O nome da ilha em que tudo se passou é Lian Yu, em mandarim, quer dizer: purgatório.
Savannah foi deixada na ilha ficando presa nela por oito anos. Sonhava com seu resgate em todas as noites escuras e frias e durante os oitos anos só tinha um pens...
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— Estamos nos aproximando do seu aniversário, meu amor.
Savannah sorriu, colocando seu braço sob o peito de Oliver como apoio, encarando seus olhos. Ele moveu sua mão, tirando os fios de cabelos dos olhos dela e voltou a encarar o teto.
O lugar relativamente escuro, somente iluminado pela pequena fogueira no canto, que aos poucos começava a se apagar pela pouca lenha que a queimava.
— Nem parei pra pensar nisso... o seu também não está muito longe, não é? — ele respondeu, virando-se para ela. Ambos estavam deitados sobre os lençóis, conversando sobre amenidades quando ela tocou nesse assunto.
— O meu não é importante. Sabe que não gosto de comemorar meu aniversário. Te contei isso, não?
— Já comentou. Mas seu aniversário é importante pra mim. Aliás, você é importante pra mim.
Foi uma guerra para ele conseguir saber sobre o aniversário dela, mas conseguiu quando vasculhou a agenda da garota. Levou uma bronca daquelas quando ela o descobriu, mas acabou permitindo depois que ele também olhasse ou fizesse anotações.
Repartiu uma parte da agenda exclusivamente para ele, sendo incisiva em afirmar que ele não poderia ultrapassar sua parte naquele caderninho. E ele estava fazendo. Anotando algumas coisas das quais ele tinha medo de esquecer com o tempo.
— Vinte anos. Quem diria. Nunca pensei que estaria namorando uma mulher mais nova.
— Nunca se envolveu com mulheres mais novas? — ele negou com a cabeça.
— Sempre da minha idade ou mais velhas. Mas não trocaria o que temos por nada nesse mundo. Você é tão especial pra mim, tão importante. Que não sei explicar.
— Eu nunca tive um namorado. Não sei bem como é isso. — confessou, lembrando-se de todos os rapazes que seu irmão costumava afastar. Matteo era muito ciumento e não permitia que ninguém se aproximasse dela, com segundas intenções.
— Queria poder te dar alguma coisa boa de aniversário. Se estivéssemos na civilização, com toda certeza eu te levaria pra jantar em um lugar especial, talvez te daria uma joia linda e terminaríamos a noite em um hotel ou no meu quarto. — deu de ombros. — Isso ia depender da sua timidez.
Ela acariciou o cabelo dele, sorrindo de lado.
— Isso seria incrível. Mas não estou com você por isso. Na verdade, joias, jantares caros, lugares lindos não me importam nenhum pouco. A única coisa que me importa é ter você do meu lado. Aqui. Nesse lugar vazio e as vezes gelado, me sinto bem. Como nunca me senti antes.
— Não pensei que pudesse ser feliz com tão pouco. Que pudesse amar tão imensamente, que pudesse ser eu mesmo.
