O nome da ilha em que tudo se passou é Lian Yu, em mandarim, quer dizer: purgatório.
Savannah foi deixada na ilha ficando presa nela por oito anos. Sonhava com seu resgate em todas as noites escuras e frias e durante os oitos anos só tinha um pens...
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Savannah sentiu a marcha mudar sozinha e aproveitou pra aumentar um pouco mais o ar quente que emanava pela ventilação do veículo, continuando a dirigir. O Renault Arkana preto cedido por Anatoly era bonito e ela até cogitou perguntar qual o preço que ele tinha pago em uma peça como aquela.
— A Rússia não é o melhor lugar pra você, não é?
Felicity questionou e viu os olhos da parceira desviarem-se da estrada e se focarem nela rapidamente, antes de frear próximo da lombada e continuar dirigindo calmamente.
— Está tão na cara assim? — Savannah riu, dando seta e entrando em mais uma rua.
O carro era confortável e automático. Não tinha muito o que ser feito. Seu interior de couro era bonito e o ar quente ligado deixava tudo mais confortável. Ela estava concentrada na estrada, revivendo na memória as ruas que tanto andou durante sua estadia no país.
Não quiseram ligar o som. O silêncio entre as duas mulheres estava confortável. No entanto, as coisas martelavam na cabeça de Felicity e ela queria sanar suas dúvidas. Apesar de ter medo de fazê-las.
Savannah tinha confiado nela pra invadir o sistema do Grupo Merlym, mas não sabia se essa confiança se estenderia aos outros problemas que a garota enfrentava. Considerava-se observadora. E poderia jurar a si mesma, que Savannah enfrentava uma batalha interna, desde que pousaram no aeroporto russo.
— Eu não quero ser intrometida, mas... não sei. Está frio, não temos muito o que fazer e quero te conhecer melhor. Isso não é uma cantada, nada disso. Quero dizer... o que eu quero dizer é que... só quero ser sua amiga.
Savannah assentiu e olhou no GPS indicando que o caminho traçado por Anatoly estava chegando. Estacionou, conferindo se tinha feito tudo corretamente e olhou no relógio digital do painel percebendo que faltava uma hora e meia pra buscar Jonh e Layla. Suspirou, estacionando-o.
— Quer alguma coisa pra esquentar? — indagou. — Aquela cafeteria vende um bom cappuccino. E tem cookies de chocolate.
— Parece muito bom. — Felicity sorriu.
— Eu já volto. — Savannah desligou o carro, colocando a marcha em neutro. Pegou sua bolsa de mão, retirando somente a carteira e desceu, fazendo o ar frio entrar e Felicity cruzar os braços, se arrepiando.
Esperou um caminhão passar e atravessou a rua, entrando no local. Estava parcialmente vazio e esperou poucos minutos até seu pedido ficar pronto. Colocou as notas de dólares em cima do balcão e pegou a caixa, colocando a carteira em cima e saiu, voltando pro carro.
Felicity abriu a porta por dentro e recebeu a caixa com cuidado em seu colo, enquanto Savannah entrava, fechando a porta e guardando a carteira dentro da bolsa.
— Espero que goste do que comprei. Esse é o cappuccino preferido do Oliver. — comentou, vendo Felicity abrir a caixa e pegar o copo, colocando o canudo e experimentando.
