo psíquico hoje está impenetrável!
A princesa deu de ombros com um ar orgulhoso, em seguida levantou do chão duro do subterrâneo e alongou os braços doloridos fazendo careta com a dor que a ação lhe causou.
— Talvez eu me torne mais forte que você logo logo — provocou com um sorriso divertido enquanto observava o ex-mentor se levantar e se aproximar dela. O garoto segurou em seu queixo fazendo-a erguer a cabeça e logo depositou um selinho demorado nos lábios dela.
— Eu não tenho dúvidas. Você é uma das fadas mais talentosas que eu já conheci — disse, observando o sorriso da princesa se alargar. Ele soltou delicadamente o queixo dela e deu um passo para trás. — Se eu já não tivesse jurado minha lealdade a alguém, certamente juraria a você.
Darah piscou, mas Edgar já se encontrava de costas para ela para perceber o desapontamento que despontou no rosto delicado.
— Está quase na hora do seu turno, vamos? — A princesa não o respondeu, apenas o seguiu em silêncio enquanto subiam as escadas para o térreo.
A garota se lembrou que no primeiro treinamento de Telepatia Edgar dissera que ela talvez fosse a segunda fada mais promissora que ele já conhecera e quando ela perguntou quem seria a primeira, ele mudara de assunto. Seria essa a tal fada a quem ele acabara de confessar que jurou lealdade? E qual tipo de relação eles teriam?
Já no corredor que levava à porta de entrada da instituição, Darah se viu perguntando:
— O que eu sou para você?
Edgar a olhou de soslaio.
— Alguém que me desperta interesse.
— Por que sou habilidosa?
— Porque você é interessante. — Ele parou de caminhar e se virou para ela. A garota também interrompeu o passo com a atenção voltada para ele. — Você me intriga, Darah.
— De que forma?
— De todas as formas.
A boca de Darah se curvou para baixo. Aquela não era a resposta que ela esperava. Embora sentisse como se algo dentro de seu peito estivesse se partindo, mesmo com a vontade de desviar o olhar para baixo, ela continuou a encarar a expressão neutra no rosto do moreno.
— Eu achei que eu fosse mais que isso para você — confessou com tristeza e nesse mesmo momento a voz de Darlan preencheu sua mente avisando que faltavam apenas dois minutos para o turno dela.
Ela continuou a encarar Edgar por mais três segundos, mas como o garoto não dissera nada e continuava com uma expressão imparcial, ela voltou a caminhar para fora da academia, deixando o garoto para trás, parado no meio do corredor. Ao passar pela porta de entrada, ela balançou a cabeça tentando anuviar a mente do sentimento de decepção enquanto atravessava o jardim.
